Capítulo 30

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Rafaela foi para a enfermaria, ela ficou na porta esperando uma resposta, o médico saiu reclamando sobre não ter sangue do tipo dele, por ela ser doadora não pensou duas vezes e entrou. Sebastian estava desacordado, Rafaela fez tudo o que era preciso, o médico ainda não concordava, mas ela implorou para fazer isso. Eles já se conhecem, eram amigos antes que ela namorasse Guilherme, ele não resistiu ao pedido dela.

Médico: Você sabe que isso é errado.

Rafaela: Não sei do que está falando.

Médico: Mas eu, sim, e eu tenho certeza, sua cara não mente.

Rafaela: Façamos isso logo.

Rafaela estava nervosa, ela queria que ele ficasse bem logo, a todo instante eles olhavam para a porta com medo de que Raul entrasse lá, mas ele não apareceu, foi tudo sigiloso. Quando o médico já havia terminado, Rafaela foi para a sela dele e vasculhou tudo tentando encontrar alguma coisa, ela só achou um copo de café, guardou o copo em um saquinho e levou para análise.

Os dois policiais afastados por estarem sendo investigados olharam para ela com raiva enquanto entregam seus distintivos, ela os encarou de volta e continuou seu trabalho.

Ela foi visitar Sebastian a noite quando não tinha quase ninguém lá, ele estava dormindo, ela ficou olhando para ele e segurou sua mão.

Rafaela: Você é o homem mais teimoso que conheci, não pense que vai se livrar de mim, não posso ficar longe de você. Se eu pudesse voltava no tempo e não havia aceitado essa missão só para não ter o seu ódio, seu desprezo, eu não ia te magoar estando longe. Mas aconteceu e eu me culpo diariamente, continuo pensando em como fazer você me perdoar, é a coisa mais louca que eu já ponderei fazer.

Médico: Eu sabia que não estava errado.

Rafaela: Você pode me culpar e dizer que estou errada, nada do que digam é maior do que a minha dor.

Médico: Justo ele, Rafa?

Rafaela: Ninguém manda no coração, Alonso. Você é a prova viva.

Alonso: Sei, mas temos tantas opções.

Rafaela: Já o esqueceu?

Alonso: Estou tentando, mas quando eu soube do que aconteceu foi como se tivesse voltado tudo.

Rafaela: Então você sabe como me sinto hoje.

Alonso: Sou que será em dois meses.

Rafaela: Estou perdida, não quero que ele morra, me apaixonei totalmente por esse idiota mafioso e agora estou assim. Qualquer coisa que eu faça estarei traindo alguém.

Alonso: Você não pode fazer nada.

Rafaela: Posso, e é a última e única opção.

Alonso: O que quer dizer?

Rafaela nada disse, apenas olhou para ele com confiança.

Alonso: Não, não, você não pode fazer essa loucura. Se você tirá-lo daqui, é a sua vida que estará em risco.

Rafaela: Que vida, Alonso? Você acha que estou vivendo? A minha vida parou de existir quando perdi tudo, recuperei um pouco dela e agora perdi novamente. Eu apenas existo, não tenho vida, ele vai saber sobreviver lá fora e eu... não importa, eu ficarei bem como sempre.

Alonso: Você é a pessoa mais louca que eu já conheci.

Rafaela: Quando você se apaixona não quer nada além de ver a pessoa bem, feliz, protegido, eu só quero que ele fique bem e vivo, isso já me conforta. Talvez eu tenha que fazer esse sacrifício para me redimir, eu não sei de mais nada.

A missão impossível: o mafioso e a policialOnde histórias criam vida. Descubra agora