Diário de uma Nerd

Capitulo 44

Emma Miller

~02 de junho de 2024

Eu não sabia para onde ele estava me levando mas não o questionei, eu não estava bem, mas ao mesmo tempo em que eu me encontrava aflita por ter descoberto que na verdade minha mãe foi assassinada, eu também estava aliviada, por ter encontrado Ryder. Demorou para chegarmos a um lugar que aparentemente era um cemitério. O que diabos?

—Que lugar é esse?.—Perguntei e em seguida ele desce da moto.

—Quero lhe mostrar algo.—Ele me ajuda a descer da moto e então entrego o capacete pra ele ajeitando meu cabelo em seguida.

Era um lugar tão sinistro quanto aquela cidade, claro era um cemitério mas não parecia um cemitério comum, era bem mais macabro tinha até um nevoeiro que pairava no local.

Eu comecei a andar um pouco adentrando o local, pois algo me chamou atenção ali, mas não sei bem o que.

—Você não muda né? continua se deixando ficar vulnerável a qualquer ameaça.—Fala surgindo ao meu lado.

—Você é a ameaça?.—Pergunto e então ele me olha.

Ryder tinha um olhar que bem mais além de marcante, era sombrio, mas que trazia um charme. Ele é realmente muito bonito.

Ele não respondeu a minha pergunta apenas me olhava como se estivesse hesitando de algo. E então desvia o olhar e volta a andar apenas o segui enquanto olhava os túmulos que haviam ali, até que paramos em um em específico ele abaixou a cabeça olhando pra um túmulo com o mármore totalmente rachado e tinha uma placa que não estava completamente destruída e pude ler o nome que ali estava escrito "Stephany collins" era o nome de uma garota, não havia a data em que ela faleceu por conta da placa estar destruída justamente no canto direito onde estaria essa informação apenas quando ela nasceu em 2006, então ela aparentemente estaria com 18 anos agora.

Olhei para o Ryder e ele me encarava de canto de olho como se esperasse que eu perguntasse quem era ela, mas eu já tinha em mente quem poderia ser.

—Acredito que Sophia ja deve ter comentado sobre uma garota no qual se suicidou por minha culpa.—Ele fala e então fico um pouco sem reação por ele ter jogado na lata algo assim e como imaginei era ela mesmo.

Assenti com a cabeça.

—Ela me contou um pouco, vocês eram namorados né?.—Ele dar uma risada e em seguida volta sua expressão séria e eu fico sem entender na verdade eu estava totalmente confusa.

—Sim, acontece que passei um tempo me martirizando, pensando que ela estava morta.

Estava...?

—Existe um corpo aí dentro sim... mas não pertence a ela, um corpo que não era pra estar aí, não era pra ter morrido uma pessoa inocente. E pelo visto ela nunca morreu, foi tudo uma farsa, e eu sei que ela sabe sobre você. Emma, o que eu quero dizer é que  você não sabe do que a Stephany é capaz, nem a própria família dela sabia, ela é capaz de tudo pra ter o que quer.—Olhei para o túmulo e então entendi o motivo por ele está destruído.—E, você também não sabe do que eu sou capaz.—Olhei pra ele.—Você pensa que entrou nas nossas vidas, por ter encontrado Riller no parque, mas eu ja fazia parte da sua vida muito antes daquele momento, eu sabia tudo, todo passo que você dava e as pessoas que faziam mal a você eu passei a conhecer um por um e comecei a destruir lentamente cada um deles. E você não faz ideia de como eu realmente sou, eu fiz tudo isso para te proteger, mas eu não posso te proteger de mim mesmo.

Eu senti minha garganta fechar sem saber o que dizer, como reagir. Eram tantas informações para processar em tão pouco tempo. Minha vida parece que tem se tornado um verdadeiro filme de terror com continuações sequentes. Mas de uma coisa eu tinha certeza. Me virei para ele e me aproximei.

—Você quer sumir da minha vida depois de dizer que faz parte dela? acha que é fácil assim? a única pessoa que pode me colocar em perigo sou eu mesma, então não preciso que me proteja de você, diferente de você eu não sei nada sobre sua vida, seu passado e não acho justo isso, você saber tanto sobre mim enquanto não sei nem metade de quem você é. Mas eu sei do que eu sinto.

—Não sinta, porque você não entendeu.—Ele se aproxima.—Eu sou capaz de muita coisa, para proteger você, e nem que você se esforce poderá imaginar o que.—Senti meu corpo arrepiar mas ainda sim não fiquei intimidada na verdade suas palavras so me fizeram perceber que ele so queria uma desculpa para se manter longe.

—E sumir do mapa é a solução? então faz isso. Eu mesma posso resolver meus problemas, afinal eu ja estava decidida a fazer isso sem ter que depender de ninguém! não sou ingênua para permitir que as pessoas tomem a frente de riscos que eu deveria enfrentar. Posso e vou, descobrir quem está por trás da morte da minha mãe e quem é a pessoa que eu ia encontrar naquele parque.

—Não, você não pode.—Ele responde ignorando o que acabei de falar e aquilo estava me irritando ainda mais.—Você tem ideia de quem essa pessoa tem como alvo principal?

—Eu ja sei que ele ou ela seja la quem for, quer matar meu pai!

Ele me olha e então suspira colocando a mão na nuca, aquele era um charme que realmente so ele tinha.

—Não, o alvo é você.—Ele fala e então fico sem respostas para o que acabei de ouvir.—O alvo sempre foi você, mas que não estava no alcance. E eu não falei em nenhum momento que iria sumir de novo, eu precisava resolver algumas coisas.

Olhei pra ele seria procurando coragem para perguntar o que estava na minha cabeça. Eu sabia que dependendo do que ele iria me responder poderia mudar algo, mas ainda sim eu queria ouvir pela boca dele.

—Ryder...?.—Ele me olha.—Você...

Pela sua expressão parecia que ja sabia o que eu iria perguntar.

—Já matou alguém?