Fazia exatamente uma semana que Kamilly e eu estávamos nessa situação, sem nos falar direito, e sinceramente, eu não entendia como a briga tinha chegado a esse ponto. Tudo parecia normal antes, mas parece que dizer o que eu pensava só complicou as coisas.Agora, para piorar, Kamilly estava doente. Passava o dia na cama, vomitando, gripada, reclamando de dor de cabeça... E eu estava assumindo algumas das responsabilidades, levando o Lucca para a escola todos os dias, já que ela mal conseguia levantar e também não estava indo trabalhar.
Dei um suspiro enquanto deixava Lucca na escola, preocupado. Precisávamos resolver essa situação, mas eu também queria que ela ficasse bem primeiro.
Depois do treino, voltei pra casa e a encontrei sentada na cama, com os olhos baixos, visivelmente abatida. Fiquei ali por um segundo, observando, e finalmente quebrei o silêncio.
— Você não quer ir ao médico? — pergunto, tentando mostrar preocupação.
Ela levanta os olhos devagar, como se estivesse considerando a ideia, mas sem muito ânimo.
— Não sei... — murmura ela, como se estivesse sem forças.
Me aproximo, sentando ao lado dela na cama.
— Talvez seja bom. Tá assim há dias, Kamilly... — digo suavemente, tentando convencê-la.
Ela parecia mais magra, com o rosto pálido e os olhos cansados. Eu sabia que ela não estava bem, e aquilo só aumentava minha preocupação. Fiquei em silêncio por um momento, tentando entender o que poderia estar acontecendo, mas o desconforto dela estava claro.
— Você tá parecendo mais magra... — falo, quase sem perceber, mais como um pensamento do que uma afirmação.
Ela me olha, sem dizer nada por um instante, e então responde com um suspiro.
— Não tô me sentindo bem, Richard... Não é só a gripe. — Ela parece hesitar, como se não quisesse admitir mais do que já havia dito.
Sinto uma vontade de pegar na mão dela e perguntar o que realmente está acontecendo, mas algo ainda nos impede de ter essa conversa.
Mas logo fomos interrompidos por Marina entrando no quarto.
Marina entra no quarto, com uma expressão que eu não consigo decifrar de imediato, uma mistura de felicidade e preocupação. Ela olha pra Kamilly, que ainda está meio fraca, e diz, sem rodeios:
— Kamilly... eu preciso falar uma coisa.
Kamilly, que ainda está se recuperando, olha pra Marina, mas não parece tão surpresa.
— Oi, Mari... fala. — Ela responde, quase com uma voz cansada, tentando processar a notícia.
Marina, sem se importar muito com a minha presença, solta a bomba:
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)