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Clara vem até nós, e eu rapidamente disfarço o clima entre mim e Richard

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Clara vem até nós, e eu rapidamente disfarço o clima entre mim e Richard.

— Oi, tio Richard! — ela diz, abraçando ele com um sorriso grande.

— Oi, pequena — ele responde, pegando-a no colo com carinho.

— Dida, sabe o que eu sonhei? — Clarinha pergunta, cheia de empolgação.

— O que, amor? — pergunto, me aproximando dos dois, curiosa.

— Você tava grávida, com a barriga desse tamanho — ela diz, gesticulando com as mãos para mostrar o tamanho exagerado da barriga — e era um menino!

— Sério? — dou uma risada, olhando para Richard, que também ri e balança a cabeça negando, sem acreditar no que está ouvindo.

— Sim! E ele parecia com o tio Richard! — ela completa, com um brilho nos olhos.

Eu e Richard trocamos olhares e rimos, enquanto Clara continua falando animada.

— Um mini Richard, é? — brinco, passando a mão pelos cabelos dela.

Richard sorri, me olhando com um olhar divertido, enquanto balança Clarinha nos braços.

— Dida, você tá grávida? — Clarinha pergunta com aquela inocência característica.

— Não, Clarinha — respondo rapidamente, tentando não rir.

— Mas eu acho que você tá grávida... — ela diz, saindo do colo do Richard e me olhando com aquela carinha de quem acredita mesmo no que está falando.

Troco um olhar com Richard, um tanto desesperada, tentando segurar a risada. Ele apenas ri baixinho, achando graça da situação, enquanto eu fico sem saber o que dizer.

— Clarinha, por que você acha isso, amor? — pergunto, tentando entender o raciocínio dela.

— Porque você tava no meu sonho, e os sonhos sempre falam a verdade! — ela diz, cruzando os braços com a maior seriedade.

Richard dá uma gargalhada, e eu balanço a cabeça, sem jeito.

— Tá bom, então — digo, tentando encerrar o assunto de forma leve. — Mas não tô grávida, viu?

— Você que acha — ela diz, fazendo um biquinho e voltando pra sala pra pegar seus brinquedos.

Olho para Richard com uma expressão de puro desespero.

— Richard... criança não mente — sussurro, sentindo meu coração acelerar.

Ele sorri de leve, tentando me acalmar.

— Relaxa, amor. Foi só um sonho de criança. Ela tá desejando tanto um bebê que acabou sonhando com isso — ele diz, ainda com um tom tranquilo.

— Tomara... — murmuro, olhando para o chão, tentando afastar aquela sensação estranha que tomou conta de mim.

𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora