Acordei com uma dor de cabeça terrível, e a primeira coisa que percebi foi que estava deitada em cima de Richard. Tentei me mover devagar para não acordá-lo, mas minha cabeça parecia latejar com cada movimento.
Olhei para o relógio: 7h da manhã. "Nossa, o que eu fiz ontem?", pensei, tentando lembrar de como tínhamos chegado em casa e o que mais poderia ter acontecido. Fragmentos da noite surgiam aos poucos, misturados com as lembranças das provocações e do quanto eu tinha bebido.
Olhei para ele, ainda dormindo tranquilo, e sorri, mesmo com a cabeça doendo.
— Ei, bonitão, acorda — chamo, dando um leve empurrão nele.
Richard se mexe, abrindo os olhos devagar, ainda com aquela cara de sono.
— Hum... já? — ele murmura, passando a mão no rosto, tentando despertar.
— Já são sete horas — digo, rindo um pouco. — E minha cabeça tá explodindo.
Ele ri baixinho, ainda sonolento, e me puxa para mais perto.
— Quem mandou exagerar? — provoca, com um sorriso de canto. — Vou buscar uma água e um remédio pra você.
Antes que eu pudesse responder, ele me deu um beijo na testa e saiu da cama, deixando-me ali tentando lembrar de todos os detalhes da noite.
Mesmo com a cabeça latejando, eu sabia que não tinha escolha. Precisava ir buscar o Lucca na casa da minha mãe e deixá-lo na escola. Depois disso, ainda tinha que encarar um dia inteiro de trabalho.
Suspirei, lembrando que provavelmente iria me arrepender de ter bebido domingo à noite pelo resto do dia. Me perguntei por que tinha achado que beber tanto era uma boa ideia. O Richard voltou com o remédio e um copo d'água, me estendendo com aquele sorriso de quem já sabia exatamente o que eu estava pensando.
— Tá aí o preço de ser festeira — ele brincou, e eu revirei os olhos.
— Pois é, nunca mais — respondi, tomando o remédio.
Levantei devagar, ainda sentindo o peso da noite anterior, e fui em direção ao banheiro. Precisava de um banho pra despertar e, quem sabe, aliviar um pouco essa ressaca. Abri a torneira e deixei a água escorrer pelas mãos antes de molhar o rosto, tentando afastar a sensação de cansaço.
Enquanto me olhava no espelho, vi Richard encostado na porta, com aquele sorriso preguiçoso.
— Quer companhia? — ele perguntou, divertido.
Dei uma risada leve, mas balancei a cabeça.
— Melhor não, já tô atrasada pra buscar o Lucca.
Ele riu e deu um beijo na minha testa antes de me deixar terminar de me arrumar.
Assim que terminei tudo me arrumei pra sair.
— Tchau, amor. Bom treino — digo, dando um beijo rápido nele antes de sair do quarto.
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𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)