Emma Miller
~02 de junho de 2024
Sempre estamos em busca da verdade, independente de como ela nos afetará, e uma vez li em algum lugar uma frase que "Nem todas as verdades são para todos os ouvidos" e que nem todas as verdades são ditas diretamente olhando no nossos olhos.
Ele desvia o olhar e então fica um pouco em silêncio.
—Eu não queria que conhecesse um lado meu, que pode te assustar bem mais do que você pensa. Mas percebi, que seria inevitável esconder.
"...verdades que não são para todos os ouvidos."
—Sim.—Ele me olha.—Porque eu tenho um instinto assassino.
Eu não esperava ouvir da boca dele, mas eu procurei a verdade. E ele me contou, abertamente, mesmo que diante disso eu pudesse me afastar dele completamente por ser um assassino. Então era disso que ele falava? sobre ser um perigo para mim?
Instinto assassino! isso quer dizer, que ele tem prazer em matar pessoas...
—Emma, eu sou um assassino, não um sociopata. Eu mato sim, mas quem realmente merece morrer, ou quem merece sofrer antes da morte, pessoas que não sentem nem um pouco culpadas pelos danos que causam.—Ele olha pro meu braço com aquela expressão no rosto de vingança.—E principalmente quando mexem com o que não devem.
Não consegui sentir medo. Eu simplesmente fiquei em choque com o que ouvi, mas não senti medo, simplesmente não mudou nada do que eu pensava sobre Ryder. Eu apenas não conseguia imaginar ele fazendo mal para alguma pessoa mesmo que essa pessoa fosse a pior pessoa da face da terra eu não via a imagem dele matando alguém.
—Então por isso que tenho que me proteger de você? porque sai por aí matando quem realmente merece?.—Ele me olha surpreso.—Eu não fico feliz com isso, mas não sei o que levou você a resolver as coisas dessa forma, mas também isso não muda nada. Pra mim você continua sendo a pessoa que quero por perto. Você nunca seria capaz de me machucar.
—Não percebe? só em estar perto de você, eu acabo me tornando alguém vulnerável e você acaba se tornando um alvo, todos que querem me ver morto automaticamente vão pegar você como alvo, e eu sei que essa pessoa que você iria encontrar no parque pode ser uma dessas pessoas.
Olhei bem pra ele e então respirei fundo, era estranho estávamos tendo aquela conversa a noite em um cemitério abandonado.
—Soph me falou uma vez quando contou toda essa história da Stephany, que depois do que aconteceu, você tinha criado uma barreira para qualquer menina que se aproximasse de você, e quando eu soube disso tentei de tudo pra não ultrapassar essa barreira, para não gostar de você. Mas tudo o que você fazia mesmo que sem perceber me aproximava mais ainda de você, e agora? como eu faço pra mudar isso? devo simplesmente conhecer outra pessoa e tentar te esquecer? ja que você perto so representa perigo a mim talvez outra pessoa então...
—Esse jogo de provocação não funciona comigo.—Ele fala se aproximando dou alguns passos pra trás e ainda sim ele continuava se aproximando ate que ele chega bem perto.—Mas ainda sim, odiei essa sua ideia, talvez eu mataria o cara, seria a primeira vez a matar uma boa pessoa por um motivo trivial.
—Então sou um motivo trivial?.—Pisei firme no chão pra sair dali mas ele me puxa pela cintura de uma forma tão inesperada que meu corpo todo amoleceu.
—Ciúmes, é um motivo trivial e não é do meu gênero sentir isso.—Ele fala quase sussurrando ja que nossa boca estava a centímetros.
Como eu iria explicar esse dia no meu diário?
"Querido diário, percebi que sou uma pessoa completamente sem noção tanto quanto Ryder primeiro eu deveria estar mal pelo fato de ter descoberto que minha mãe foi assassinada e eu fiquei, muito mal inclusive, mas como posso provar isso se nesse exato momento estou com um assassino no cemitério prestes a me beijar? era algo surpreendente, mas parando pra pensar são muitas coisas pra digerir em uma so noite, ainda estava na minha cabeça a imagem daquela pessoa de capuz no parque e quem poderia ser?
—Se você matasse ele, eu aprenderia a matar, e mataria você.—Ele ri.
—Não quero que se torne alguém como eu.—Responde em seguida.
—E o que você quer então?
—Isso é fácil.—Ele aproxima lentamente o rosto e me beija.
Eu tinha esquecido de como era beijar Ryder.
O problema é que não queria que ali fosse um beijo de despedida, foi um beijo totalmente demorado e so cessamos quando realmente nos faltou fôlego. Afinal estávamos fazendo aquilo realmente no cemitério mas, poderia ser pior...
—Não temos um pingo de respeito pelos mortos.—Falei.
—Acredite, nesse cemitério só está enterrado quem realmente deveria estar morto, com exceção de uma pessoa.—Ele olha novamente aquele túmulo.—Lembra que falei que stephany era capaz de qualquer coisa?.—Assenti.—O corpo que esta nesse túmulo é o da irmã dela.
Quando ele falou aquilo e fiquei sem um pingo de reação. Ela matou a própria irmã???
—Eu descobri tudo isso recentemente, e sei quem esta com ela agora. É uma pessoa que me odeia tanto quanto qualquer outra. Mas não importa, vamos?.—Assenti.
Finalmente iriamos sair daquele lugar, voltamos para a cidade e pelo visto a minha chantagem emocional ou a minha desculpa de arranjar alguém fez com que ele repensasse então ele voltou pra ficar.
Quando cheguei no apartamento como ja era de se esperar caleb ja estava até preparado para ligar para a polícia e meu pai ja estava com cara de choro. Eu realmente não dava um pingo de sossego a eles o problema é que ao encarar meu pai e meu irmão senti que eles precisariam saber a verdade sobre o que realmente aconteceu naquele dia do acidente.
Que na verdade foi uma tentativa de assassinato que resultou na morte so da minha mãe.
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Diário de uma Nerd
FanfictionEmma Miller é uma estudante do ensino médio que desde pequena se prende a seu diário, e nele deposita todas as suas frustrações e também desejos do dia a dia. Apesar de ser uma garota aparentemente normal, Emma sofre bullying na sua escola por conta...