A missão impossível: o mafioso e a policial

Capítulo 86

Eles passaram duas horas esperando, Sebastian notou que um carro estava chegando, eles observaram de longe dois homens saindo com algumas sacolas, eles ficaram de guarda e outros dois foram embora. Sebastian foi avisado de que cerca de 15 homens estão espalhados por lá, eles voltaram para a sede para planejar o resgate.

Sebastian voltou no porão, ele foi direto ao assunto.

Sebastian: Te dei mais de 20 minutos, tem uma resposta?

Santino: Eu não faço ideia, Sebastian.

Sebastian: Muito bem, eu serei bonzinho e deixarei você falar com o seu filho para se despedir.

Sebastian jogou o celular dele, o velho pegou e ligou para o filho. Ele desligou, mas ele tentou de novo e na terceira tentativa o filho atendeu ainda achando ser o Sebastian.

— O que você quer, Sebastian?

— Sou eu, cala a boca, seu moleque.

— Pai? conseguiu fugir? estou indo buscá-lo.

— Você acha mesmo que alguém consegue fugir daqui? estou ligando apenas para AAAAAAAAAA — Sebastian deu um tiro na perna dele.

— O que aconteceu? O que estão fazendo com você?

— Eu só estou ligando para me despedir, a culpa é sua AAAAAAAAA — mais um tiro — Meu sangue está nas suas mãos e o mundo todo vai saber. Você não é digno de ficar no meu lugar.

— Pai, eu estou fazendo o certo, você não sabe a verdade, mas posso explicar.

— Você não pode, você é um desgraçado, acha que pode ser mais do que ele ou que está ganhando fazendo isso? eu te encontro no inferno.

Ele desligou e pediu para fazer mais uma ligação, Sebastian deixou, ele queria saber para quem ele iria ligar, o velho ligou para alguém da sua confiança e mandou deserdarem o seu filho. Sebastian pegou o celular dele e ficou bem próximo.

Sebastian: Matarei o seu filho.

Santino: Eu não implorarei.

Sebastian: Muito bem, pelo menos você é justo.

Santino: Por isso eu nunca duvidei de você, Francesco foi muito mimado pela mãe escondido, ele gosta de poder e quer ser você. Ele está escondido, não quer que o encontre, mas ele também gosta de jogos e pegadinhas para se dizer o bom. Se ele ainda continua sendo o meu filho, então suponho que ele esteja na casa da avó dele, não fica muito longe.

Sebastian: Ele não está na casa abandonada do terreno que compraram?

Santino: Ali só ficam os nossos homens, eles guardam armas e drogas.

Sebastian: Quero o endereço dessa casa.

Santino: Vou te passar, anote.

Ele falou e Sebastian anotou no próprio celular, quando ele fechou a cela, Santino o chamou.

Santino: Fique com a minha máfia, você é a pessoa certa.

Sebastian: Não tenha dúvidas disso.

Santino: Sinto muito.

Sebastian foi correndo até sua equipe, ele passou o endereço e Carina confirmou. Rapidamente eles se prepararam sabendo que estão com o tempo curto, depois dessa ligação Francesco consegue tudo e sabe que o seu pai não está mais do seu lado.

Eles seguiram até o endereço, Carina insistiu para ir, ninguém conseguiu mantê-la na sede, mas para mantê-la no carro fizeram um combinado.

Carina acompanhou Jason, Alonso e Sebastian no carro, quando eles estavam perto, Carina manuseou um drone e ficou observando ao redor da casa para saber quantos homens e onde. Sebastian passou as ordens e informações por um rádio.

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Na casa, Rafaela não recebeu comida e nem água, ela conseguiu soltar a corrente do seu tornozelo, quando Francesco foi até o quarto ela ficou encostada na parede atrás da porta e o atacou. Com um lençol ela o enforcou, ele pegou o canivete do bolso e enfiou na perna dela fazendo ela cair e gritar de dor. Ele foi para cima dela com muita raiva, bateu no seu rosto e a enforcou fazendo ela sufocar igual ele. Ele não iria matá-la, arrastou-a pelos cabelos até a cama e prendeu as suas mãos na cama com correntes.

Francesco: Estou sendo muito paciente com você, ainda pensei na sua filha, mas não está me dando escolhas. — bate nela.

Rafaela: Vou te matar.

Francesco: Você não é capaz de nada, mas eu sou. — passa a mão na coxa dela.

Rafaela: Tire suas mãos nojentas de mim, eu juro que...

Francesco: Vai fazer o quê? O que pode fazer se está presa? não vai fazer nada. — tira a camisa.

Rafaela: Vou te mostrar então.

Ele deu risadas, se aproximou perto das coxas dela e com um movimento rápido ela prendeu o pescoço dele com as pernas fazendo ele sufocar novamente, com outra perna ela o chutou fazendo ele tossir ficando sem ar mais rápido. Ele pressionou o canivete na perna dela fazendo ela soltar.

Francesco era capaz de matá-la ali mesmo, os homens entraram no quarto ouvindo o barulho achando que o chefe estava precisando de ajuda, o celular dele tocou, era um homem que trabalha para ele com investigação e falou todo o histórico de Rafaela. Ele ficou com raiva por ser avisado agora, poderia ter morrido nas mãos de uma ex-policial. Ele saiu do quarto furioso passando a mão no pescoço e deu a ordem de não levarem nem água e nem comida para ela.

Rafaela chorou, chorou muito, ela estava com medo de que não encontrassem, ela, ela não sabia como funciona esse mundo deles e nem mesmo quem são essas pessoas. Se era sorte ou não ele não querer matá-la agora, ela estava agradecendo mentalmente. Suas chances de fugir dali eram poucas, ela ficou de braços abertos na cama, estava com fome, sede, só havia tomado café da manhã com Carina no hospital e não se alimentou mais. Sua perna ainda estava com o canivete, era uma dor terrível cada vez que ela mexia a perna, mas a dor maior era saber que poderia perder a sua filha.

Rafaela mexeu as mãos tentando se soltar, mas só machucou mais, ela aceitou, ficou quieta tentando pensar positivo, mas quem consegue pensar positivo nessa situação? demonstrar medo era algo que ela não podia fazer, ela enxugou o rosto com os ombros como conseguia, ficou quieta tentando não surtar.

Francesco quando recebeu a ligação do seu pai ficou muito furioso, ele foi para o quarto de Rafaela e xingou muito ela. Descontou sua raiva nela, ele estava enlouquecendo, chamou os seus homens e ordenou que eles tirassem o seu pai de onde ele estivesse e matassem Sebastian.

Ele ficou aguardando na sala, andava de um lado para o outro.