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Branco

Corolla: amiga da Talita bonitona, que isso. Maior avião. —continuei calado fumando meu cigarro e olhei na direção que ele olhava. Ela estava sentava conversando com a amiga, nem prestava atenção em nada ao seu redor, muito menos imaginava que tava chamando atenção de vagabundo.

Kaká: né pro teu bico não.

Corolla: iii qual foi? tá atuando ali que ninguém sabe?

Kaká: tô porra nenhuma, tô firmão com minha mulher. Mas olha pra tu neguinho, precisa de muito não pra saber que mina daquele tipo não pegaria tu. —falou rindo— nem banho toma.

Corolla: iii tá câo pro meu lado, pai é estilo gringo... já que não tá atuando vou chegar, vai que rola um final de noite.

Kaká: o não já tem, vai em busca da humilhação.

Eu não falei nada, único sabia que eu tava pegando a Isabella era o Brito porque pegou a visão no primeiro baile e o Kaká.

Lobo: demorei... mas cheguei. —olhei pra ele que estava com um cordão de ouro grandão pendurado e um whisky na mão. Ele se aproximou e apertou a minha mão com a outra livre— tá como, coração? vim de longe.

Branco: tô  tranquilo...tava perdido vagabundo?

Lobo: cuidando do que é meu —sorriu mostrando os dentes de ouro— Nova tá maneirinha, tô deixando do meu jeito.

Branco: tem que tá, vou visitar.

Lobo atuava aqui junto comigo, mas quando o chefe da Nova caiu, chamaram ele pra atuar lá e ele foi. Agora tá comandando lá.

Lobo: queria falar contigo depois, sobre negócios.

Branco: fala aí. —ele fez sinal com a cabeça e fomos mais pro canto da laje, ficando afastados dos demais.

Lobo: tá ligado que o Jhony tá marcando em cima, vários burburinho de que quer invadir minha área, vai tentar tomar o comando. E eu tô afim disso não, sabe que odeio receber ameaça, morador já fica tonteando também, geral com medo de rolar uma guerra por lá.

Branco: ele falou algo?

Lobo: pra mim não, mas tá rolando fofoca.

Branco: fofoca sempre rola, normal. Voce não pode cair na  pilha, fica na tua pra não arrumar problema.

Lobo: queria avermelhar aquela porra toda. Marquei reunião com a cúpula, se eles autorizarem queria seu apoio e dos seus soldados pra invadir.

Branco: aí é foda, sabe que não te deixo na mão porque é meu irmão né? apoiar mesmo eu não apoio não, criar guerra por nada logo agora que assumiu, acabou de chegar e quer causar. Se você perder, isso vai dar uma merda do caralho.

Lobo: eu to ligado, mas por isso quero sua ajuda.

Branco: se aprovarem, eu mando meus soldados pra lá. —ele pegou na minha mão dando um toque apertado.

Lobo: valeu irmão.

Passei o olho pra frente vendo a Isabella sentada junto com a Talita e o Corolla sentado do lado dela, que conversava com ele normalmente. Passei o olho pela sua perna quando ela cruzou, e reparei nas suas mãos segurando o celular. Corolla disse algo fazendo a Talita rir, mas a Isabella continuou com a mesma cara e olhou de lado pra amiga revirando o olho.

Lobo: quem são aquelas? —atraiu minha atenção e ele apontou pra uma roda com umas meninas que nem eu conhecia.

Branco: convidadas do Corolla.

Lobo: vou lá. —ele saiu rindo e eu neguei com a cabeça.

Fiquei encarando até ela me olhar, quando olhou chamei ela com os dedos. Fiquei olhando a mesma levantar falando algo pra eles dois e vindo na minha direção, ela ajeitou o shorts abaixando.

Isabella: que foi?

Branco: ele tava de incomodando, linda?

Isabella: quem? —virou a cabeça pra trás e viu o Corolla olhando pra cá— ata. Tava falando muito só.

Branco: hmm. Fica aqui comigo.

Isabella: ciúmes, Kaio? —dei uma risada involuntária.

Branco: não, mas você é minha convidada e tá comigo hoje. E não me chama de Kaio, linda.

Isabella: se não me fala seu nome —ela ficou na ponta do pé se aproximando da minha orelha e eu me inclinei pra baixo segurando a cintura dela— quando tiver me comendo vou gemer esse nome, já que não diz o seu.

Branco: não tá doida —apertei a cintura dela e encarei bem seus olhos cor de mel que me encarava de volta— é Michael.

Isabella: hmm, bem mais bonito que Kaio, né? —sorriu— Michael, gostei.

Meu nome não era sigilo, só não saía me apresentando pra qualquer um assim, mas os conhecidos sabia dele. Não sou pixado, tenho uns crimes nas costas, mas é de quando era moleque, nada do que fiz depois de velho tá na ficha.

Angélica: mais uma, Branco? —tirei os olhos da Isabella e olhei ela que estava com um copo na mão— nem me chamou, vagabundo.

Branco: é só pros íntimos. —ela riu— tá fazendo o que aqui?

Angélica: vim te ver poxa, saudades. —Senti a isabella se afastar de mim, mas segurei o shorts dela olhando pra mesma— oi, meu nome é Angélica, sou irmã desse ai.

Isabella: Isabella. —cumprimentou ela com dois beijinhos na bochecha— vou pra lá, tá?

Branco: fica aqui.

Isabella: Talita tá sozinha, depois volto. —concordei.

Ela saiu e a Angélica riu.

Angélica: porque todas elas acham que sou uma marmita sua? Um bicho feio desse.

Branco: quer o que aqui? tô bom com sua cara não.

Angélica: tô de boa... a mãe pediu pra mim trazer marmita pra você, jurando que você ia tá sem comida, aí encontrei um churrasco de graça.

Branco: guardou? —ela confirmou— só não arruma problema aqui.

Angélica: vim curtir só. Aquela menina tem quantos anos? ta pegando menor de idade?

Branco: cuida da sua vida, que uma certeza que tenho é que ela é solteira pelo menos.

Ela fechou a cara e saiu da minha frente, voltei pra onde os caras estava, fiquei só palmeando ela de longe, doidão pra pegar ela e levar pro meu quarto.

No alto do caos Onde histórias criam vida. Descubra agora