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Olha só que coisa doida, 42 semanas desse menino e nada dele ainda.
Já não aguento mais as minhas costas, parece que ele tá preso lá dentro. Minha mãe tá em um hotel com meu irmão e meu pai e vem aqui todo dia ficar comigo enquanto o Richard treina.
Richard chegou em casa após o treino e me encontrou no sofá, com um olhar de exaustão.
— Amor, você tá bem? — ele perguntou, se abaixando ao meu lado, com a preocupação estampada no rosto.
— Não, Richard, não tô bem — respondi, deixando escapar o cansaço. — Não aguento mais esperar. Eu já estou no meu limite, as dores, a barriga, tudo... já não sei o que fazer.
Ele me olhou por um instante, com os olhos suaves, e então pegou minha mão.
— Eu sei que você está exausta, Kamilly, mas eu te prometo que ele vai chegar logo. Ele tá só esperando o momento certo.
Eu dei um sorriso cansado, ainda sem acreditar que ele ia demorar mais tempo.
— Tomara, Richard... porque eu não sei quanto mais eu consigo aguentar isso.
Ele me abraçou forte, tentando me passar um pouco de conforto. Eu só queria que esse momento passasse logo, que tudo fosse resolvido, que o Lucca estivesse nos meus braços.
Minha mãe, que estava organizando algo na cozinha, veio para a sala com a gente. Ela percebeu imediatamente o clima tenso e olhou para mim com um sorriso suave, tentando aliviar um pouco a tensão.
— Filha, eu sei que você tá cansada, mas ele vai nascer a qualquer momento. Não precisa se apressar — ela disse, se aproximando de mim e acariciando minha cabeça.
Eu suspirei, já não sabendo mais o que sentir.
— Eu sei, mãe, mas parece que ele tá esperando alguma coisa... Eu não aguento mais esse barrigão — falei, colocando as mãos na barriga, sentindo as últimas contrações.
Minha mãe sorriu de novo, com um olhar cheio de carinho.
— Ele vai nascer, filha. Não vai demorar mais. Você está fazendo o melhor por ele.
Richard, que estava ao meu lado, me abraçou ainda mais forte, tentando me passar força.
— Vai dar tudo certo, amor — ele sussurrou no meu ouvido.
Minha mãe olhou para nós dois, com um sorriso no rosto.
— Eu sei que está difícil, mas logo o Lucca vai estar aqui com vocês, e todo esse esforço vai ser esquecido. Só relaxa, vocês estão fazendo tudo certinho.
Eu tentei me acalmar, mas o desconforto era tão grande que parecia impossível. Mas, no fundo, eu sabia que o momento de conhecer o meu filho estava se aproximando, e isso era o que me dava forças para continuar.