CT palmeiras.
Mais um dia no CT do Verdão. Até hoje não acredito que sou oficialmente uma psicóloga profissional e do meu time. A sensação de estar aqui, ajudando os jogadores a superarem seus desafios emocionais, é indescritível.
Como todos os dias, cheguei ao CT e fui em direção à minha sala. Os meninos são bem legais comigo, o que torna tudo mais fácil.
— Bom dia, senhora Lins! — diz Lázaro, me cumprimentando com um sorriso.
— Senhora? Estou me envelhecendo, Lázaro! — respondo, rindo enquanto me dirijo a ele. A interação leve sempre faz meu dia começar melhor.
Os treinos estavam agitados, e eu já tinha algumas sessões agendadas. Entre os jogadores, Richard sempre chamou minha atenção. Ele é talentoso, mas parece carregar um peso nas costas. Às vezes, nossos olhares se cruzam, e sinto que ele gostaria de abrir-se, mas hesita.
Enquanto organizo meus materiais, minha mente divaga sobre como posso ajudar Richard. É evidente que ele está lutando com algo. O que será que o está incomodando?
Neste momento, a porta da minha sala se abre, e Richard entra, parecendo hesitante. Meu coração acelera; talvez hoje seja o dia em que ele finalmente decida se abrir.
— Posso falar com você, Kamilly? — ele pergunta, evitando meu olhar.
— Claro, Richard. — digo, gesticulando para que ele se sente.
Ele respira fundo, e a tensão no ar é palpável. Sinto que este é um momento crucial.
Ele entra e, com um olhar sério, diz:
— Eu preciso conversar.
Fico atenta, notando a vulnerabilidade em sua voz e na forma como ele me olha. Sinto que este é o momento que esperei, um sinal de que ele está disposto a abrir-se.
— Claro, Richard. O que está acontecendo? — eu pergunto, mantendo um tom acolhedor.
Ele hesita por um momento, como se estivesse pesando suas palavras. A tensão na sala aumenta, e eu posso sentir seu nervosismo.
— Eu... não sei como explicar isso, mas as coisas têm sido difíceis para mim. No campo e fora dele. — ele diz, desviando o olhar, o que revela uma luta interna.*
— Eu terminei um relacionamento e não está sendo fácil. — ele diz, e eu percebo a dor em sua voz. A vulnerabilidade dele é palpável.
— Sinto muito por isso, Richard. Isso pode ser muito difícil. O que aconteceu? — pergunto, desejando que ele se sinta à vontade para se abrir.
— Ela me traiu... e foi um choque. Eu nunca esperava por isso. — ele responde, a tristeza transparecendo em seu olhar.
— Isso deve ter doído muito. — eu digo, tentando validar seus sentimentos. — É normal se sentir perdido após algo assim.
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𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)