Eu não sei como, mas o cansaço parece bater de uma vez só. Eu estava exausta, mas ver aquelas crianças comendo a pizza e tagarelando tão animadas fez meu coração aquecer de uma forma que me fez esquecer o cansaço por um momento. Elas estavam realmente aproveitando a noite, e isso fazia tudo valer a pena.
Enquanto isso, aproveitei o momento e deitei minha cabeça no colo de Richard. Fechei os olhos por um segundo, sentindo o calor do seu corpo e a sensação de segurança que ele sempre me proporcionava. Isso era o que eu mais queria: um pouco de paz.
Mas claro, meu momento de descanso não durou muito. Lucca veio até mim, com aquele olhinho brilhando de empolgação.
— Mamãe, podemos brincar de médico em você? — perguntou, com uma carinha tão fofa que era impossível resistir.
Olhei para ele e para Clarinha, que estava igualmente animada. Como eu poderia dizer não? Olhei para Richard, que sorriu divertido com a situação.
— Vamos brincar, então — disse, levantando a cabeça do seu colo e me ajeitando no sofá. Eu sabia que a noite ainda estava longe de terminar, mas esses pequenos momentos com a família eram o que mais importava.
Clarinha olhou para mim com aquela carinha séria e começou a mexer nos brinquedos de médico, como se fosse realmente uma profissional. Lucca também entrou na brincadeira, fazendo de conta que estava me examinando com uma expressão concentrada.
— Olha, mamãe tá dodói! — ele disse, apontando para mim, enquanto Clarinha segurava a "seringa" e começava a fingir que estava me aplicando uma injeção.
Eu dei risada, me deixando levar pela diversão dos dois.
— Ai, que dor! — falo, fazendo uma cara de "sofrimento" exagerado, e as duas crianças começaram a rir.
Richard estava ali, assistindo a cena com um sorriso, observando seus filhos se divertirem tanto.
— Calma, doutores, não preciso de tanta injeção! — brinquei, me levantando de forma dramática, e eles continuaram a brincar, cada um tentando me "curar" da maneira deles.
Aquele momento de leveza e felicidade me fez sentir uma paz incrível, e por mais cansada que eu estivesse, não trocaria nada por isso.
— Acho que você precisa de um curativo — diz Lucca, com uma expressão séria, enquanto corre até a caixa de brinquedos para pegar o kit de médico.
Clarinha, por sua vez, ficou ao meu lado, fazendo carinho na minha cabeça e me acalmando.
— Calma, madrinha, vai ficar tudo bem — diz ela, com aquele sorriso doce que sempre me acalma.
Mas logo, o olhar atento de Clarinha foi capturado por algo mais, e ela apontou para o meu pescoço.
— Olha, Lucca, ela tá com um machucado aqui também! — diz ela, apontando para o roxo que Richard me deixou no pescoço.
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𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)