Capitulo 69

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Emma Miller

~17 de julho de 2024

Dizem sobre pessoas que são corrompidas com o tempo devido a determinadas situações ocorridas em suas vidas, situações essas que as levam para esse caminho tão sombrio. Tanto que há aquela frase, que o vilão só é violão quando a história só é contada pelo herói. Mas pouco se fala das pessoas que se tornam assim por puro prazer. Não tem como dizer por aí que "essa pessoa nasceu corrompida" isso é afirmar que um bebê se corrompeu ao mal, mas eles são puros, inocentes.

Mas o tempo revela sua índole, sua verdadeira natureza. Pensamos de alguma forma conhecer alguém o suficiente para dizer "ele ou ela seria incapaz disso" isso é pura ignorância e ingenuidade, quando tentamos fugir dessa realidade de que aquela pessoa nunca foi como pensávamos que realmente era.

Senti meu coração acelerar disparadamente, quando me dei conta de que o local que ele havia me passado era justamente o prédio onde Emily foi encontrada morta bem a frente.

Eu estava bem diante aquele lugar com o olhar pra cima enquanto fitava a altura do prédio, devo ir até o apartamento do ultimo andar. Desviei meu olhar para dentro e então respirei fundo e fui caminhando até lá.

"Basta citar seu nome na recepção"

Foi o que ele havia me mandado. E então assim que cheguei na recepção e citei meu nome a recepcionista me olhou me entregou um cartão para abrir a porta e então pediu para que eu pudesse subir.

Enquanto eu subia no elevador levei minha mão até meu peito, ele doía, doía muito! e um ódio inexplicável começou a surgir dentro de mim, ficarei cara a cara com o homem que assassinou minha mãe. Eu tinha que me manter calma a todo momento e entender o que ele planeja fazer, principalmente pelo fato dele ter feito eu vim até esse prédio.

Quando eu cheguei finalmente no andar fui até o apartamento, era 209 o último do corredor, na verdade naquele andar parecia que só havia ocupado justamente esse único apartamento.
Parei na frente dele fiquei por um tempo parada ali pensando, eu estava me tremendo, e meu coração estava acelerado, e novamente eu sentia aquele enjoo. Coloquei o cartão e então a porta daquele apartamento se abriu.

Fazendo com que eu observasse logo a frente a sala de estar, não havia muitos móveis ali, e os poucos que tinham possuíam uma cor sem vida.

—Então finalmente você chegou.—Quando ouvi aquela voz meu corpo todo se arrepiou, minhas pernas começaram a tremer. Porque eu conhecia bem aquela voz...

Não pode ser!!!

Fiquei tão distraída com os móveis que se quer notei a presença dele ali, olhei pra frente e ele estava de costas perto da sacada olhando os outros prédios com aquele mesmo sobretudo preto daquele dia, que o vi perto do parque. Quando ele se vira eu fiquei em um estado de negação e completamente estagnada.

—E então? o que achou da surpresa?.—Ele tira o capuz e então abre um sorriso.

Bryan?!!!!!

Diário de uma NerdOnde histórias criam vida. Descubra agora