Capítulo 68

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Pela madrugada, antes das 04:00, Carina se preparou e esperou Rafaela no quarto dela. Os homens que ela havia conseguido para agir naquela madrugada eram conhecidos dela e alguns que trabalham na sede. Todos que trabalham para Sebastian respeitam muito ele, mas nem sempre concordam com suas atitudes, não podiam fazer nada contra, mas com o pedido de Carina muitos ali dentro aceitaram sem pensar só para ter a oportunidade de salvar uma das mulheres que Sebastian já traficou. Para alguns, era muito importante fazer isso, Carina soube a dedo quem pedir ajuda, ela sabia que muitos ali não esperariam um segundo para falar ao Sebastian, ela foi muito cautelosa e com isso deu tudo certo.

Rafaela não conseguiu dormir, ela tentou fingir por um tempo, mas só estava pensando e torcendo para dar certo. O tempo passava enquanto ela observava Sebastian dormir, ele dormiu como uma pedra, sempre dormia bem ao lado dela e essa foi uma das noites de sucesso.

Ao levantar, Rafaela pegou suas roupas que estavam separadas e foi para o quarto de Alonso. Ela o acordou enquanto se trocava, com certeza o sono dele desapareceu naquele momento e não voltaria nem tão cedo.

Alonso: Você é louca, ele vai me matar e depois matará você.

Rafaela: Não, não vai. Ele está dormindo e só costuma acordar às 06:30, fica atento, fala que saí com Carina para ir à clínica, fomos cedo para não sair fofocas sobre isso. Acredito que volto antes, mas preciso que me ajude.

Alonso: Que clínica, Rafaela?

Rafaela: Apenas fala isso.

Carina: Vocês estão conversando alto demais. — entra no quarto.

Rafaela: Pronta?

Carina: Sim, e você?

Rafaela: Já nasci pronta.

Alonso: Foi bom ter conhecido vocês.

Carina: Para de drama, ele não fará nada com você.

Alonso: Sinto muito é por vocês.

Rafaela: Haha, te amo.

Alonso: Amo vocês meninas.

Elas saíram tentando não dar risadas, Alonso correu e trancou a porta com a chave, além disso, ele trancou janelas e ficou tentando pensar em um plano para sobreviver, pois para ele, alguém morrerá neste dia.

Carina foi em direção à saída com Rafaela, elas foram barradas por dois homens que perguntavam para onde iriam, Carina respondeu que iriam para a sede treinar e depois para a clínica, eles diriam essas mesmas palavras para Sebastian, então ele já entenderia.

Apenas na saída Carina ligou a sua moto e elas saíram em direção à sede. Somente lá elas poderiam sair escondido já que tem homens protegendo elas por onde elas vão. O pessoal já estava pronto indo em direção ao local exato, Carina e Rafaela foram de moto, Rafaela estava tão ansiosa que não conseguia pensar em mais nada. Foram 40 minutos em alta velocidade para tentar chegar ao mais próximo já que estavam atrasadas por terem que despistar os homens(seguranças).

Rafaela: Vai mais rápido, estamos atrasadas.

Carina: Estou indo o mais rápido que consigo, conseguiremos chegar a tempo.

Rafaela: 13 minutos.

Carina: Deixa comigo.

Carina acelerou mais, Rafaela estava recebendo avisos dos homens que estavam perto do caminhão, pois como é estrada é normal terem carros perto.

Apenas 13 minutos, era o que elas tinham para impedir o caminhão de chegar próximo ao local de entrega, lá seria impossível de salvar as mulheres, pois está o dobro de homens que elas têm com elas. Carina teve que pegar atalhos, ultrapassou o caminhão e muito a frente deixou a moto parada fechando o caminho e ficou na frente com Rafaela apontando as suas armas.

O motorista freou de imediato ao ver as duas paradas, elas pegaram-no de surpresa, por serem homens de Sebastian que estavam fazendo a entrega, eles reconheceram as duas e, sabendo do que Carina é capaz, se prepararam para trocar tiros. Carina e Rafaela foram mais rápidas, elas quebraram o vidro acertando os dois homens que estavam na frente, os outros que estavam do lado delas saíram dos seus esconderijos e trocaram tiros com os homens que estavam escoltando o caminhão.

Um homem saiu correndo com o celular no ouvido fazendo uma ligação, Rafaela atirou no celular fazendo a bala ultrapassar e acertar o ouvido do homem.

Rafaela: CARINA, ME DAR COBERTURA.

Carina trocou tiros com todos que tentavam mirar em Rafaela, ela correu para dentro do caminhão e saiu dirigindo. Carina tentou protegê-la o tempo todo, quando recebeu um tiro na perna ela correu para a moto e seguiu o caminhão saindo de lá sentindo muita dor.

Não eram muitos homens, mas são bons no que fazem. Rafaela parou o caminhão quando sentiu que era seguro, ela parou no meio de uma estrada parecendo deserta e esperou o pessoal, como combinado.

Carina chegou minutos depois, Rafaela até então pensou que ela estava bem, mas quando a viu andando com dificuldades percebeu o que havia acontecido.

Rafaela: Meu Deus! Carina, o que fizeram com você? me perdoa, por favor, me deixa cuidar disso.

Carina: Ei, tá tudo bem, acha que nunca recebi um tiro na perna? você deveria ter visto o cara que fez isso. — dar risadas.

Rafaela: Tenho certeza que ficou pior.

Carina: Vejamos se todas estão bem.

Elas abriram a traseira do caminhão e rapidamente se jogaram no chão. Dois homens atiravam sem parar, Carina queria revidar, mas Rafaela fez ela parar enquanto trocava olhares com ela deitada no chão.

Uma hora eles teriam que carregar a arma, então esse era o momento, elas levantaram e atiraram neles fazendo eles morrerem.

As mulheres estavam acorrentadas apavoradas, seus tornozelos e pulsos estavam vermelhos devido as correntes, pareciam escravas de antigamente. A cena era triste, elas pareciam sentir mais medo agora, não sabiam o que estava acontecendo.

Carina olhou para Rafaela e sorriu a vendo tentando não chorar.

Carina: Chora boba, você conseguiu.

Rafaela: Conseguimos, graças a você nós conseguimos.

Carina: Não, graças a você, pois sem você eu jamais estaria fazendo isso. Não tenho a sua coragem.

Rafaela: Obrigada, isso é muito importante.

Carina: Eu sei.

Olá — encara as mulheres — vocês sabem quem sou, sei que agora estão apavoradas e sem entender nada, eu sinto muito pelo o que o meu irmão fez com cada uma de vocês.

Rafaela: Não estamos aqui para dar continuidade ou fazer pior, estamos aqui para salvar vocês. Vocês são mulheres, filhas, mães, irmãs, mulheres que importam, são especiais para alguém, merecem respeito, viver como querem, faremos o que for preciso para ajudá-las e impedir que o pior aconteça. Vocês estão livres.

Carina: Não são mercadorias, animais, escravas, são mulheres.

Elas olharam para trás com medo vendo homens se aproximando, mas eram felizmente os homens que estavam ajudando elas.

Todos ajudaram soltá-las, agora o choro era apenas de alegria, gratidão, o desespero passou. Elas foram para um ônibus e de lá os homens levaram-nas para um lugar seguro onde irão ficar por algumas horas e depois irão para outro lugar com suas famílias.

Carina e Rafaela foram para a sede, estavam aliviadas, cada abraço recebido daquelas mulheres valeu muito a pena e só mostrou o quanto elas devem permanecer fazendo isso com muita coragem. Na sede, Rafaela ajudou Carina com a perna, elas tomaram banho, se trocaram e foram para a clínica como se nada tivesse acontecido. Isso já eram 07:00, o celular de Rafaela não parava de tocar com Sebastian ligando.

A missão impossível: o mafioso e a policialOnde histórias criam vida. Descubra agora