74

1.1K 236 67
                                    

Branco

Carcereiro: Tem visita pra você, Michael. — Olhei pra cara dele e me levantei da cama onde tava sentado. — Anda logo.

Ele abriu a cela e eu saí, ficando de costas pra ele colocar a algema nos meus pulsos. Fui sendo guiado devagar até onde seria a visita. Achei que ia ser no pátio, mas não, o bagulho foi na visita íntima mesmo.

Engoli seco sentindo o frio na barriga por saber quem eu ia encontrar ali. Na mesma intensidade que eu tava maluco pra ver ela, eu tava nervoso.

Carcereiro: Quando o sinal ecoar, é que deu o tempo. Em cinco minutos a gente abre e entra.

Confirmei com a cabeça e ele saiu.

Abri a porta devagar e vi a Isabella sentada na cama olhando pro cúbico, com uma cara de curiosidade misturada com espanto. Quando me viu, levantou rápido e veio até mim, me dando um abraço forte. Passei a mão nos cabelos dela, alisando, e retribuí o abração, respirando fundo e sentindo aquele cheiro doce que vinha dela.

Ficamos um tempo só ali, abraçados, sem falar nada.

Até que ela se afastou um pouco, mas continuou perto.

Isabella: Como você tá?

Branco: Eu tô tranquilo na medida do possível. E você? — Puxei o pulso dela devagar, guiando até o colchão ali. Me sentei e bati nas minhas pernas, chamando ela pro meu colo.

Isabella: Tô mal, na real. Tá tudo péssimo lá fora. Tudo que aconteceu foi culpa da minha vó. — Ela se sentou no meu colo e eu franzi o cenho sem entender. — Foi ela quem foi x9, que falou que você era dono de lá. Ainda disse que eu tinha sido sequestrada.

Branco: Tua vó é maluca. — Balancei a cabeça, negando. — Nessa hora o Lobo já fez o que tinha que fazer?

Ela confirmou com a cabeça, sem muita expressão no rosto.

Branco: E você tá como com isso?

Isabella: Foi consequência dos atos dela. — Ela ficou quieta um tempo, como se estivesse organizando os próprios sentimentos. — Eu sei que pode ser ruim pra você ouvir isso, mas, independente de tudo, ela ainda era minha vó. Fiquei chateada, mas entendo a situação.

Branco: Não é fácil, eu sei. Mas nada foi culpa tua também, não vou ficar bravo por você se importar com ela.

Coloquei uma mecha do cabelo dela pra trás e, sem nem perceber, olhei pra sua barriga. Passei a mão devagar e senti meu filho dar um chute forte. Ela me olhou sorrindo, e eu sorri de volta.

Branco: Eu vou sair daqui.

Isabella: Vai demorar?

Branco: Eu não sei, linda, mas quando eu sair a gente vai construir nossa família, tá certo?

Ela assentiu fraco, meio sem certeza, e eu me aproximei, colando nossos lábios num beijo lento. Coloquei a mão nas costas dela e, com cuidado, fiz um movimento pra deitar ela no colchão.

Ela assentiu fraco com a cabeça e eu me aproximei colando nossos lábios em um beijo lento. Coloquei a minha mão nas costas dela e fiz um movimento com cuidado para deitar ela no colchão. Fui por cima segurando seu pescoço enquanto nossos lábios ainda estavam grudados.

Me afastei devagar sentindo a mão dela descendo pra dentro da minha calça e apertar meu pau. Suspirei contra seu lábio e olhei seus olhos que me olhavam com desejo. Desci beijando seu pescoço e tirei a sua blusa branca deixando a barriga e os seios dela a mostra.

Chupei um de seus peitos enquanto a minha outra mão desceu pra dentro da calcinha dela massageando devagar enquanto a mão dela ainda estava dentro da minha calça me masturbando. Fui descendo lentamente até parar entre suas pernas, tirei a sua calça e comecei a chupar ela matando toda minha saudade e desejo que estava.

Isabella: sem enrolação, Michael. Eu quero te sentir. —suspirou entre gemidos.

Eu sorri de canto e tirei a minha boca da buceta dela, subi próximo ao seu rosto e puxei ela para um beijo. Enfiei meu pau dentro dela com facilidade e comecei a meter num ritmo constante enquanto nossos lábios ainda se beijavam, era uma sede que parecia sem fim.

Eu segurei seu rosto pra ela continuar me olhando e olhei pra sua cara que me deixava louco de tesão. Continuei metendo naquele ritmo até ela gozar, depois eu fui mais rápido sentindo a onda de prazer me dominar e eu gozar também.

Depois que tudo passou, ficamos ali, deitados, ofegantes. Levantei o braço e ela deitou a cabeça no meu peito, ainda pegando fôlego.

Branco: Tava com saudade disso... — Falei, aliviado. — Desculpa por aquele vacilo que dei contigo, de verdade.

Isabella: Tudo bem... já foi. Eu até esqueci que disse que não ia olhar na sua cara. — Riu baixinho.

Eu fiquei em silêncio, olhando pro teto, enquanto minha mente pesava. Eu sabia que ia ficar com saudade dela. Sabia que ia querer ela aqui comigo, que o cheiro dela ia ficar impregnado nas minhas roupas, na minha cabeça. Mas não dava. Eu não podia fazer isso com ela. Fazer ela parar a vida dela pra ficar vindo me visitar aqui era mancada demais.

Branco: Eu gostei que tu veio, precisava de você... — dei uma pausa respirando — mas não quero que você venha mais aqui.

Ela levantou a cabeça rápido e virou o rosto pra me olhar, franzindo a testa.

Isabella: O quê?

Branco: Você vai ganhar nosso filho já já, tem que focar nele. E quando ele nascer, eu quero que você vá atrás dos seus estudos ou qualquer outra parada pra crescer mais na vida. Eu vou mandar o Lobo te enviar um dinheiro todo mês, não vai faltar nada pra vocês, Bella.

Ela piscou algumas vezes, como se estivesse tentando processar.

Isabella: Eu posso vir depois que ele tiver maiorzinho, com três meses...

Branco: Não.

Isabella: Branco...

Branco: Isso aqui não é lugar pra você. Quando eu sair, a gente se encontra. Eu não demoro.

Ela ficou me olhando, a mandíbula travada.

Isabella: Você sabe que não tem que ser assim. Deixa de orgulho.

Branco: Não é orgulho. Só quero o melhor pra você, e isso aqui não é maneiro. Tô ligado que você vai dar conta de tudo com o Guilherme e eu vou te ajudar no que puder daqui de dentro. Qualquer coisa tem o Lobo que você pode recorrer.

Ela desviou o olhar. Não falava nada, mas a forma como respirava pesado mostrava que tava segurando um monte de coisa dentro.

O sino ecoou e ela se levantou, colocando a roupa. Eu fiz o mesmo. Antes do carcereiro abrir a porta, me aproximei dela e limpei as lágrimas que caíam no rosto.

Branco: Vai dar tudo certo, confia em mim. Eu te amo.

Isabella: Eu também te amo, Michael. — A voz dela tava embargada. — Promete que não vai largar a gente? Você tem que sair logo.

Branco: Eu prometo.

A promessa saiu da minha boca antes que eu pudesse pensar. E o gosto amargo veio logo depois, porque eu sabia que talvez não pudesse cumprir.

O cara abriu a porta e entrou, botando a algema nos meus pulsos. Isabella me olhava, e eu tentei sorrir de canto pra confortar ela.

Branco: Se cuida.

Foram as últimas palavras antes de ele me puxar pra fora da sala.

No alto do caos Onde histórias criam vida. Descubra agora