Sexta-feira 21:30
Hoje tem jogo, e eu e o Lucca vamos ver o pai dele em campo.
O jogo era bem tarde, 21h30, mas eu ia mesmo assim. E ainda ia levar o Lucca comigo.
Peguei a mochila dele, coloquei umas coisinhas — suco, bolacha, uma blusa de frio — e avisei Richard que a gente estaria na arquibancada torcendo por ele.
Lucca estava animado, pulando de um lado pro outro, mal aguentando a expectativa de ver o pai em campo. Quando finalmente chegamos ao estádio, ele se empolgou ainda mais ao ver as luzes, o barulho da torcida, toda aquela atmosfera.
— Mamãe, o papai vai ganhar, né? — ele pergunta, com os olhinhos brilhando.
— Vai sim, meu amor. Vamos torcer muito pra ele — respondo, sorrindo e segurando a mãozinha dele.
Assim que o jogo começou, percebemos que Richard estava no banco. Lucca ficou um pouco confuso, olhando ao redor, como se procurasse o pai em campo.
— Mamãe, por que o papai não tá jogando?
— Calma, filho. Ele vai entrar logo, logo — tento tranquilizá-lo, mas também estou ansiosa.
Assistimos ao jogo com atenção, e a cada jogada, Lucca olhava pra mim, esperando ver Richard em campo. Mesmo no banco, ele parecia concentrado, atento a cada movimento.
Estávamos ali, assistindo ao Palmeiras enfrentar o Grêmio pelo Brasileirão. O estádio estava lotado, com a torcida vibrando a cada lance. Eu e Lucca, no meio de toda aquela energia, aguardávamos ansiosos para ver Richard entrar em campo.
No segundo tempo, Richard finalmente entrou em campo. Lucca deu um gritinho animado, pulando no meu colo.
— Olha lá, mamãe! É o papai! — ele disse, apontando e sorrindo, cheio de orgulho.
Eu não conseguia evitar o sorriso também. Richard parecia concentrado, determinado.
A partida estava tensa, com várias chances para o Palmeiras, mas sem sucesso até aquele momento. No 27º minuto do segundo tempo, Estêvão conseguiu se destacar e marcou o único gol do jogo. A torcida explodiu em comemoração, e eu abracei Lucca, que vibrava e gritava, cheio de alegria.
— Goooool! Papai vai ganhar! — ele dizia animado.
Eu sorri, aliviada e feliz por Richard e por ver nosso filho tão empolgado. A energia no estádio era incrível, e Richard estava lá, fazendo parte daquele momento especial.
Quando o jogo terminou, eu e Lucca fomos até o vestiário para encontrar Richard. Lucca estava pulando de felicidade, ainda empolgado com o gol e a vitória. Esperamos um pouco do lado de fora, e logo Richard apareceu, ainda com o uniforme e o sorriso de quem tinha dado tudo de si em campo.
— Papai! — Lucca gritou, correndo para os braços dele.
Richard o pegou no colo e deu um beijo na testa dele, trocando um sorriso comigo.
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𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)