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comentários interagindo com a história são extremamente animador. Então se puderem, além de votar, comente, irei amar ler todos e interagir com vocês.

Branco

Isabella: eu tenho horário. —falei manhosa.

Branco: dorme comigo hoje. — olhei pra ela que fazia um nó no cabelo enquanto se sentava na cama.

Isabella: não dá, falei que voltaria.

Branco: mora com a mãe ainda? 

Isabella: com minha vó. Meus pais não são vivos. —falou em um tom aonde dava pra sentir frieza, mas não tristeza. Ai entendi que o bagulho aconteceu fazia um tempo.

Branco: tendi, os meus também. —ela me olhou— tem irmã, irmão?

Isabella: não, só eu mesmo. Você tem algum?

Branco: tenho uma irmã.

Isabella: mais velha? —neguei— hmm, tendi... queria mesmo ficar, mas preciso ir, Branco.

Branco: então bora minha linda, te deixo na sua casa. Mora onde?

Isabella: Olaria. —respondeu rápido.

Branco: pertinho daqui. Vamos.

Joguei uma água no corpo e esperei ela se trocar depois pra irmos. Paguei o motel e fui em direção a casa dela.

Isabella: não para na porta de casa não, me deixa aqui na esquina, se minha vó me vê chegando essas horas num carrão desse vai achar que virei puta. —ele deu risada— é sério, a mulher é meio doida.

Branco: deve ser de família esse jeitão então. Vai lá, quando entrar me manda mensagem. Vou indo porque não posso dar mole aqui.

Isabella: tá bom, brigada.

Branco: de nada, princesa. —ela se inclinou e me deu um selinho. Segurei firme no seu cabelo e aprofundei o beijo. Mordi seus lábios e me afastei dando outro selinho— se cuida.

Isabella: você também.

Ela desceu do carro e segurou a alça da bolsa e foi andando, vi ela virar a esquina e dei partida no carro voltando pra Penha.

Não sei que parada que aconteceu, mas desde que vi a Isabella achei a minha bonita, beleza diferenciada. No sexo ela representa pra caralho, não tem cara de que faz a metade do que faz, e isso me deixou fascinado. Tava de bobeira e me deu maior vontade de pegar ela, então fui de encontro.

Entrei na minha favela, parei na rua de trás da boca e desci do carro indo até lá devagar.

Brito: tava aonde seu porra? Te liguei. —falou vindo na minha direção.

Branco: Aconteceu alguma coisa? —ele negou— então tava ligando interrompendo minha foda porque? toma no cu.

Brito: teve nada grave. Mas sua irmã esteve aqui. —semicerrei os olhos— ela tava machucada, não quis dizer o que aconteceu pra ninguém e pediu pra não te dizer nada, mas não sou de guardar segredo contigo. Faz uns 40 minutos.

Branco: valeu, de verdade. Vou resolver esse bagulho aí, fica cuidando pra mim. —bati no ombro dele e sai de lá.

Fui direto pra casa da minha madrastra, foda-se que tava tarde já. Desci do carro, passei a mão por dentro do portão e estava destrancado, entrei e subi as escadas. Bati na porta e esperei alguém vir abrir.

Jaqueline: ta fazendo o que aqui uma hora dessa? —pareceu depois de uns minutos com cara de sono— tá bem filho?

Branco: eu tô... cadê a Angélica?

Jaqueline: nem vi ela, estava dormindo. Mas deve está no quarto dela.

Branco: me passaram a visão que ela subiu o morro quase agora e estava machucada. —ela me olhou supresa e deu passagem pra mim entrar.

Jaqueline: ela deve ta no quarto, se quiser ir e conversar com ela. —concordei.

Fui entrando no corredor e bati na porta dela antes de entrar, mas fui logo abrindo. Ela estava sentada de frente o espelho com um algodão no rosto. Quando me viu ficou pálida.

Branco: te dou 5 minutos pra me dizer o que aconteceu.

Angélica: que isso cara, bate na porta antes. —reclamou— Ta fazendo o que aqui essa hora? —cruzei os braços ainda quieto— eu briguei na rua, só isso.

Branco: aqui não foi. Aonde foi?

Angélica: tava num barzinho e briguei, pronto!

Branco: tava em bar porra nenhuma, tu sabe bem! —apontei pra ela— tava em Bonsucesso não é? tu não tá dando pro Cerol de lá? Seu mal é achar que não sei das coisas. Acha maneiro ser marmita de bandido casado? Isso aí foi ele ou a mulher dele? —fiquei quieto e ela também— é isso então, não vou pular na sua bala quando precisar, porque tá entrando no b.o porque quer. Só que não vem trazer problema pra sua mãe e muito menos pra minha favela, quando ela descobrir você vai tomar um cacete maior do que vem tomando pro casal de lá. —dei as costas.

Se fosse em outra situação eu ajudaria, mas Angélica tem 24 anos e sabe o que faz da vida, já fez muita merda e eu ajudei, agora tem que se foder pra aprender. Sabia desse lance dela com ele faz tempo, peguei a visão tem dois meses e eu quieto na minha, se quer se passar por piranha, que se vire.

Jaqueline: o que aconteceu?

Branco: minha vontade era de contar mesmo, mas aí é entre você e ela.

Jaqueline: essa menina não para, Branco. —suspirou— deita lá em cima, já tá aqui, dorme aqui.

Branco: eu tô cheio de problema ainda Jaque, preciso ir na boca.

Jaqueline: vem aqui amanhã então, tô com saudade de você. —concordei.

Branco: eu venho. —me aproximei e ela me abraçou. Beijei a testa dela— se cuida.

Jaqueline: você também meu menino.

Sai da casa dela e voltei pra boca, precisava resolver negócio da contabilidade das drogas. Peguei meu celular vendo a Isabella ainda on-line, mandei uma mensagem pra ela e fiquei brisando enquanto olhava a foto dela de perfil e fumava um baseado.

No alto do caos Onde histórias criam vida. Descubra agora