A missão impossível: o mafioso e a policial

Capítulo 25

Rafaela fez suas malas, guardou todas as coisas dela para voltar para o seu apartamento, seu rosto estava vermelho, ela ficou olhando para a blusa que Carina deu e chorava mais ainda. Tudo estava muito bagunçado dentro dela, ela não conseguia entender muito bem seus sentimentos, não sabia se era por Carina, Sebastian ou os dois. Ela pegou seu distintivo, vestiu sua roupa de trabalho, guardou seu notebook e rasgou todos os papeis que fazia anotações sobre a missão. Ela ficou esperando o momento em que Sebastian iria aparecer, da janela ela viu dois Snipe subindo em prédios de frente a casa dela, Luiz mandou uma mensagem avisando que o reforço já estava pronto, assim que viu a mensagem ela viu dois carros preto chegando, era Sebastian e os seus homens.

Rafaela mandou uma mensagem de aviso para a equipe e eles se prepararam. Sebastian gritou por ela enquanto ia para o quarto, o que ela não sabia era que ele já estava sabendo a verdadeira identidade dela, Jason passou dias e noites focado nisso, no avião ele teve a confirmação de um colega de que Lia não se chama Lia e sim agente Rafaela. Carina ficou louca quando soube, a decepção para ela foi enorme, ela queria ficar e ir até ela, mas Jason a segurou e deixou Sebastian cuidar disso. Carina chorou por horas, Jason teve que aplicar um calmante nela, ela esperava tudo de todos, mas não de Lia, ou melhor, Rafaela.

Quando Sebastian ouviu isso de Jason ele não acreditou, achou que fosse uma implicância, quando ele observou as provas seu corpo ferveu, ele ficou cego de raiva, se um dia ele achou que não deveria amar nenhuma mulher, hoje ele teve a certeza.

Ele parou tudo o que estava fazendo e foi até a casa dela com muita raiva e decepção. Quando entrou no quarto ela estava de pé como se estivesse esperando ele, ele olhou para ela vendo sua seriedade e suas roupas. Rafaela tentou não fraquejar, ele ficou de frente para ele respirando como um touro bravo.

Sebastian: A minha vontade é de matar agora.

Rafaela: Eu entendo.

Sebastian: Você entrou na minha casa, abraçou a minha irmã, me abraçou, e sempre com a faca nas nossas costas. Eu abri um espaço na vida para você, fiz de você a minha mulher, VOCÊ ME DESTRUIU! Quando eu disse que você é a minha ruína, não imaginava que seria tanto assim, agora eu vejo. Eu estava errado, você não é a melhor pessoa do mundo, é a pior, o que você fez não tem perdão, eu juro que eu te levo para o inferno comigo.

Rafaela: Sei que você está magoado, mas é o meu trabalho, no começo foi tudo em cima disso, mas depois... juro que fui sincera nos últimos dias, foi verdadeiro.

Sebastian: CHEGA! Vou te matar, sua desgraçada.

Quando Sebastian apontou a arma para ela, Guilherme entrou no quarto.

Guilherme: Abaixa a arma.

Raul entrou no quarto e fez sinal com a cabeça para Rafaela terminar.

Rafaela: Sebastian Clark, em nome da lei, você está preso! Você tem o direito de ficar calado. Tudo o que disser pode e será usado contra você. Não tente nada, tem Snipes por todos os lados e você está na mira.

Ele continuou como estava, ela pegou uma algema e colocou no pulso dele fazendo ele abaixar a arma. Sebastian não parou de encará-la, ele deixou uma lagrima cair e foi levado por Guilherme.

Raul: Parabéns, agente Rafaela, você conseguiu!

Rafaela se sentou na cama e sentindo o ar lhe sufocar, ela tentou não chorar, o rosto dele não saia da sua mente, quando ela se recompôs acompanhou seus colegas voltando ao trabalho.

Sebastian não sabia explicar tamanha decepção, ele não sabia explicar o que estava sentindo, seu peito recebia fisgadas, ele respirou fundo engolindo a tristeza, engolindo as lagrimas, além das algemas, tinha uma corrente que descia até os pés, ele ficou sentado olhando para os dois policiais na sua frente, não tinha o que fazer.

Quando chegou, Sebastian foi levado para a sela onde ficará, Rafaela foi aplaudida por todos por onde ela passava, foi parabenizada e sua equipe a recebeu com abraços. Raul a abraçou e a parabenizou novamente.

Raul: Parabéns, você é a melhor.

Rafaela: E a Laysa?

Raul: Está escondida, ela voltará em segurança.

Rafaela: Estou dispensada?

Raul: Sim, pode ir.

Luiz: Rafa, vamos comemorar?

Cintia: Você merece e hoje nós que pagamos.

Rafaela: Não, eu preciso organizar o meu apartamento e resolver algumas coisas, marcaremos para outro dia.

Cintia: Como você quiser, chefe.

Rafaela foi para o carro, antes de entrar Guilherme a parou.

Guilherme: Rafa, vai me ignorar até quando?

Rafaela: Não estou te ignorando.

Guilherme: Você não parece muito feliz, quer desabafar?

Rafaela: Não, eu estou bem, sim, só estou cansada, foram dias difíceis e uma missão impossível. Depois nos vemos.

Guilherme: Claro, descansa.

Rafaela foi para o seu apartamento, alguns policiais a acompanharam para manter sua segurança, ela levou as malas com ela e deixou tudo na sala.

Seu peito doía como se tivesse levado um tiro, ela tirou as roupas com força e raiva e se deitou na cama sendo derrubada pelas lagrimas. Quando fechava os olhos era o rosto dele derramando aquela lagrima dolorosa que ela via, será impossível de esquecer.

Sebastian não deu uma palavra e não quis advogado, quando passou por toda burocracia da prisão ficou sentado na cama passando as mãos no pulso. Ele não esqueceu do rosto dela, não esqueceu da sua voz, mas o que vinha na sua mente era somente uma coisa. A voz de prisão que ela deu.

Sebastian permaneceu como estava por horas, os policiais faziam piadas, falava com ele, mas ele permaneceu como estava, olhando para o nada pensando em tudo, jurando matá-la lentamente das piores formas. Ele só sentia ódio e raiva agora, não queria vê-la na sua frente mais, mas o que ele não sabe é que ainda a uma luz no fim do túnel.