Capítulo 62

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uando Rafaela e Carina foram ao banheiro, Sebastian já imaginava que ou elas fossem descobrir que Guilherme estava lá ou que ele tentasse algo, ele já esperava por qualquer coisa que viesse dele.

Quando Carina voltou, ele não gostou nada de Rafaela ter ficado sozinha.

Sebastian: Onde está Rafaela?

Carina: No banheiro, eu só vim buscar a bolsa dela.

Sebastian: Que droga!

Sebastian foi em direção ao banheiro, quando ele tentou abrir a porta estava fechada.

Sebastian: Não quero nenhum escândalo aqui, onde estão as chaves dessa porta?

Jason: No escritório, pegarei.

Jason tentou andar rápido e sem passar nenhuma dúvida sobre o que estava acontecendo. Carina estava tentando entender ainda, como Alonso já sabia e deduzia o que estava acontecendo, ele explicou deixando Carina nervosa. Ela queria arrombar a porta, mas Sebastian a segurou.

Sebastian: Não faça nenhuma besteira, vamos entrar e sair sem que ninguém saiba de nada.

Carina: Mas a Rafa...

Sebastian: Ela vai saber se cuidar, ele não vai fazer nada com ela, ainda é um idiota apaixonado e não será capaz de matá-la.

Carina: Vou atrás do Jason.

Sebastian ficou agoniado com essa demora, ele dava voltas de frente para a porta, Alonso avisou as mulheres que o banheiro estava interditado por motivos técnicos e com isso elas não podiam entrar.

Eles ficaram esperando Jason e Carina que estavam procurando as chaves, pois não estavam mais lá, quando eles foram perguntar aos funcionários souberam que já havia passado de mão em mão, então eles correram atrás da pessoa que estava. Quando eles voltaram foi assim que Sebastian abriu, os homens dele levaram Guilherme para o galpão, quando ele avisou que estava indo embora com ela, Carina e Alonso queriam ir juntos, mas Sebastian não deixou, queria evitar perguntas.

Eles foram o caminho todo em silêncio, quando chegaram, Rafaela foi direto para o quarto, ele a ajudou a tirar o vestido e a seguiu para o banheiro.

Rafaela chorou muito nos braços dele, ela estava tão triste com isso, se sentia suja, nojo do beijo dele, era como se ele fosse um estranho depois que fez isso, ela nunca imaginou que fosse um dia ter que passar por algo assim.

Sebastian: Está tudo bem agora.

Rafaela: Eu só sinto nojo.

Ela se afastou dele e passou as mãos no rosto, principalmente na boca, debaixo da água. Ele segurou os braços dela e a encarou.

Sebastian: Não vai mais passar por isso, eu garanto, poderia ter sido mais rápido, pensei que você não estivesse em perigo, fosse saber se defender, ele usou mais uma vez seu psicológico?

Rafaela: Não, mas ele sabe como me impedir de fazer algo, esqueceu que ele é treinado? Eu estava imobilizada, sem arma, faca, como iria fazer algo?

Sebastian: Vamos mudar isso de hoje em diante, prometo que protegerei você, me desculpe pela demora.

Rafaela: Só me abraça.

Sebastian: Vamos sair daqui.

Eles foram para a cama após secar os corpos, Sebastian a trouxe para mais perto e a abraçou com força.

Sebastian: Ele pagará por isso.

Rafaela: Eu não quero ouvir mais nada dele, nem mesmo seu nome, eu não quero saber nem que ele existe.

Sebastian: Seu pedido é uma ordem.

Rafaela: Apenas fica aqui comigo, por favor.

Sebastian: Eu não sairei, tente dormir, esquecerá isso.

Rafaela: Obrigada por vir embora.

Sebastian: Você sempre será mais importante que qualquer coisa, eu amo você, ok?

Rafaela: Também te amo.

Ele beijou a testa dela e a abraçou novamente. Rafaela tentava tirar da mente o que aconteceu, ela demorou para dormir, se mexia a todo instante, quando ela finalmente conseguiu dormir, Sebastian a deitou nos travesseiros e saiu da cama. Ele foi para a sala e fez uma ligação.

— Tragam a Carina aqui.

Enquanto a esperava chegar, ele ficou observando Rafaela dormindo enquanto se vestia. Iria até o galpão, ela não acordou com nenhum barulho, quando Carina chegou foi direto para o quarto dele.

Sebastian: Não a deixe sozinha, precisarei sair.

Carina: Está, eu fico.

Carina se deitou ao lado de Rafaela e a abraçou.

Sebastian foi para o galpão, quando chegou ouviu os gritos de Guilherme mandando os homens soltarem-no.

Sebastian: Ora, ora, ora, o passarinho está preso na gaiola.

Guilherme: Juro que vou te matar.

Sebastian: Você imagina quantas pessoas me dizem isso? Estou aqui ainda.

Guilherme: Você é um desgraçado.

Sebastian: Sou, sou mesmo. Guilherme, você é muito insistente, eu odeio pessoas assim, terá o que merece.

Ele foi até uma pequena mesa e ficou olhando as facas que tinha em cima, ele pegou um bisturi e se aproximou de Guilherme, arrancou unha por unha, Guilherme gritava, tentava fechar as mãos, mas não conseguia.

Ele já estava chorando de dor, Sebastian fez diversos cortes nas costas dele, jogava água com sal fazendo arder mais ainda, Guilherme chegou a desmaiar algumas vezes devido à dor, mas foi acordado com baldes de água fria. Ele estava exausto de tantas dores.

Sebastian costurou a boca dele, quando ele desmaiou novamente, deixou que ele dormisse, quando acordasse saberia como estava.

Sebastian: Você vai me implorar para viver, desgraçado.

Ele saiu se lá deixando Guilherme pingando sangue.

A missão impossível: o mafioso e a policialOnde histórias criam vida. Descubra agora