2 temporada 29

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Logo fomos para o hospital, e a tensão no ar era palpável

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Logo fomos para o hospital, e a tensão no ar era palpável. Kamilly estava visivelmente desconfortável, com as dores aumentando a cada minuto. Como no dia em que Lucca nasceu, a cena se repetia: ela chorava de dor, agora mais intensa, e eu não conseguia evitar a sensação de impotência. Olhei para ela pelo retrovisor, tentando transmitir coragem, mas seu rosto refletia o sofrimento de cada contração.

— Amor, estamos quase lá, só mais um pouco, você vai conseguir. — falei, tentando manter a voz firme, embora por dentro estivesse tão nervoso quanto ela.

— Eu sei... só que não aguento mais... — ela respondeu entre suspiros, a dor crescendo cada vez mais. Cada palavra dela me cortava, e eu sentia meu peito apertar, mas não podia deixar transparecer que estava tão abalado quanto ela. Eu precisava ser forte para os dois, para minha família.

Quando chegamos ao hospital, já era possível perceber que Kamilly estava quase no limite da dor. Eu a ajudei a sair do carro e, com a ajuda das enfermeiras, a levamos até a sala de parto. Ela mal conseguia respirar direito e ainda tentava se concentrar.

— Você vai ficar bem, Kamilly. Eu tô com você, sempre. — falei, quase sem voz, enquanto a conduzia até a cama onde ela se deitou.

Ela sorriu levemente, mas os olhos estavam marejados de lágrimas. Eu sabia que estava prestes a ser um momento decisivo, mas também sabia que logo a Luna estaria nos nossos braços, e todo esse sofrimento seria superado.

Dessa vez, as coisas aconteceram de forma mais rápida do que eu imaginava. Kamilly mal teve tempo de se acomodar na cama do hospital e, ao contrário de quando Lucca nasceu, não precisou dilatar tanto. A Luna estava praticamente pronta para nascer, a pressão e as dores eram intensas, mas a progressão foi tão rápida que surpreendeu até os médicos.

Kamilly, mesmo exausta, parecia mais tranquila por saber que o momento estava chegando. As contrações ainda eram fortes, mas ela estava concentrada, respirando fundo e tentando se manter calma. Eu estava ao seu lado, segurando sua mão com firmeza, me sentindo impotente, mas também profundamente grato por poder estar ali com ela, como sempre estive.

Logo, tudo estava pronto para a minha filha nascer. Eu via as enfermeiras e médicos se preparando, mas o único foco que eu tinha naquele momento era Kamilly.

Ela olhou para mim, seus olhos cheios de confiança, e mesmo no meio da dor, ela sorriu.

— Vai dar tudo certo, Richard. Eu sei que vai. — ela disse, a voz fraca, mas carregada de esperança.

Eu segurei mais forte sua mão, tentando transmitir toda a força que eu sentia por ela, mesmo sentindo meu coração disparar com a ansiedade e o nervosismo.

Eu estava ali, com Kamilly, orando baixinho em meu coração, pedindo para que a Luna chegasse com saúde, que tudo corresse bem. Tudo que eu mais queria naquele momento era ver meu amor sorrindo novamente, com a nossa filha nos braços. A sensação de impotência, de não poder fazer nada além de estar ao lado dela, me corroía, mas sabia que esse era meu papel agora: ser o apoio, ser a força dela.

𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora