No alto do caos

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Isabella

Vim no hospital aqui na barra com a minha vó, ela veio fazer os exames de rotina que faz a cada 6 meses. Por ela já ter tido câncer, está sempre indo ao médico pra verificar se tá tudo certo. Nosso medo é voltar, então sempre tomamos os maiores cuidados para que isso não aconteça.

Quando soube que ela estava com câncer, chorei, fiquei muito mal. Já pensava que iria ficar sozinha de novo, porque ela é tudo que eu tenho. Meu maior amor, meu tudo mesmo. Quando meus pais morreram meu mundo acabou, eu entrei numa depressão profunda com apenas 9 anos de idade. Apensar de ser nova eu senti muito a perca deles.

Me desliguei dos meus pensamentos quando o médico saiu do consultório e chamou o nome da minha vó, entramos na sala e nos sentados.

Dr: fiquem tranquilas, você está perfeitamente bem dona Isaura. —respirei aliviada — Seus exames estão bons, somente o colesterol que está um pouco alto, então vou pedir para você cortar refrigerante, bebida alcoólica, doces e comidas gordurosas por pelo menos 4 meses. Vou agendar o seu retorno para daqui 6 meses, os mesmo procedimentos de sempre e da mesma forma. Você vem, faz os exames e na outra semana volta para verificarmos.

Isaura: Graças a Oxalá. —levantou as mãos— Ficar sem minha cerveja vai ser difícil, mas vou me esforçar. —se levantou da cadeira— obrigada.

Me levantei também agradecendo a ele e me despedindo. Passamos em uma lanchonete antes e depois fomos pra comunidade. Mandei mensagem pro Jhony avisando que deu tudo certo no exame e ele só me respondeu um "👍🏻".

Vi uma menina daqui da comunidade postando sobre o baile que vai ter, só os melhores cantores. Fiquei morrendo de vontade de ir, mas não falo com ninguém praticamente. Tirei print e mandei de visualização única para a Talita.

Isabella: (visualização única) bem que podíamos ir, se tudo fosse diferente

Talita: de verdade
Talita: vai rolar baile aqui, brota
Talita: mas pra ficar COMIGO e não com aquele macho

Isabella: kkkkk ciumenta
Isabella: vou ir

Marquei de fazer a unha, manutenção das minhas garrinhas. Diminui o tamanho e mudei o formato, estava impecável sempre, fiz a do pé também. A menina que faz minha unha arrasa muito, ela deixa a cutícula bem feita e eu adoro. Paguei ela e sai do salão e fui sentido minha casa.

D2: coe princesinha —parou com a moto do meu lado e eu coloquei a mão no rosto por conta do sol. Olhei ele que estava sem camisa, com um cordão de outro batendo na barriga.

Isabella: oie, tudo bem? —sorri e ele sorriu de volta com aqueles dentes branquinhos dele.

D2: eu tô, quer carona?

Isabella: aceito, mas vai devagar que tô com a unha do pé molhada. —ele assentiu com a cabeça.

D2: sobe aí.

Subi na garupa dele e segurei no negócio de trás da moto, ele foi andando devagar até minha casa e isso possibilitou com que a gente trocasse algumas palavras ainda em cima da moto.