Capitulo 31

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Emma Miller

~10 de abril de 2024

Sabe quando sentimos uma sensação totalmente nova que trás medo misturado com ansiedade? era realmente o que eu estava sentindo, meu coração batia tão rápido que parecia que a qualquer momento pularia para fora do meu peito, eu sentia meu rosto tremer, e ainda sim não conseguia encara-lo mesmo vendo o quão perto ele estava só conseguia imaginar o que ele estaria pensando naquele momento.

—Porque está olhando para baixo?.–Ele toca no meu rosto com tanta facilidade, e como sempre na maior delicadeza com certeza sentindo o quão trêmula eu estava, ele levanta lentamente meu rosto então finalmente o encarei e novamente ficamos naquela troca de olhares.—Não foi por pena, e porque seria?—Ainda com a mão no meu rosto ele se aproxima.—Além disso, eu já não falei pra não baixar sua guarda?.—Pergunta ja quase com nossos lábios colados.

—Eu só baixo quando você está por perto.—Falei e então ele abriu um sorriso enquanto olhava fixamente para meus lábios, então nos beijamos. Diferente de mais cedo era um beijo bem mais intenso e claro, não teve ninguém para atrapalhar, então ficamos nos beijando por vários e vários minutos cessávamos pra recuperar o fôlego e voltávamos novamente, até meu celular tocar, e era a ligação do meu pai.

—Oi pai..?—Estava com o celular no ouvido enquanto Ryder me encarava.

—Dessa vez foi por pena sim.—Ele fala provocando e então dou um tapa no braço dele.

—O que? que voz?...—Falei desesperada para meu pai no telefone.

—Porque assim, você parecia querer tanto de novo...—Ele fala novamente e então saio de perto dele fuzilando ele com os olhos enquanto o mesmo racha o bico.

—Não... é a televisão da casa da soph, está um pouco alta—Ele chega perto então me virei rapidamente colocando a mão na sua boca e então ainda me encarando ele colocou as mãos na minha cintura indo por trás e me prendendo entre seus braços, mas não falou nada apenas ficou me olhando.

—Tudo bem já estou indo, beijo.—Desliguei e então encarei ele com a cara totalmente fechada.—Eu queria novamente? quem disse?

—Então não queria?.—Fala me olhando.

—Eu não disse isso.—Tentei me desvencilhar mas foi uma tentativa no qual falhei na verdade eu nem queria, mas o perfume de Ryder me deixava louca.

—Vamos seu pai deve estar preocupado.—Ele me soltou mas logo puxou minha mão.

Apesar do Ryder ser um tanto fechado era a primeira vez que o via me tocando tanto, ou mais abertamente. Eu fico me perguntando que versão do Ryder eu não conheço? no qual a soph citou... porque para mim ele é assim, dessa maneira, não consigo imagina-lo de outra forma, porque é nessa versão dele que eu sou apaixonada, mas acredito que seja como for, eu iria me apaixonar por em todas as outras também.

Chegamos perto do meu apê e então eu parei para o encara-lo.

—Obrigada. Me desculpe por jogar aquelas palavras na sua cara, mas... queria que soubesse que apenas agi daquela maneira, porque foi meu primeiro beijo. E eu estava pensando mil em uma coisa por você não dizer nada.

—Não precisa se sentir dessa forma comigo, eu não queria que se ficasse desconfortável.—Ele me olha já com seu olhar sério.—Mas falo sério quando digo para não baixar sua guarda.—Ele tira a mexa do meu rosto e me abre um leve sorriso.—E também fique sempre de cabeça erguida.—Ele acaricia minha bochecha com seu dedo.

—Eu não me sinto como uma pessoa com coragem, então não sei se posso encarar o mundo de cabeça erguida.

—Mas quero que se lembre disso: a coragem mostra o caminho que levará para fora do abismo. Então sei o quanto você é capaz e determinada para isso.—Ele me dá um selinho.—Agora entre.

Sorri e então entrei, eu estava feliz, de alguma forma eu me sentia bem com o Ryder, ele me trazia uma tranquilidade que eu não sentia a muito tempo.

Quando entrei dentro de casa estava o meu pai e o Caleb assistindo filme então os dois me olharam em conjunto fazendo eu ri.

—Venha sente aqui.—Ele bate no sofá então vou até ele e me sento.

Meu pai não deixava de forma alguma transparecer a dor e a falta que a nossa mãe fazia naquele momento, ele apenas tentava nos manter sempre ali juntos nos fazendo lembrar de como era quando ela estava presente. Ela sempre nos mantinha por perto.

Ficamos altas horas vendo filme, rindo e então fui para o quarto dormir. Acordei no dia seguinte com meu celular tocando e então me despertei e fui tomar um banho. Em seguida me arrumei para ir para a escola.

—Bom dia meu amor.—Meu pai fala ao me ver.

—Bom dia pai!!.—Falei sorridente e fui beijar sua bochecha.

—Tem torrada com geleia na mesa, terei que sair agora para a fisioterapia.

—Vai sozinho? não quer que eu vá junto?.—Perguntei.

—Não precisa se incomodar meu amor, vá para a aula.

—Não pai! não tem problema eu faltar hoje. Quero lhe acompanhar.

Ele me olha surpreso.

—Nunca imaginei ter que ouvir de você essa frase, logo você que ama estudar.—Fala rindo.—Então irei aceitar.

Realmente, mas eu precisava acompanhar como estava a recuperação dele, eu queria estar presente, dar forças a ela sinto colo se a todo e qualquer momento que meu pai fica sozinho ele desaba, e não tem ninguém para ficar ao seu lado quando isso acontece! mas não imaginar ele sozinho passando por isso.

Depois que merendamos mandei uma mensagem pra a soph falando que não iria para a aula e então fui com o meu pai para a fisioterapia. Realmente foi como pensei, chegando la parecia que sua expressão havia mudado, ele parecia mais aflito.
Mas tentei o máximo tranquiliza-lo.

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