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Três anos se passaram

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Três anos se passaram...

Três anos se passaram desde que nossa vida mudou completamente. De psicóloga do Palmeiras, acabei seguindo meu próprio caminho. Abri meu consultório, algo que sempre sonhei, e sinto que finalmente estou exatamente onde queria.

É um espaço só meu, onde tenho liberdade para atender como sempre imaginei. Richard e eu também nos mudamos; agora estamos em uma casa maior, com mais espaço pra gente e pro Lucca, que já está com 3 anos e cada vez mais esperto. Ele nos surpreende a cada dia, cheio de energia e de personalidade.

A Marina, minha amiga, passou por uma fase difícil, mas está bem agora.
O divórcio não foi fácil pra ela, mas, como sempre, ela conseguiu dar a volta por cima. Clarinha, a filhinha dela, já está com 7 anos e é praticamente uma irmãzinha pro Lucca.

E, para completar as novidades, meus pais se mudaram pra São Paulo e agora moram bem pertinho, o que facilita muito. Já o Vitor, meu irmão, entrou em um relacionamento sério e parece estar feliz.

Richard e eu estamos bem... mas nem tudo é um conto de fadas. Temos nossas brigas, como qualquer casal.

Hoje mesmo, saímos com o Lucca, e as coisas começaram a esquentar já cedo porque Richard implicou com a minha roupa. E, como sempre, esses pequenos conflitos parecem crescer do nada. Eu amo o Richard, mas às vezes, sinto que estamos numa corda bamba.

— Vai ficar com essa cara, Richard? — pergunto, enquanto ajudo o Lucca a comer.

Ele solta um suspiro, ainda sem me olhar direito. — Única que eu tenho — responde com um tom meio seco.

Mordo o lábio para segurar o riso. Gosto de vê-lo assim, todo bravo, quase como uma provocação que já virou parte da nossa dinâmica.

— Papai tá bravo? — Lucca pergunta, com aquele olhar inocente que só ele sabe fazer.

Richard imediatamente suaviza o rosto e sorri, acariciando a cabeça do Lucca. — Não, filho. Só tô pensativo, só isso.

Eu olho para o Richard e dou de ombros, mantendo um ar despreocupado. Por dentro, no entanto, eu adoro essa energia meio enciumada que ele solta, como se soubesse que, no fundo, me provoca tanto quanto eu provoco ele.

Richard me olha, seus olhos estreitando enquanto ele tenta não perder a paciência. Eu, claro, faço questão de provocar ainda mais, com aquele sorriso travesso no rosto.

— O que foi, Richard? Não vai falar nada? — falo, desafiadora, sem desviar o olhar. A tensão no ar aumenta um pouco, mas, por dentro, eu sei que ele vai ceder. Ele sempre cede.

Ele respira fundo, tentando controlar a situação, mas não posso deixar de perceber o jeito como ele me encara, um pouco desconcertado, um pouco irritado. É uma mistura que só nós dois entendemos.

𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora