— Quer tomar um banho? Uma água? — pergunto, mas ela nega.
— Morena, você precisa me contar o que está acontecendo — falo, preocupado.
Mas ela não responde, e a sensação de impotência me consome.
Respiro fundo, tentando me acalmar, sabendo que preciso ser paciente e dar a ela o espaço que precisa.
Decido não forçá-la a falar e fico ali, acariciando seus cabelos. O toque suave parece acalmá-la um pouco, e eu me pergunto se isso é o suficiente. Sinto a respiração dela se estabilizar aos poucos, e o silêncio, embora pesado, também é um momento de conexão entre nós.
— Estou aqui, amor — sussurro, sem pressão, apenas deixando ela sentir que não está sozinha. A noite avança, e espero que, quando estiver pronta, ela possa abrir seu coração.
Ela suspira.
— Vamos deitar de novo? — pergunto, e ela concorda.
— Vou no banheiro antes — fala.
— Vou te esperar lá no quarto, tá? — respondo, e ela concorda, caminhando em direção ao banheiro.
Vou para o quarto e me deito, mas ela demora uns 10 minutos lá dentro.
Suspiro, olhando para o teto, tentando acalmar a mente cheia de preocupações.
Minutos depois, ela volta e se deita ao meu lado. Puxo-a para mais perto, sentindo a necessidade de tê-la assim, próxima de mim.
— Está tudo bem, amor? — pergunto suavemente, enquanto acaricio seu braço.
Ela fecha os olhos e suspira, buscando conforto na nossa proximidade.
— Tô bem — ela fala, fechando os olhos.
A resposta dela é suave, mas eu percebo a insegurança em sua voz. Decido que, por enquanto, o melhor é deixar que ela relaxe e se sinta segura ao meu lado.
— Então, vamos tentar dormir um pouco, ok? — digo, puxando-a mais para perto e envolvendo-a em meus braços.
Ela aninha a cabeça em meu peito e logo consigo sentir seu corpo relaxando aos poucos. O silêncio se instala entre nós, mas é um silêncio confortável, repleto de carinho e compreensão.
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𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)