Capitulo 54

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Ryder Carter

~12 de junho de 2024

           No dia em que sara morreu, eu me vi em um estado de negação, e só me perguntava sobre "justiça" dizem que a justiça busca equilíbrio e a retidão na humanidade. Acontece que isso tudo não passa de um disparate. Pessoas morrem continuamente ao redor do mundo, e são esquecidas, enquanto a família busca por justiça, os verdadeiros culpados continuam matando, colecionando mais vítimas. Mas dizem sobre uma justiça diferente da que conhecemos, aquela na qual cometemos com as próprias mãos.
Eu a chamo de vingança.

—Espero que me perdoe, pelo o que vai acontecer.—Falei enquanto via o corpo dela todo machucado e preso a todos aqueles fios, naquela maca hospitalar.—Perdoar para mim, não é uma opção.

E pela primeira vez, eu estava determinado a cometer uma verdadeira chacina.

[...]

—Beatrice?.—Ela assentiu enquanto eu olhava bem a foto em que aparecia o rosto dela.—Eu sei que de todos os lugares beatrice não teria para onde ir a não ser para a casa do seu tio que fica em um interior bem longe e escondido da cidade.

Levantei a cabeça para encara-la, e ela estava bastante afastada aparentemente com medo do que poderia acontecer com ela. Emily era seu nome. Fitei bem ela, e pude notar que seu corpo estava trêmulo, eu estava com um canivete em uma mão e o celular na outra e continuei a encarando até que decidi levantar, e a mesma assustada começou a se afastar para trás, até escorar na parede e não ter mais para onde ir.

—Fica parada.—Falei enquanto caminhava até ela e então em uma certa distância parei olhei bem, mais uma vez e arremessei o canivete em sua direção acertando 1 mísero centímetro ao lado do seu pescoço.

Ela deu um grito bem na hora e começou a chorar, não arremessei com intenção de mata-la, apesar de que era o que ela merecia, mas ela estava me sendo útil de alguma forma e pensei em algo. Caminhei em sua direção e cheguei bem perto dela e puxei o canivete da parede, ela estava com o rosto virado, chorando sem parar.

—Sabe? eu sinto vontade de marcar o seu corpo por completo com esse canivete, não acha que ficaria bom assim? Não foi isso que vocês fizeram no corpo dela? espera, você na verdade falou que não fez nada, não é?

—Eu não fiz!!!! eu não encostei um dedo na Emma. Eu não queria ter participado daquilo.—Diz em prantos.

Cheguei mais perto e comecei a encostar o canivete em sua bochecha pressionando um pouco, e então a mesma entra em pânico.

—Exatamente, você não fez nada!.—Ela olha sem entender enquanto ainda chorava.—Se você tivesse feito algo para impedir ela não teria passado por todo aquele inferno que ela passou. Mas você não fez nada.—Falei em um tom sério bem perto dela.

—Por favor!! eu não odeio a Emma, eu não queria que fosse dessa forma, eu me culpo todos os dias pelo o que aconteceu!!! eu ja fui até o hospital, eu pedi perdão dela, eu só quero ter uma chance de provar o quanto eu estou arrependida pelo o que eu fiz!!!!.—Diz demonstrando realmente arrependimento e ao mesmo tempo desespero.

Olhei bem pra ela e então desencostei o canivete. barulhenta.

Eu não quero seu arrependimento, ele não me serve pra nada.—Ela fica sem entender.—Você vem comigo até o local onde sua amiguinha está.—De repente a mesma me olha incrédula.—Não se preocupe não vai ser como se eu fizesse você levar a culpa pelo o que vai acontecer.

Olhei pro canivete e então desviei o olhar para ela novamente.

—Você não tem muita escolha.—Falei e fui me afastando dela.

Estávamos em um lugar próximo aquela maldita escola, um prédio abandonado.

—Porque?.—Ela pergunta.—Porque está fazendo tudo isso?!! os policiais, estão todos atrás de cada um que fez isso com a Emma, mas porque decidiu fazer isso por conta própria?.—Virei um pouco o rosto para encara-lá.

Que pergunta mais Estupida.

Porque?.—Dou uma risada.—Porque eu quero todos mortos.—Ela me olha completamente assustada.

—Você...—Ela fala com a voz falha.—Foi você que fez aquilo...?.—Perguntou novamente.—Com o stephan e aqueles caras.

—Até que você não é tão burra. Agora chega de perguntas! ja está perto de anoitecer.—Peguei umas luvas pretas e coloquei na minha mão e vesti novamente aquele casaco encapuzado.—Vamos.

Falam sobre ter pena, se lastimar.
Acontece, que pessoas abomináveis não são dignas de compaixão, eu não hesito, eu não sinto piedade, meu ódio só aumenta e so acaba quando aquela pessoa deixa de existir.

[...]

Emily vomitava sem parar, enquanto eu estava agachado frente ao corpo de sua amiga. Olhei bem para o rosto dela e fui analisando o corpo.
Devo ter queimado pouco?

Já chega!!! ela esta morta...—Emily fala aos prantos.—Como você consegue ser tão frio assim...

—Frio?.—Olhei para ela me levantei.— "Eu faria tudo de novo, sem pensar duas vezes e até pior" foram as palavras que saiu da boca da sua amiga antes de morrer, e agora eu faço das palavras dela a minha, a diferença é que não teria como eu fazer pior porque eu não preciso pensar duas vezes pra isso.

Taquei fogo na casa em que ela estava, e por incrível que pareça seu tio fez questão de ir embora e deixa-la para trás para morrer só, aparentemente sem um pingo de remorso.

Enquanto a casa pegava fogo eu olhava para ela, Beatrice Pearl foi uma das pessoas que mais se divertiu, humilhando e machucando Emma. Antes de mata-la ela confessou que dês do início sabia que não houve traição, e ainda sim permitiu que se espalhasse aquele falso boato por pura diversão.

—Você está fazendo tudo isso por ela...—Emily pergunta com a voz trêmula tentando se recompor—Por justiça?

Olhei para ela e então no mesmo instante a mesma olhou para a casa que ja estava se desfazendo por conta do fogo, logo a mesma limpou suas lágrimas.

—Ou fez isso por amor?

Gente, não vou colocar mais o alerta de gatilho na obra, porque como vocês ja bem sabe a história puxa esse lado meio violento, ja que o protagonista masculino é um assassino.
E aproveitando no aviso mesmo, queria novamente agradecer a vocês pelas curtidas e comentários, fico muito feliz que estejam gostando da obra tentarei postar de 2 a 3 capítulos seguidos dos outros (não posso prometer) mas farei meu melhor!! 🩷🩷

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