2 temporada 18

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Eu estava me arrumando, tentando organizar as ideias, quando ouvi a porta do quarto se abrir

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Eu estava me arrumando, tentando organizar as ideias, quando ouvi a porta do quarto se abrir. Olhei na direção da porta e vi Lucca entrar, seguido por Richard, que parecia distraído, mas com o olhar atento sobre o filho.

— Mamãe! — Lucca correu até mim com os bracinhos abertos, e meu coração se derreteu ao vê-lo assim, todo cheio de energia. Eu abaixei para abraçá-lo, tentando manter a calma, apesar de tudo o que estava se passando dentro de mim.

— Oi, meu amor — falei, apertando ele contra meu peito. Richard ficou ali, parado na porta, observando.

— Vai ficar bem, mamãe? — Lucca me perguntou com aquela doçura infantil, como se soubesse que algo estava errado.

Fiquei alguns segundos em silêncio, sem saber o que dizer. A preocupação estava estampada no meu rosto, mas tentei sorrir para ele.

— Vou ficar bem, meu anjo — respondi, mais para tranquilizá-lo do que a mim mesma.

Richard, que não havia dito nada até então, finalmente se aproximou.

— Você quer ir ao médico? — ele perguntou, com a voz calma, mas firme, como se tentasse me incentivar.

Olhei para ele por um momento, avaliando tudo. A tontura ainda estava presente, e o medo do que poderia ser ainda me consumia. Mas, ao ver Lucca ali, me olhando com aqueles olhinhos cheios de preocupação, percebi que não podia deixar esse receio me dominar.

— Acho melhor, sim — respondi finalmente, suspirando. — É melhor não deixar isso se arrastar.

Richard assentiu, aliviado, e colocou a mão em meu ombro.

— Vamos, então. Eu levo você e o Lucca.

Senti um aperto no peito. Tínhamos brigado, estávamos há dias sem nos falar direito, mas ali ele estava, disposto a cuidar de mim. O peso da nossa discussão parecia menor diante da situação. Era estranho como, mesmo com tudo o que estávamos passando, ainda éramos uma família.

Segurei a mãozinha do Lucca, sentindo sua presença me dar um pouco de força enquanto saíamos. Ele me olhava com aquele carinho inocente, e eu apertava suavemente sua mão, tentando transmitir que estava tudo bem, mesmo que, por dentro, eu ainda estivesse inquieta.

Richard caminhava ao nosso lado, atento a cada passo que eu dava, pronto para me amparar caso fosse necessário. Quando chegamos ao carro, ele abriu a porta para eu entrar primeiro com Lucca, e, por um momento, nossos olhares se encontraram. Não precisávamos dizer nada, mas ambos sabíamos o quanto aquele simples gesto significava.

Enquanto ele dirigia em silêncio, com Lucca ao meu lado brincando com meus dedos, deixei meus pensamentos vagarem. Por mais que as coisas entre nós estivessem difíceis, naquele instante, sentia uma esperança de que, de alguma forma, tudo ficaria bem.

Assim que chegamos ao consultório, fiz minha ficha e me sentei para esperar a chamada. Lucca brincava com Richard, alheio a qualquer preocupação, enquanto eu tentava me distrair, mas a ansiedade me consumia por dentro.

𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐎 - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑𝐈𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora