Capitulo 46

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Emma Miller

~09 de junho de 2024

Não tive a coragem que tanto precisava para contar ao meu pai naquele dia, que o que aconteceu foi na verdade um atentado contra a vida dele e da minha mãe, que no final das contas acabou dando certo já que naquele acidente minha mãe morreu. Eram tantos questionamentos, que eu se quer sabia se deveria contar ao meu irmão, como será que ele reagiria? Caleb age sempre por impulso mas será que em uma situação como essa ele iria agir de forma racional?

—Passar um tempo fora a trabalho? como assim pai?!!.—Me alterei quando ele falou que precisaria trabalhar fora.

—Meu amor, não posso ficar enfurnado nessa casa pra sempre, preciso trabalhar. Não posso e nem quero depender de licença médica, precisamos pagar nossas dívidas e só seu irmão não dá conta.—Ele fala enquanto ajeitava a mala.

—Pai eu acho isso um absurdo, o senhor não terminou suas sessões de fisioterapia e outra coisa, as dividas a gente pode dar um jeito, eu posso começar a trabalhar, mas por favor! não vá trabalhar.

—Emma.—Ele para de ajeitar as roupas que colocava dentro da mala e vem até a porta que era onde eu estava escorada.—Filha, você não precisa ter medo, só vai ser por 1 semana, não vai acontecer de novo...

O senhor está enganado, porque se ja aconteceu com ela o próximo é o senhor.

Não, não quero que pareça egoísmo ou medo só quero que fique mais um tempo de repouso e confie em mim pai, eu vou começar a trabalhar para ajudar Caleb, mas por enquanto fique em casa cuide da sua saúde que no momento é a prioridade.

—A prioridade é ver você estudar para construir um futuro para você e seu irmão, então não quero que carregue esse fardo cedo de largar seus estudos e trabalhar.

—Quem disse que irei largar meus estudos? eu posso fazer as duas coisas! por que o senhor tem que ser tão teimoso? só me escute pelo menos uma vez.—Falei aquilo tão alto que o mesmo me olhou um pouco assustado sem entender o porque do meu desespero. Então ele respirou fundo.

—Eu estou me sentindo um idoso, que não pode mais fazer nada. Agora também não posso mais trabalhar.—Ele resmunga mas em seguida abre um sorriso.—Tudo bem! vou confiar em você.

Suspirei aliviada ao ouvir aquilo e então o abracei. Verdades que estou prestes a encontrar, sabendo que o preço por elas vai ser alto, mas dessa vez não pretendo envolver minha família nesse abismo no qual estou entrando novamente.

[...]

Estava prestes a sair do apartamento quando esbarro em alguém, ou melhor alguém esbarra em mim derrubando um monte de livros e alguns outros objetos no chão. Desviei o olhar do chão para a pessoa.

—Desculpa!! meu Deus como sou desastrada eu sempre ando por aí esbarrando nas pessoas e...—Quando ela para de falar e olha pra mim ela abre uma expressão de surpresa no rosto.—Você!!!

O rosto parecia familiar mas não me lembro bem de onde a vi. Mas pude me dar conta do quanto ela era bonita.

—Quis dizer, você mora aqui?.—Ela faz menção do apartamento em que acabei de sair.

Me agachei para pegar as coisas que ela havia derrubado e tampouco se importou.

—Ah, que cabeça essa minha. Eu nem se quer perguntei se você se machucou. Não precisa se preocupar, eu mesma posso juntar as coisas.

Enquanto eu pegava os livros dela um objeto em específico me chamou a atenção, era im chaveiro de caveira e eu ja tinha visto aquela caveira...

Ela pega rapidamente o chaveiro, fazendo com que eu olhe pra ela e em seguida os restante das coisas, me levanto e entrego os livros para ela.

—Moro, respondendo a sua pergunta.—Falei em seguida tentei passar para sair ja que estava um pouco apressada.

—Espera.—Parei e me virei.—Eu serei sua nova vizinha, então espero que possamos nos dar bem.—Fala sorrindo

Ela é simpática.

Claro, porque não?.—Sorri fraco.

—Perdão, mas poderia me falar seu nome?

—Emma.—Ela me encarava sem parar como se ja me conhecesse a muito tempo, e bom posso não ter parecido nem um pouco receptiva ja que se quer perguntei o nome dela mas aparentemente teríamos mais tempo para isso, que nosso caso não seria hoje.—Bom se me dar licença, preciso ir.

—Claro, me desculpa! não queria ter tomado seu tempo.—Responde.

De onde eu conheço ela? até a voz me parecia familiar... Deixei pra la, e em seguida sai, fui em um lugar no qual eu estava buscando coragem para ir a muito tempo mas não tinha, eu não sabia se devia mas ainda sim eu estava convicta. Algo me diz que a morte da Emily poderia estar ligada a da minha mãe. Esses acontecimentos todos eles poderiam estar ligados a uma só coisa. Ryder acha que pode ser por causa dele, mas e se não for?

[...]

O taxi parou no destino, e então desci olhei para aquela casa, respirei fundo. "A coragem mostrará o caminho..." agora preciso dessa coragem para entrar dentro do abismo novamente.

Toquei a campainha, e fiquei esperando mas ninguém atendeu. Aquela demora estava me matando então toquei novamente a campainha e então finalmente alguém abre a porta.
Eu me surpreendi quando vi quem estava por trás daquela porta.

Como pode? tamanha coincidência... ou pior

—Emma...?.—Ele aparentemente tava tão surpreso quanto eu.

—Zayn?!!!

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