3 meses depois...
Três meses se passaram, e a gravidez de Kamilly estava chegando ao fim. A cada dia, eu me surpreendia com o quanto ela conseguia manter aquele brilho, mesmo com o cansaço e o desconforto. Havia uma luz especial nela, algo que era impossível não notar, e isso só me fazia querer estar ao lado dela o tempo todo.
Hoje, no entanto, era dia de jogo, e eu estava ansioso. Desde o início da semana, eu havia decidido que levaria Lucca para entrar em campo comigo. Ele estava radiante com a ideia desde o momento em que mencionei, e eu sabia que esse seria um momento inesquecível, tanto para ele quanto para mim.
Antes de sair de casa, pedi que eles me encontrassem no vestiário do estádio. Kamilly concordou com um sorriso, mesmo com o peso da reta final da gravidez. Ela sabia o quanto isso significava para mim, e a ideia de ver nosso filho entrando em campo ao meu lado parecia deixá-la emocionada.
Pouco tempo depois, ouvi uma vozinha familiar chamando por mim do lado de fora.
— Papai! — Lucca entrou correndo, os olhos brilhando de emoção. Ele vestia uma camiseta do time, que estava um pouco grande nele, mas era impossível não sorrir ao vê-lo tão animado.
Logo atrás, Kamilly entrou, andando com calma e segurando a barriga, mas com aquele sorriso no rosto que iluminava o ambiente.
— Vim entregar o nosso jogador júnior! — ela disse, rindo, enquanto observava Lucca correr até mim.
Abracei Lucca, sentindo uma felicidade indescritível. Olhei para Kamilly e me aproximei, beijando-a suavemente na testa.
— Vocês são tudo pra mim. Não sei o que seria de mim sem vocês aqui.
Ela sorriu, os olhos brilhando com um carinho profundo.
— Estaremos sempre aqui, torcendo por você.
Segurei a mão de Lucca e olhei para ele com um orgulho que eu mal conseguia esconder.
— E aí, filho, pronto para entrar em campo com o papai?
Ele assentiu animadamente, e, com Kamilly ali ao nosso lado, senti que aquele seria um dos dias mais especiais da minha vida.
Antes de entrar em campo, dei um beijo carinhoso em Kamilly, sentindo a conexão entre nós ainda mais forte com o momento que estava prestes a acontecer. Depois, me abaixei e toquei a barriga dela com delicadeza, sorrindo enquanto conversava com nossa filha que logo estaria conosco.
— Oi, princesinha — murmurei, com a mão pousada na barriga de Kamilly. — Estamos te esperando, viu? E hoje o papai e o Lucca vão entrar em campo para você e para a mamãe. Quem sabe você já sente a torcida daqui de dentro.
Kamilly riu, passando a mão pelos meus cabelos enquanto eu falava. Era impossível não me emocionar. Mesmo sem ainda ter visto o rostinho da nossa pequena, eu já sentia um amor profundo e inexplicável por ela. Aquele gesto de conversar com a bebê antes de um momento tão importante parecia quase como um ritual, uma promessa de que estaríamos sempre juntos, acontecesse o que acontecesse.
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𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)