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                          POV Cassie

   Já deviam fazer trinta minutos que eu estava jogada naquele chão imundo, tinha um cheiro insuportável do que parecia ser carne morta, xixi e fezes, estava a um ponto de vomitar quando o som da porta velha me tirou do transe.

  -- Prontinho, eu posso ser um assassino mas não sou sujo. - ele falou se aproximando.

  O homem que havia me pego estava cheirando a perfume barato, tinha os cabelos úmidos e vestia uma roupa diferente da que usava antes, aquilo me enjoou mais do que o chão nojento.

  -- Acho que foi atoa então por que você não vai encostar nem um dedo em mim. - falei sorrindo cínica.

  -- Bem que me avisaram que você seria afiadinha. - ele mordeu o lábio inferior. - Mas é dessas que eu gosto. - se aproximou mais e todos os pelos de meu corpo se arrepiaram.

  -- NÃO CHEGA PERTO PORRA. - gritei sentindo o pânico que não havia sentido até aquele momento.

  -- Eles vão adorar ver que consegui te pegar tão fácil, mas primeiro vou me divertir um pouquinho. - ele falou dando uma risada alta e assustadora.

  Ele ainda não tinha avisado a ninguém que eu estava ali.

  Ainda tinha uma pequena chance de sair dali com vida e sem ser violentada, varri o local com o olhar tentando forçar a lâmpada em minha mente a ascender milagrosamente.

  -- O cara quer você viva então não me obrigue a fazer algo que vá machucar esse rostinho lindo, tudo bem? - ele falava tudo com o máximo de sarcasmo possível.

  Se aproximou mais e agachou em minha frente, sua mão grande e nojenta tocou meu rosto acariciando minha bochecha com seu polegar, passou seu dedo em meu lábio inferior, ele parecia hipnotizado então não pude perder a oportunidade.

  Abri levemente a boca e ele sorriu satisfeito, provavelmente pensando que eu havia cedido, sorri de lado e fechei a boca com tudo mordendo fortemente seu dedo.

  Não levou nem um segundo para que eu estivesse jogada naquele chão com o tapa porte que tinha sido deferido em meu rosto, cuspi a saliva com sangue ali mesmo e não sabia se o líquido vermelho pegajoso era meu ou dele, com certeza os dois.

  -- Sua vadia olha o que você fez! - ele falou desesperado mostrando seu dedo sangrando. - Vou te ensinar a ser uma boa garota. - ele falou se levantando.

  Começou a desfivelar seu cinto enquanto me encarava com fogo nos olhos, desejava intensamente que aquilo fosse apenas para me bater.

  -- Deve estar recebendo muito pra fazer isso hein? Tipo quanto? Mil? - perguntei ironicamente, apenas tentando ganhar tempo.

  -- Cinco. - falou e instantâneamente arregalei os olhos.

-- Cinco mil? - perguntei quase engasgando e ele riu.

-- E ainda vou ter o prazer de comer uma bem apertadinha. - a cada palavra que ele dizia era um pouco de vômito que se acumulava em meu estômago.

  -- Pode desistir e voltar bater punheta no porão da casa dos seus pais. - falei com todo nojo que eu tinha, seu sorriso sarcástico cessou e ele se aproximou pegando firme em meu pescoço.

  -- Escuta aqui, eu tô louco de vontade de te comer até você implorar pra parar, mas minha vontade de te matar e cortar todo o seu lindo corpo em pedaços é bem maior. -se aproximou mais deixando nossos rostos próximos novamente e eu tentei me afastar.

  Todo o ódio que eu tinha em meu corpo estavam explodindo para fora, eu já não estava mais aguentando ficar naquele quarto nojento com aquele homem que podia fazer literalmente qualquer coisa comigo a qualquer momento, precisava pensar em algo o mais rápido possível.

Wrong Choice - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora