Capitulo 76

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Ryder Carter

~17 de julho de 2024

Pensei que eu seria incapaz de reviver a sensação que tive naquele dia, quando minha irmã morreu. Mas vendo o corpo da Emma coberto de sangue no chão me trouxe a tona toda aquela angústia ainda mais forte, e quando peguei ela no colo desesperado sem tirar minhas mãos daquele corte, ver minha mão e seu corpo preenchido de sangue pela primeira vez me despertou um enorme medo.

O medo de perde-la.

Eu sabia que havia algo errado, e que estava relacionado aquela pessoa do parque. Tentei primeiramente entender a partir de que momento essa pessoa surgiu.

—Ela recebe mensagens anônimas, no qual a pessoa a ameaça. Agora não entendo, o porque dela insistir em querer saber quem é essa pessoa. Ryder, ela não me escuta. E eu estou dizendo isso porquê sinto que a qualquer momento, Emma se colocará em perigo.—Diz Sophia enquanto arrumava algumas de suas coisas no quarto.

Eu estava encostado na porta de braços cruzados pensativo. Antes mesmo que eu se quer pudesse pensar em como descobriria quem era essa pessoa e sua origem, coincidentemente Sophia me contou sobre essas mensagens por estar preocupada com ela, e por achar que a mesma me ouviria.

Acontece, que eu não comentei com a Emma que sabia sobre, eu apenas fui observando novamente seus passos e quem se aproximava dela tentando de alguma maneira descobrir algo. Emma repentinamente começou a trabalhar na biblioteca da cidade, não havia nada demais, até um certo momento. Quando aquele cara surgiu.

Desde o primeiro momento que o vi naquela praça algo nele não me agradou, principalmente a forma como ele olhava para a Emma. Eu conhecia bem aquele olhar, e era por esse motivo que perdi o controle naquele dia. Percebi que ela estava estranha, e sabia que novamente estava me escondendo algo. Até receber uma mensagem.

"Pelo visto, você já deve ter descoberto! ainda achei que demorou, mesmo você sendo tão cauteloso ainda fui capaz de perceber, na realidade, eu estava gostando desse jogo, até o momento em que só participava eu e ela. Mas você estragou, ainda sim, deixarei de lembrança essa mensagem em forma de carta pra você entender, que o que eu fiz, nunca foi com a finalidade de machuca-la. Porque, eu amo a Emma e fui incapaz de lidar com vocês dois sempre juntos, e com ela se apaixonando por você, não sei quando se tornou uma obsessão, pode se dizer que foi no dia em que nos esbarramos? ou quando a vi seminua no banheiro masculino. Emma é frágil, e despertou em mim um lado que eu não sabia que tinha pois vivia em um mundo de fantasia criado pelos meus pais, ainda sim ela mudou isso, agora, não posso simplesmente desistir, porque eu a quero mais do que tudo nesse momento, e eu a terei, hoje! ou melhor, daqui a pouco, mas darei a chance de você se esforçar pra chegar a tempo."

E então mandou até a localização.

Quando recebi essa mensagem, eu fiquei fora de mim. Não conseguia enxergar mais nada, não conseguia ouvir nada, meu corpo, minha mente, minha alma foram completamente preenchidos por um ódio infindável. Quando cheguei naquele lugar antes que eu entrasse encontrei uma pessoa que tentou me impedir.

—Você não pode subir lá, a polícia já esta a caminho e Bryan sabe disso.—Era um moleque.—É uma armadilha!!!!

—Se não quiser morrer acho melhor sair do meu caminho.—Falo e então ele se coloca na minha frente novamente então segurei seu pescoço que nem fiz com aquele maldito naquele dia e comecei a apertar fazendo ele se rebater procurando fôlego enquanto segurava meu pulso.

—Eu falei pra não se meter no meu caminho.—Quando vi que eu estava somente perdendo meu tempo arremessei seu corpo no chão e prossegui, eu se quer sei como subi até o apartamento, eu estava totalmente tomado pela vontade imensurável de matar aquele desgraçado e quando entrei fui direto para a cozinha com o intuito de pegar qualquer faca que estivesse por ali e então vi uma jogada no chão junto com sangue em volta, quando vi aquilo me bateu um pânico até que escutei o grito da Emma.

—Por favor!!!!.—Grita.

Então peguei a faca e fui correndo seguindo a sua voz que vinha do quarto. Quando entrei lá me deparei com algo que fez com que eu não pensasse apenas reagisse.

Me aproximei rapidamente dele segurando seu cabelo e cortando rapidamente seu pescoço com aquela faca sem que se quer ele completa-se sua frase. Ele não havia feito movimentos, não tentou fugir, era como se realmente estivesse apenas esperando que eu o matasse.

Eu me senti sufocado, olhava para o corpo dele no chão tendo diversos flashbacks daquele momento dele perto do corpo dela, ela estava se tremendo, estava chorando de desespero, algo queimava dentro de mim como se fosse me perfurar por dentro so em te-la visto daquela maneira, a morte dele foi rápida mas não foi capaz de me tirar aquele ódio. E tudo só piorou quando Emma fez aquilo logo em seguida.
Quando vi que ela estava prestes a perder a consciência me vi em um completo desespero que nunca fiquei antes. Pela primeira vez eu estava em uma situação no qual eu não conseguia pensar com calma, minhas mãos tremiam.

—Emma, não fecha olhos.—Pedi.—Por favor.

Mesmo que ela tentasse a mesma não conseguia mais se manter de olhos abertos eu pressionava o corte para tentar de alguma forma estancar o sangue mas não estava adiantando, ela estava perdendo muito sangue e se eu soltasse minha mão ela perderia ainda mais. Senti meu coração bater tão rápido naquele momento.

—Você precisa levar ela daqui, ou ela vai morrer.—Escuto a voz daquele cara que tentou me impedir de subir fazendo com que eu voltasse a realidade.—Tem uma saída pelo fundo do prédio, ninguém verá vocês saindo por lá se for discreto, eu cuido do resto, vai!!!.—Pede.

A carreguei rapidamente no colo e sai daquele apartamento com ela, fiz como ele havia dito e realmente por alguma razão ninguém nos viu saindo por lá, peguei rapidamente um taxi a levando direto para o hospital.

Emma, por favor.
Não morra...
Não morra...
Não morra!!!

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