Amelia foi em direção aos pais, eles abraçaram-na muito chorosos e foram embora. Rafaela respirou fundo e voltou para onde Guilherme está.
Guilherme: Você conseguiu.
Rafaela: Missão dada, missão cumprida. Vamos embora!
Eles saíram de lá quando ela tirou os equipamentos do corpo, voltaram para sede e foram surpreendidos com uma notícia.
Luís: Gente, vocês precisam saber de algo.
Rafaela: O que aconteceu?
Cintia: A Laysa foi morta. — Fala chorando.
Rafaela sentiu seu mundo desabar, ela se apoiou numa mesa sentindo calafrios e muita tontura, Guilherme a segurou para ela não cair e ficou chamando por ela.
Guilherme: Ela está em choque, tragam uma cadeira.
Eles deixaram-na sentada, Rafaela chorou como um bebê, ela sentia culpa e remorso, eles abraçaram-na e ficaram ao seu lado até ela se acalmar.
Guilherme: Rafa, isso acontece, infelizmente. Ela sabia dos riscos, você não teve culpa, esse é o risco do nosso trabalho.
Rafaela: Eu que mandei ela ir até lá, eu sabia que lá é território deles e a mandei ir. É minha culpa.
Guilherme: Não é sua culpa, já comandamos muitas operações e nunca voltam todos.
Rafaela: Isso não podia ter acontecido, não podia.
Guilherme: Sei, mas aconteceu, precisa ser forte.
Rafaela: Preciso ficar sozinha.
Rafaela se trancou no banheiro e chorou muito, ela sabe que antes era só para tirar o FBI do caminho, mas agora foi por vingança, dessa vez foi para atingi-la, ela não consegue imaginar o que fizeram, se a torturaram, se foi lento ou rápido, ela estava com a culpa e isso não iria passar nem tão cedo.
Rafaela voltou ao trabalho quando estava mais calma, ela não falou com ninguém, por mais que falasse que está bem estava nítido que ela voltou desestabilizada. Ela trabalhou com muito foco, atendeu ocorrências, pegou depoimentos de alguns presos e ajudou com algumas investigações. No fim do dia ela ficou na sua mesa pensando, Raul não estava conseguindo nada com Sebastian, Rafaela notou a agitação dele na sala.
Guilherme: Rafa, vamos embora?
Rafaela: Podem ir, ficarei de plantão.
Guilherme: Como?
Rafaela: Estou focada nesse caso do sequestro das duas crianças, ficarei trabalhando, se eu for embora será pior.
Guilherme: Ficarei então.
Rafaela: Não, pode ir, não preciso.
Guilherme: Tem certeza?
Rafaela: Sim, pode ir.
Guilherme: Ok, qualquer coisa me liga.
Rafaela: Tudo bem.
Guilherme saiu, ela pegou um pouco de café e ficou na mesa pensando. Quando passou algumas horas ela saiu e foi em direção onde ela nunca considerou ir.
Rafaela: Abram a cela.
Policial: Você não pode entrar, o preso não po...
Rafaela: Falei para abrir, quem diz se posso ou não é o chefe, então se você tiver alguma dúvida vá falar com ele e retorne.
O policial ficou sem saber o que fazer, Rafaela ficou olhando para ele segurando seu copo de café, ele abriu com relutância e ela entrou. Rafaela olhou para ele sentindo seu coração sair pela boca, ele ainda estava sentado na mesma posição, não olhou para ela, ficou batendo o pé no chão olhando para a parede.
Rafaela: Você não come, não bebe, como acha que sobreviverá?
Sebastian não falou nada, ela sabia que ele não fosse dar atenção ou se importar.
Rafaela: Sebastian, isso não é sobre quem resiste mais, não adianta ficar calado ou resistir, você não sairá e nem mesmo ser resgatado.
Sebastian: Quem te garante que eu não vou? Você se acha muito esperta, não é? Sua amiga conseguiu sair viva? O seu amigo e ex-namorado chegou em casa vivo?
Rafaela: Não cairei nas suas provocações, não adianta. Pode estar magoado, eu entendo, mas não é assim que tem que ser. Deveria entender que é o meu trabalho, meu dever.
Sebastian: Quer um conselho? Viva um dia de cada vez como se fosse o último, só não esqueça que será esse rosto o último que você vai ver.
Rafaela sentiu seu celular vibrar, quando ela olhou a mensagem saiu de lá as pressas, Sebastian sorriu e continuou como estava. Rafaela saiu correndo, ela entrou no carro e dirigiu em alta velocidade para a casa de Guilherme, próximo da casa ela viu os bombeiros tentando apagar as chamas da casa e Guilherme sendo levado para a ambulância.
Rafaela correu até lá, ela foi impedida pelos paramédicos, sua respiração estava rápida, ela olhou para a casa destruída em chamas e deixou suas lagrimas caírem, pois ela sabia o motivo disso ter acontecido e não ia parar. É apenas o começo!
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A missão impossível: o mafioso e a policial
ActionUma policial recebeu uma missão perigosa por ser muito habilidosa e ter uma excelente mira, ela foi escolhida para essa missão que mudará a sua vida completamente. Rafaela terá que se aproximar do terrível Mafioso, Sebastian Clark. É o mafioso mais...