Capítulo 114

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No meio da madrugada, Jason entrou no quarto de Sebastian e chamou por ele. Ele passou o recado e imediatamente Sebastian levantou-se, quando estava pronto para sair, ele beijou Rafaela e sua barriga se despedindo.

Sebastian: Eu voltarei!

Lua não mexeu mais, ele saiu e acompanhou Jason até o carro.

Sebastian: O que aconteceu exatamente?

Jason: O sniper teve que atirar, Mario estava pronto para sair com a mulher dele, parece um plano de fuga, seus homens cercaram a casa, mas precisamos ser rápidos antes que apareçam mais homens.

Sebastian: Estamos em desvantagem?

Jason: Nem em sonhos.

Sebastian: Ótimo, eu quero ver até onde esse desgraçado vai.

Jason acelerou cada vez mais, Sebastian estava com fogo nas veias, não muito longe da mansão, eles receberam uma ligação de que Mário estava fugindo, estava acontecendo uma perseguição na rua, por ter muitos becos/ruas os homens estavam se dividindo.

Sebastian ficou mais furioso, eles mudaram o caminho, Sebastian deu a ordem para que matassem a mulher de Mário, ele iria cuidar pessoalmente do principal.

Mário correu por algumas ruas, foi até uma Villa pequena e em um armazém entrou pelos fundos e saiu com um carro. Sebastian não esperava que fosse fácil, pois antes de ser líder da máfia italiana, o seu pai quem comandava. Sebastian foi treinado por ele, o que ele poderia esperar de um mestre?

Quando descobriram que ele saiu em um carro, Sebastian trocou de lugar com Jason e dirigiu pelas ruas tentando encontrar Mário. A perseguição nas ruas deixou a população com medo, ninguém saiu, os tiros eram assustadores, os gritos de Sebastian mais ainda, eles sabiam que não podiam sair de casa ou morreriam de bala perdida.

Quando foi avistado, Sebastian seguiu Mário acelerando tudo o que o motor suportava, ele bateu na traseira do carro de Mário fazendo ele desviar o caminho, Mário atirava sem mira, mas Sebastian sabia muito bem o que estava fazendo. Ele atirou em um dos pneus fazendo ele fumaçar, não demorou muito para que o pneu se desprendesse do carro, Mário entrou em uma rua escura, quando Sebastian menos esperava sentiu um impacto forte no carro. Outro carro bateu no carro dele fazendo capotar, Mário se livrou dessa, trocou de carro com os seus homens e fugiu. Sebastian e Jason estavam sem os sentidos, Sebastian tentou acordar Jason e quando viu que ele estava bem, saiu do carro e roubou um carro na rua. Jason foi levado por seus homens para ficar protegido, o tiroteio na rua estava longe de acabar, muitos homens apareceram protegendo Mário, mas Sebastian estava em vantagem, o número dos seus homens eram triplicados.

Sebastian sabia que Mário iria sair da cidade, para isso só tinha uma saída, ele seguiu sua intuição e foi atrás. Ninguém conhecia aquela cidade tão bem quanto os dois.

Sebastian pegou um atalho, o mesmo de quando eles pegavam para realizar missões juntos, Mário poderia ter esquecido disso, mas Sebastian não. Ele seguiu o atalho, sabia para onde Mário estava indo, esse lugar só os dois conheciam, não tinha como errar.

Mário dirigiu confiante de que ninguém iria encontrá-lo, ele fez uma ligação no caminho pedindo proteção, pois o pior há havia acontecido. Quando chegou no lugar, estrada de chão, uma casa abandonada, mas que existia um sotão e lá era muito seguro. Ele correu para dentro da casa, só não esperava que já tivesse hóspede.

Quando entrou, ficou encostado na porta respirando com necessidade, estava ofegante, achava que havia se livrado, mas quando correu para o sotão, recebeu um tiro na perna fazendo cair no chão.

Sebastian: Eu sabia que era burro, mas nem tanto ao ponto de esquecer o atalho.

Mário: Me mate, vamos, acabe logo com isso e sinta o gosto da vitória.

Sebastian: Assim tão rápido? não, eu aprendi com a melhor pessoa de que não se pode matar um inimigo com pressa, tem que apreciar a dor, os gritos, ouvi-lo pedir misericórdia.

Mário: Seu desgraçado.

Mário atirou sem parar, Sebastian correu, mas um tiro pegou no seu abdômen, ele não sentia dor, nem mesmo uma fisgada, sua raiva estava cada vez maior. Mário tentou se aproximar da porta, Sebastian correu até ele e o derrubou com um chute.

Sebastian: Vai ser aqui então? ok, vamos lá.

Sebastian o arrastou até o sotão, o empurrou fazendo ele descer as escadas mais rápido, quando chegaram, Sebastian o deixou jogado no chão e foi até uma gaveta onde ficavam muitas armas, cortantes e de fogo.

Sebastian: Por onde eu começo?

Quando iria se virar, Mário o atacou com um canivete enfiando no seu ombro, eles lutaram no chão, socos e chutes eram dados sem dó, Mário sempre encontrava um jeito de pressionar o canivete no ombro de Sebastian para que ele sentisse dor.

Sebastian puxou o canivete e enfiou na costela de Mário, fazendo furar o pulmão direito.

Sebastian: Se eu tirar esse canivete, você morre em segundos.

Ele amarrou o velho numa cadeira, tirou o blazer e dobrou as mangas da camisa para começar o show. Mário olhava para ele sem dizer nada, dava para ouvi-lo puxando o ar, estava cada vez mais difícil respirar. Sebastian se aproximou dele mostrando uma faca, ele sorria, mas o velho não.

Sebastian: Quer uma tatuagem? farei.

Sebastian escreveu com a faca na pele dele o nome de Rafaela, Carina, Lua, os pais de Rafaela, da sua mãe e o dele por último. Tinha que ficar acordando ele, estava morrendo de dor e sempre desmaiava. O sangue jorrava, Sebastian já sentia a dor no seu corpo, mas tentou controlar. Ele continuou.

Sebastian: Cada nome desse é para não esquecer antes de morrer.

Mário: V.Você n.n.não ga..nhou.

Sebastian: Não? mandou alguém fazer o seu trabalho sujo sabendo que iria morrer, não foi? é alguém do conselho? eu sei, eu sou muito inteligente, acertei, não é?

Mário demonstrou que ele havia acertado, o medo e a dor já estava transparente, Sebastian pegou um galão de gasolina e derramou na cabeça de Mário.

Sebastian: Juro para você que serei um bom pai, que serei um homem de honra, um homem respeitado por onde eu passar, um excelente marido e esquecerei de você. Você não será lembrado, meus filhos nunca saberão da sua existência, porque você não merece ser lembrado. Queimará no inferno, isso me deixa muito feliz, você não merece viver, não merece ser chamado de pai e perdeu tudo. Você é um perdedor, viverei muito bem com a minha família, advinha quem chegou de viagem. Isso, minha mãe, aquela que você colocou muitos chifres enquanto transava com as piores mulheres, aquela que você fez perder o filho, o meu irmão, seu desgraçado.

Mario: Se..Se.bastian...

Sebastian: Adeus, querido papai.

Sebastian acendeu um isqueiro, jogou e ficou assistindo o corpo do seu pai pegar fogo. Ele gritava, gritava muito, Sebastian saiu de lá quando o fogo aumentou, ele foi para o carro e antes de entrar caiu no chão sentindo o ar indo embora. Deveria se sentir vitorioso, mas o seu corpo fraquejou, o ar parecia sumir e seu corpo todo doía.

Sebastian ficou sozinho por uma hora, ele ainda estava apagado, Jason só conseguiu o encontrar porque Sebastian não tira do dedo um anel com rastreador, eles o encontraram e levaram para o hospital o mais rápido.

A missão impossível: o mafioso e a policialOnde histórias criam vida. Descubra agora