Um mês depois, e aqui estou eu, no vestiário do Allianz Parque, me preparando para mais um jogo. A melhor coisa de tudo? Minha família está aqui para me apoiar. Não tem sensação melhor do que olhar para a arquibancada e ver Kamilly com aquele sorriso que me dá força e os pequenos ao lado dela.
Luna, claro, roubando a cena com a roupinha do Palmeiras, toda verdinha e dormindo no colo da mãe como se o barulho do estádio fosse uma melodia de ninar. Já Lucca, com o uniforme igual ao meu, está empolgado como sempre, tentando imitar os gestos dos jogadores no aquecimento.
Antes de entrar no campo, dei uma última olhada para eles enquanto me aquecia. O coração ficou mais leve. Ver minha família ali, torcendo por mim, é o combustível que preciso para dar o meu melhor.
— Bora lá, Richard, foco no jogo! — gritou um dos meus colegas de time, me chamando de volta para a realidade.
Respirei fundo, fiz o sinal da cruz e entrei em campo com um sorriso no rosto. Hoje vai ser um bom dia, eu sinto isso.
[...]
Consegui marcar um gol, e a sensação foi indescritível. O estádio explodiu em comemoração, e eu sabia exatamente o que fazer. Corri em direção à torcida, com o coração acelerado, e fiz um "L" com as mãos, olhando para onde estavam meus filhos.
Lucca estava pulando e gritando como um louco, batendo no peito com o uniforme igual ao meu, enquanto Kamilly ria, emocionada, segurando a pequena Luna que dormia tranquilamente, alheia a tudo.
— Esse é pra vocês! — pensei, apontando para eles enquanto sentia a energia do momento.
Voltei para o meio do campo ainda sorrindo. Essa sensação de poder homenagear minha família, de dividir com eles esses momentos, é o que torna tudo ainda mais especial.
[...]
Assim que o jogo acabou, o apito final ecoou pelo estádio e, em vez de seguir para as entrevistas ou me juntar aos companheiros no centro do campo, minha cabeça estava em outro lugar. Nem pensei duas vezes. Olhei para a arquibancada e fui direto para onde minha família estava.
Vi Kamilly de pé, segurando Luna, enquanto Lucca acenava para mim, ainda com o sorriso mais largo que já vi. Subi rapidamente as escadas e, assim que cheguei, Lucca correu para os meus braços.
— Você viu o gol, filho? Foi pra vocês! — perguntei, abraçando-o forte.
— Eu vi, papai! Foi demais! Você fez o "L" pra mim e pra Luna! — ele respondeu, animado.
Kamilly estava me olhando com aquele sorriso que sempre me desmonta. Cheguei mais perto e a beijei, com Luna agora em meus braços.
— Vocês são minha motivação, sabia? — falei, olhando para os três.
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𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒
Romance𝑶𝒏𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒐 (Concluída)