Capítulo 70

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No hospital, Rafaela e Carina deram detalhes a Alonso sobre o que havia acontecido e como.

Alonso: Que bom que vocês as salvaram, mas agora eu que estou ferrado.

Rafaela: Sinto muito por isso, eu sei que é culpa minha e eu quem te coloquei nisso, mas era importante, eram vidas.

Alonso: Sei, relaxa, depois sara.

Carina: Prometo que te levo na boate mais popular.

Alonso: Só espera eu ficar melhor, essas mãos fazem milagres na hora.

Rafaela: Alonso! me poupe desses detalhes.

Carina: Ele é maluquinho.

Eles deram risadas, enquanto ele estava sendo atendido, fazendo raio-x, Rafaela e Carina ficaram aguardando no corredor. Carina foi atender uma ligação sobre as mulheres, enquanto isso Rafaela ficou esperando, naquele momento Guilherme estava sendo transferido de quarto e houve esse reencontro. Eles ficaram sem saber o que falar, Guilherme não esperava vê-la, mas ao lembrar porque estava naquele hospital durante dias, ele virou o rosto e pediu para o enfermeiro continuar. Ele estava horrível de aparência, barba grande, seus lábios estavam com os furos ainda por serem costurados, seus olhos fundos e escuros, cabelo grande, Rafaela não falou nada, ela engoliu a saliva com dificuldade como se estivesse engasgada.

Não dava para esquecer de tudo assim, ele foi o primeiro amigo que ela fez quando começou trabalhar naquela sede do FBI, foram bons momentos, boas risadas, casos trabalhados juntos, momentos difíceis também, a morte dos pais dela, o namoro, foram anos de cumplicidade e agora... agora parece que nada teve importância, parecem dois desconhecidos.

Carina: O que aconteceu?

Rafaela: Nada, foi só um cisco. Tá tudo bem com elas?

Carina: Tem certeza?

Rafaela: Tenho, não se preocupe.

Carina: Elas vão sair em duas horas para a ilha.

Rafaela: Ótimo, fizemos um bom trabalho.

Carina: Estou preocupada com você.

Rafaela: Não fique, estou bem mesmo.

Alonso: Estou pronto. — mostra a mão enfaixada.

Rafaela: Vamos embora, então, temos uma fera para suportar agora.

Carina: Mesmo que ele esteja certo.

Rafaela: Foi uma boa causa.

Eles foram para o carro, Carina dirigiu de volta para casa, Sebastian estava no mesmo lugar que sentou no sofá, eles chegaram justo quando as funcionárias estavam limpando a sala.

Alonso foi para o quarto, Carina foi para a cozinha comer direito e Rafaela foi para o quarto.

Enquanto tomava banho, ela lembrava dos rostos daquelas mulheres, o desespero, cada lágrima pesada e dolorosa. Muitas vezes trabalhou em missões onde era para impedir o tráfico, agora parecia que estava fazendo o mesmo, mas pior, dorme todos os dias com o responsável por isso. Que ironia da vida.

Ao terminar o banho, ela encontrou Sebastian sentado em uma poltrona no closet, ele ficou observando ela se vestir e só quando ela terminou, ele foi até ela.

Sebastian: Desculpa, não queria ter acusado você de mentirosa e ter deixado você irritada. Estou estressado com um problema, acordei e você não estava aqui, só estava com a mente cheia.

Rafaela: Você tem que se controlar mais, tem que aprender a me respeitar. Você não é meu guarda-costas, Sebastian.

Sebastian: Eu não disse isso, mas também não quero que fique andando por aí sozinha.

A missão impossível: o mafioso e a policialOnde histórias criam vida. Descubra agora