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Lucca já passou das 40 semanas, e nada de querer nascer

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Lucca já passou das 40 semanas, e nada de querer nascer. Kamilly está exausta, mal consegue ficar sentada direito. A família dela veio pra São Paulo pra acompanhar o nascimento, mas parece que ele ainda não tá com pressa de vir ao mundo.

Joguei ontem, e ela não pôde ir por causa das dores. Agora mesmo, ela tá lá no quartinho do Lucca, com a mãe dela e a Marina, tentando se distrair um pouco.

Enquanto isso, Clarinha tá correndo pela sala, cheia de energia. Ela para na minha frente, rindo e me puxando pela mão.

— Tio, vamos brincar! — ela pede, com aquele sorriso que é impossível de negar.

— Tá bom, princesa. Só que nada de correr demais, hein? — respondo, me abaixando pra brincar com ela.

Enquanto brinco com Clarinha, dou uma olhada pro corredor, onde Kamilly tá. Fico só na expectativa, contando os minutos pra finalmente ter nosso Lucca nos braços.

Logo elas foram pra cozinha e eu fui atrás.

Eu entrei na cozinha, olhando pra Kamilly e Bruna, que estavam ali, tentando distrair a mente enquanto cortavam a fruta.

— Tudo bem? — perguntei, olhando para Kamilly, preocupado com o cansaço que já era visível em seu rosto.

Ela concordou com a cabeça, mas eu pude ver que a dor ainda estava ali, incomodando ela o tempo todo.

— Tudo ótimo. Tô cortando abacaxi, é bom pro Lucca resolver nascer — Bruna, mãe de Kamilly, disse sorrindo, tentando dar um pouco de leveza ao momento.

Kamilly deu um sorriso forçado, agradecendo o esforço de Bruna para manter o clima mais tranquilo, mas ainda assim parecia cansada.

— A gente já tentou de tudo, né? — Kamilly suspirou, olhando para a fruta que Bruna estava cortando.

Eu me aproximei dela, colocando a mão na sua cintura, tentando aliviar um pouco da tensão.

— Vai dar tudo certo, amor. O Lucca vai nascer quando for a hora dele — disse, tentando transmitir um pouco de calma, mas sem saber exatamente o que mais fazer.

— Eu sei, só quero que ele nasça logo, quero ter ele de forma normal — diz Kamilly, com um tom de impaciência misturado com cansaço.

Marina sorri, tentando aliviar a tensão no ambiente.

— Relaxa, amiga. Jajá ele vem, né, garotão? — ela diz, passando a mão na barriga de Kamilly, tentando animá-la um pouco.

Clarinha, que estava ao lado, com a curiosidade de sempre, olha para Kamilly e pergunta com sua voz doce:

— Dida, o bebê vai nascer?

Eu sorri, vendo a pureza na pergunta de Clarinha, que não entendia ainda toda a expectativa que envolvia o momento.

𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora