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Isabella

Desci na esquina da casa da minha prima, como já estava tarde, eu só encostei numa padaria próxima ali e esperei o meu uber. Assim que chegou eu entrei, não demorou muito e já estávamos próximo a Vj.

Eu estava cansada pra caramba, minha noite tinha sido de muito sexo e sexo muito bom, não querendo encher a bola dele, mas dos 3 homens que eu tive relação a minha vida toda, sem contar com ele, ele foi o melhor. Ele me fazia me sentir a vontade o bastante pra me entregar por completo sem sentir um pingo de vergonha, até mesmo o pós era uma delícia.

Isabella: brigada, moço.

-de nada, tenha um bom dia.

Isabella: bom trabalho pra você. —desci do uber pegando minha mochila.

Na entrada da comunidade tinha alguns caras, como de costume. Estava uma movimentação diferente, mas eu nem liguei, entrei e fui andando mesmo pra minha casa.

Prendi meu cabelo num coque e abri a bolsa pegando a chave de casa e entrando. Ouvi um barulho de moto e olhei pra trás.

Jhony: tava onde? —estava quase subindo na calçada com aquela moto altíssima.

Isabella: minha vó sabe aonde eu tava.

Jhony: e eu quero saber também.

Isabella: sua filha é outra e ela ainda nem nasceu, me erra vai.

Jhony: qual ódio por mim? Faço de tudo por tu e pela sua vó. —falou mexendo no fuzil que estava nas costa

Isabella: você se intromete muito na minha vida, não gosto disso. Sou de maior e vacinada, fora que pra quem eu devo satisfação, eu dou. Se você fosse menos invasivo, talvez eu gostaria de você.

Jhony: você não entende pô, me sinto na obrigação de te proteger.

Olhei bem pra cara dele, e juro, posso tentar, mas não confio e não consigo.

Isabella: não precisa, eu me cuido bem, mas valeu Jhony.

Entrei em casa deixando ele lá fora mesmo. Ele de fato nunca fez nada pra mim, mas só esse jeito de achar que é meu pai me deixa puta, pego logo ar. Minha vó ainda estava dormindo, só subi pra tomar um banho, deixei a água cair no meu corpo durante uns minutos lembrando de vários momentos da noite.

O branco tinha um jeito de cafajeste perfeito, ele te tratava como uma princesa fora da cama, como se você fosse a única na vida dele e na cama te tratava feito uma puta particular. Se eu não fosse tão besta, talvez cairia tão fácil na lábia dele.

Fechei o registro e estiquei o braço pra pegar a minha toalha, me sequei e coloquei um pijama. Fui direto pro meu quarto, me joguei na cama e capotei.

....

4 dias depois

Lá estava eu pronta pra fazer merda novamente. Esses quatro dias eu continuei conversando com branco pelo celular literalmente todos os dias, até papo de ligação fizemos.

Hoje ele me mandou mensagem dizendo que iria fazer um churrasco na casa dele e me chamou pra ir, Talita também me mandou mensagem, primeiro ela me esculachou por saber de tudo, mas depois disse pra mim ir que tava com saudade.

Terminei de me arrumar, fiz uma maquiagem básica mesmo, coloquei um look bem carioca versão churrasco, aproveitei que minha vó não estava e piquei o pé de casa, deixei uma mensagem avisando.

Branco: quer q eu mando te buscarem?

Isabella: n precisa, já chamei o uber

Branco: passa seu pix pra mim repor o valor

Isabella: eu tenho dinheiro cara

Branco: mas tá vindo pra me ver, então eu pago, é o seu número?

Isabella: quem disse q tô indo pra te ver? tô indo pra comer kkkkk

Branco: malandra tu, quando chegar na entrada me avisa.

Isabella: tá bom

Vi um carro se aproximando, só confirmei a placa e entrei. Olhei a notificação no meu celular vendo que recebi 100,00 no pix de um Kaio e fiz cara feia, até pensei em devolver, mas já que ele fez tanta questão, deixei passar batido.

Mandei uma mensagem assim que cheguei, não demorou muito um garoto veio até mim dizendo que o Branco pediu pra ele me levar até a casa do mesmo.

Subi em cima da moto dele e me segurei no negócio de trás, ele deu partida e em questões de minutos chegamos em uma casa, não era a mesma do primeiro dia.

-Só subir, tá aberto.

Isabella: brigada. —sorri pra ele.

Segurei a minha bolsa ajeitando a alça lateral no meu ombro e fui entrando ouvindo um barulho de música, pagode pra ser exata e umas vozes já.

Branco: eai morena... demorou. —apareceu descendo as escadas com um copo de whisky na mão. Ele estava com uma camisa vermelha, um shorts jeans e um tênis no pé, lindo.

Isabella: nem demorei. —sorri— e eu disse que não precisava do dinheiro, Kaio.—ele riu de canto— que foi?

Branco: não me chamo Kaio —franzi as sobrancelhas— eu que mandei o dinheiro, mas meu nome não é esse.

Isabella: hmm, e como se chama? —fui até ele ficando na ponta do pé dando um selinho nele.

Branco: isso é segredo, quem sabe te conto depois. —ele passou a mão no meu cabelo colocando pra trás— tá linda Isa.

Isabella: brigada, você tá um gostoso.

Branco: antes de subir quero te beijar, de verdade.

Sei nem eu falar nada mais, ele aproximou o rosto do meu e beijou minha boca pedindo passagem com a língua e eu dei. Sentindo um beijo leve, devagar. Ele mordeu o meu lábio inferior devagar e eu me afastei sorrindo fraco.

Talita: dois nojentos. —ouvi a voz dela e olhei pra trás vendo ela andar segurando a mão do Brito que andava atrás todo sério— vão pra um motel.

Branco: tô na minha casa —ela riu— tá mais calmo? —falou pro Brito que assentiu.

Talita pegou a minha mão e subimos pra laje, tinha um pessoalzinho, ninguém que eu conhecia né? Mas ela pelo jeito conhecia alguns caras.

Talita: tem noção da proporção da merda, Isabella? Isso aqui não é um livro não porra. Ele é traficante, chefe do tráfico e você uma maluca que mora em área rival.

Isabella: eu sei, mas tá sendo só sexo.

Talita: eu quero ver até quando, eu te conheço muito bem. Quando for ver, vai estar apaixonada nele e eu quero só ver.

Ignorei o que ela falou, apensar de não ser mentira. Mas tentei me concentrar no churrasco de hoje e curtir.

No alto do caos Onde histórias criam vida. Descubra agora