Diário de uma Nerd

Capitulo 86

Emma Miller

~07 de abril de 2026

                       Abri meus olhos lentamente sentindo um peso enorme na cabeça, pus a mão no rosto por conta da claridade. E então me dei conta de que estava em um quarto, ele possuía cores cinzas suaves na parede, poucos detalhes no qual não entregava muito sobre o gosto de quem dormia ali. Abaixei um pouco a cabeça e aparentemente eu estava bem vestida, da mesma forma que eu estava ontem a noite. Respirei fundo completamente aliviada, eu não lembrava de nada da noite passada. E nem sei que diabos de lugar é esse.

—Então acordou.—Levantei a cabeça rápido e vejo simplesmente o rick somente de toalha encostado ao lado da porta do banheiro me encarando. Virei o rosto rapidamente.

—O que você tá fazendo aqui??.—Perguntei sentindo meu coração bater mais rápido meio assustada sem saber o que aconteceu.

—Bom, eu moro aqui.—Diz e então revirei os olhos.

Olhei novamente pra cara dele e em seguida dei outra analisada no quarto e me levantei rapidamente indo de encontro a porta do quarto para sair. Eu estava sentindo uma dor de cabeça inexplicável, que sensação horrível de ressaca.

—Gostou da noite passada?.—Pergunta.

Suas palavras me fizeram parar no mesmo instante, senti meu corpo tremer quando ele falou aquilo, me virei para ele desacreditada. O que? Ele começa a rir ao ver minha expressão.

—Brincadeira.—Suspirei fundo sentindo toda aquela tensão esvaindo do meu corpo.—Não vai nem me agradecer?

—Pelo? afinal de contas porque me trouxe pra sua casa? e o que aconteceu ontem?.—Perguntei o encarando séria.—Eu já falei que eu não te quero perto de mim Rick, eu odeio você tanto quanto odeio aqueles que me fizeram mal. Pensei que ja soubesse.—Sua expressão muda e então ele fica sério.

—Não seja tão injusta Emma, você caiu completamente bêbada nos meus braços pedindo para que eu a tirasse daquele bar.—Diz indo até seu closet.—Mesmo depois de eu ter que ouvir você falando a noite inteira dele.

—Não importa, como você disse eu estava bêbada. Me largava na rua. Seria bem melhor do que ficar aqui com você.

Ele vira um pouco o rosto e abre um sorriso.

—Só você mesmo tem essa capacidade.—Diz fazendo com que eu fique sem entender.—Qualquer outra pessoa que me direcionasse a palavra desse jeito, provavelmente já estaria morta.—Desvia o olhar novamente para o closet atrás de uma roupa.

Ri.

—Então me mata.—Ele me encara novamente e então fica pensativo e logo deixa de procurar a roupa e começa a vim na minha direção enquanto fico o encarando séria.

Ele para bem perto, e fica me olhando como se estivesse pensando na minha proposta, logo desvia seu olhar pra minha boca, franzi a testa e então me virei de costas e sai do quarto.

Peguei minha bolsa que vi em cima de uma bancada na sala de estar, e então caminho até a porta.

—Você entregou totalmente seu coração a ele, né?.—Pergunta atrás de mim mas sua voz soou completamente baixa.

—Não só o coração.—Respondi seco e então abri a porta e sai de lá. Eu estava sentindo cada pontada na minha cabeça, estava atrasada pra faculdade, e pra variar meu celular estava cheio de ligações perdidas.

Eu estava com planos de alugar um apartamento para mim, nesses dois anos meu pai começou a namorar karen, ele se permitiu amar novamente, e fiquei feliz por eles, karen era uma boa pessoa, claro, jamais tomará o lugar que pertencia a minha mãe, mas ainda sim ela o faz bem.

Nunca pensei que faria isso ja que mal havia tomado um banho descente, e estava largada por conta da ressaca, mas hoje a aula seria prática, não teria como eu faltar e eu só me atrasaria ainda mais se passasse em casa.

"Fiquei de plantão com meu supervisor, por isso não retornei. Está tudo bem, beijo."

Digitei para Caleb. Já que havia bem umas 200 ligações do mesmo. E então fui para a universidade. A sorte é que meu material ficou no armário da universidade então cheguei as pressas no campus e dei de cara com aquela menina ruiva largada no pátio, seus olhos estavam marejados.

Pensei em passar direto e apenas ignora-la para pegar pelo menos a aula do segundo tempo, mas por alguma razão me compadeci e fui até ela.

Droga Emma, você faz medicina e não psicologia.

—Ei, está tudo bem?.—Perguntei sendo que obviamente não estava bem.

Ela ergue a cabeça para me olhar, e seus olhos enchem de lágrimas e então ela enxuga envergonhada.

—Sim.—Diz.—Só estou um pouco frustrada pelo período de provas.

Olhei para ela e então respirei fundo.

—Uma das matérias por acaso se chama dylan?.—Ela me olha surpresa e então me sentei ao seu lado.—Você gosta dele né?

Ela assentiu sem pensar duas vezes e voltou a chorar.

—Eu não entendo, eu sei que ele também gosta de mim, mas ele se mantém tão distante. Não abre seu coração, e me trata dessa forma fria.—Ela funga em meio ao choro.

—Bom, não posso opinar muito sobre Dylan pois acredito que você deve o conhecer bem melhor do que eu. Mas, se quer um conselho, não desiste, as vezes pode existir uma razão pra isso, se ele gosta mesmo de você, uma hora ou outra ele irá quebrar essa barreira que criou em volta de si mesmo.—Ela cessa um pouco o choro.

—Você diz que não o conhece, mas Dylan é tão diferente com você.—Diz.—Como você fez?

Como eu fiz o que?

—Bom, eu não fiz nada. Ele apenas se aproximou. Percebo que gosta muito de falar sobre sua área, vejo bem seu fascínio pela medicina. Você cursa o que?

Ela fica meio pensativa.

—Direito.—Responde.—Nada a ver né? como posso falar algo de sua área se eu não sei nada sobre?

Ri.

—Bom, mostre interesse, comece a perguntar sobre, não demonstre somente seus sentimentos, se esforce mas não tanto, não permita que ela a veja desesperada. Você é linda, e tenho certeza que dylan pensa o mesmo.

Surge um sorriso em seu rosto e então ela se levanta e me ajuda a se levantar em seguida.

—Obrigada, você é incrível. Não é atoa que conseguiu a amizade dele. Você namora?.—Ela pergunta aleatoriamente fazendo com que eu fique meio sem resposta.

—Não...—Respondi sem graça.

—Mas existe alguém?.—Senti aquele leve aperto.

—Não sei mais...