Acordei com o choro da Luna ecoando pela casa, aquele som inconfundível que imediatamente fez meu coração disparar. Olhei para o lado e, adivinha? Richard estava dormindo profundamente, nem sinal de que ele ia cumprir a promessa de cuidar dela.
Suspirei, já sabendo que ia ser só eu e minha pequena de novo. Levantei, ainda sonolenta, e fui até o berço. Lá estava ela, toda vermelhinha de tanto chorar, o rostinho enrugado e as mãozinhas agitadas.
— Calma, meu amor, mamãe tá aqui. — falei, pegando-a no colo e a balançando levemente.
Ela parou de chorar assim que sentiu meu toque, mas ainda fazia um biquinho adorável, como se quisesse reclamar. Eu não resisti e dei um beijo suave na testa dela.
— Sua sorte é que você é linda, viu? Porque, olha, mamãe precisa de sono também. — brinquei, rindo baixinho.
Levei-a até a poltrona e comecei a amamentá-la, enquanto olhava para ela com carinho. Mesmo com todo o cansaço, aquele momento era único e valia cada segundo. E, enquanto isso, Richard continuava no profundo sono no quarto.
— Ah, Richard, você me paga... — murmurei para mim mesma, já planejando como acordá-lo na próxima vez que a Luna chorasse.
A lá vem ele, todo com aquela cara de sonso, entrando no quarto como se nada tivesse acontecido. Me olhou meio desconfiado, e eu já não perdi tempo.
— Pelo visto, o negociador não tá nada bom, hein? — debochei, balançando a cabeça e rindo baixo, enquanto Luna mamava tranquilamente no meu colo.
Richard coçou a cabeça, com aquele sorriso sem graça que só ele sabia dar.
— Ei, amor, não é assim... Eu só cochilei, tava esperando você me chamar. — tentou justificar, se aproximando devagar.
— Ah, claro! Porque o choro da Luna não é alto o suficiente pra te acordar, né? — falei, revirando os olhos.
Ele parou na minha frente, se agachou e apoiou as mãos nos meus joelhos.
— Tá bom, errei. Quer que eu fique com ela agora? — perguntou, tentando me convencer com aquele olhar pidão.
— Agora que já tá mamando e quase dormindo? Tarde demais, campeão. — respondi, sem esconder o tom irônico.
Ele soltou uma risada baixa e levantou, indo até o berço.
— Beleza, mas na próxima eu compenso, prometo. — disse, levantando as mãos em sinal de rendição.
Olhei pra ele e balancei a cabeça, rindo da situação. Porque, apesar de tudo, ele sempre sabia como arrancar um sorriso de mim, mesmo quando eu estava irritada.
— Já que não cumpri essa, vou ficar com o Lucca o dia inteiro, prometo. — Richard disse, levantando as mãos como quem fazia um juramento solene.
Não consegui segurar o riso.
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𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)