Capitulo 36

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Emma Miller

~27 de abril de 2024

Acho que não tinha como piorar, caleb não me deixa nem se quer por a cabeça para fora do apartamento.

—E então? ir para onde?.—Ele cruza os braços.

—Para meu apartamento.—Diz sorrindo tentando convence-lo.

Sophia começa jogando seu charme, pois no fundo ela deve saber que Caleb é completamente apaixonado por ela.

Ele da um sorriso então abro um sorriso aliviado.

—Não!.—Meu sorriso se desmancha.—Sinto muito, mas minha irmã deve permanecer no apartamento.

—O que isso? tenho que viver como se estivesse presa agora?

—Sim, e você sabe muito bem o porquê.

—Caleb? o meu apartamento é quase vizinho o de vocês não vejo problema nisso.—Sophia por sua vez fala.

—Acontece que antes de entrar no quarto eu ouvi a conversa que vocês estavam tendo.—Que vacilo!

Pensa em algo Emma!!

Emma.—Caleb se aproxima.—Mesmo que esteja sob uma medida protetiva, não quero arriscar lhe perder. Já perdemos alguém não iria suportar ter que viver tudo de novo.—Sinto um aperto no peito quando vejo a afeição de caleb mudar completamente.—Por favor.—Ele olha pra soph.—Cuida dela.

Ele finalmente sai deixando um silêncio ensurdecedor invadir o quarto. Minha vida mudou tanto de uns tempos para cá e fico pensando o quanto meu pai e caleb tem sido fortes. E eu, me sinto uma pessoa totalmente fraca.

—Caleb tem razão. Não podemos nos precipitar. Ryder sabe o que faz, e sei que apesar da raiva consumi-lo ele não vai fazer nada precipitado.

Meus olhos começam a marejar.

—Não preocupe. Eu tenho certeza disso.—Ela me puxa para um abraço.—Nada disso é culpa sua Emma, você passou por muita coisa e ainda aguentou calada. Quero que pense apenas pelo lado positivo, esse inferno finalmente acabou.

Foi o que a soph falou naquele momento para tranquilizar meu coração.
Mas acontece que eu estava com um pressentimento de que não acabou, mas que so estava começando.

5 semanas depois...

                Estava completando quase um mês em que eu não vi Ryder, ele não apareceu o que me deixou noites em claro acordada pensando mil em uma coisa. Mas o que me deixa ainda mais preocupada é que aparentemente a mãe dele e a soph, não me parecem nada aflitas pelo seu desaparecimento como se no fundo soubessem que a qualquer momento ele irá voltar normalmente, ou como se fosse comum para elas... Ryder sempre foi assim?

Há tantas perguntas na qual eu me ando fazendo ultimamente, onde ele está? o que está fazendo? será se está bem? ele ainda está convicto dessa vingança? porque?!!!
Me sinto confusa, com medo, frustrada. Recebo quase todos os dias cartas da minha antiga escola de pessoas se "solidarizando"
e não consigo ver verdades em nenhuma.

Mas devo viver minha vida como se nada tivesse acontecido.

Eu estava sentada ao lado do túmulo da minha mãe eram exatamente 08:40 da manhã, estava ventilando bastante no local, eu fechava os olhos enquanto sentia a brisa bater em meu rosto, meu pai e meu irmão ja me deixavam sair sozinha claro, com certas condições. Meu pai e caeb tem acesso a minha localização 24h por dia parece exagero? sim! mas para eles é necessário. Abro os meus olhos e olho para o túmulo.

—Sinto tanto sua falta...—Passo mão por cima.—Mãe.

Meus olhos enchem de lágrimas. Eu apenas precisava daquele momento para por para fora aquele sentimento preso dentro de mim.

—Costumam dizer que a dor do luto é passageira, mas a da saudade fica pra sempre, né?—Escuto uma voz grossa e um pouco rouca vindo por detrás de mim fazendo com que eu me levantasse e me virasse rapidamente com o susto.—Calma!! não era minha intenção lhe assustar.

Era um cara jovem aparentemente com 19 anos de idade, ele era alto, tinha uma estrutura forte, seu cabelo era preto bem escuro mas seus olhos eram claros, e ele tinha um piercing no canto esquerdo de sua sobrancelha. Eu fiquei um pouco abismada pois ele tinha algo muito semelhante ao Ryder. Até suas tatuagens, nos braços, pescoço... na mão, seu estilo.

—Você é psicóloga ou estilista?.—Arqueio a sobrancelha com sua pergunta.

—Por que?.—Questionei.

Ele da uma risada. Meu Deus, é bizarro a semelhança! ou eu devo estar ficando doida?

—Bom, você me deu uma boa analisada. Então pensei posso estar conversando com uma psicóloga e por isso essa análise com o olhar, mas também pode ser agende de modelo.

—Até o humor é parecido...—Pensei alto então ele ficou me olhando sem entender.—Não, e mesmo que eu fosse não seria da sua conta.

—Nossa, não seria da minha conta uma mulher bonita me encarar dos pés a cabeça?

sem chance, nada parecidos!

Eu não estava te encarando! apenas...

Ele me olha esperando que eu completasse.

—Eu não devo satisfação a um estranho!! afinal de conta você não acha um pouco inconveniente chegar em uma pessoa assim, do nada?

—Parando assim pra pensar, então todos são um pouco inconveniente né? afinal pra conversar com alguém a gente chega do nada.

Só pode tá de sacanagem.

—Brincadeiras a parte, apenas me comovi por sua dor. Vim visitar uma pessoa importante para mim também.

—Quem?.—Ele me olha e abre um sorriso.

—Sabe? eu poderia lhe devolver na mesma moeda a frase "não devo satisfação a uma estranha" mas como a estranha em particular é bastante bonita, posso abrir uma exceção.

—Pensando melhor, não quero mais saber.—Peguei minha bolsa e comecei a andar para ir embora.

—Espera!.—Ele surge do meu lado caminhando comigo.—Você não vai me falar seu nome?

—Não.—Continuei andando.

—Que pena, e não vai perguntar meu nome?

—Não quero saber.

—Humm. Tudo bem, me chamo...—Esse cara é surdo ou ele se faz?.—Ryder.

Parei no mesmo instante quando ele falou o nome e então virei incrédula para ele.
Que estava com um sorriso no rosto.

O que?!!!!

Diário de uma NerdOnde histórias criam vida. Descubra agora