Acordei 6horas assustada, mas não conseguia lembrar do pesadelo, tentei dormir novamente, mas não consegui. Me levantei e estava fazendo um frio terrível, inclusive, estava chovendo. NP estava com um tempo muito louco. Tomei um banho bem quentinho, depois vesti uma calça jeans com botas de cano alto, e uma blusa azul de manga longa em decote V, peguei minhas malas e desci com todas elas pra sala. Ninguém havia acordado ainda, já que o combinado era sair dali às 8horas. Fiquei deitada no sofá, assistindo tv, até que peguei no sono novamente. Fui acordada pela minha mãe dizendo que iríamos chegar atrasados para o vôo. Levantei rapidamente, ageitei meu cabelo e fui colocando as malas no porta-malas. Entrei dentro do carro, e logo Murilo deu a partida. Chegamos no aeroporto, e faltava 15 minutos ainda, sim, Murilo havia acelerado demais. Mas não reclamei, foi bom porque quando cheguei, Laura e Henrique estávam lá. Uma pequena esperança dizia que Alex também viria. Fiquei conversando e abraçando eles o máximo possível, pois sabia que demoraria pra fazer isso novamente, e isso me doía muito. Faltava dois minutos para o vôo, e eu não parava de olhar pros lados, tentando achar Alex. Já havia dito pra mim mesma que esperança nenhuma me dominaria, mas era muito difícil.
- Ele não vem. - disse Henrique passando a mão nos meus cabelos.
- É, eu sei. - falei quase chorando e ele me abraçou.
Anunciaram o meu vôo, e eu me despedi de Laura e Henrique. Fui ouvindo música o vôo todo, e olhando pela janela, admirando tudo. Lembrei o quanto meu pai amava ir na janela, dizia que era tudo maravilha do Criador, que Deus pensou em tudo, que não nos deu asas como deu para os pássaros, mas deu inteligência o suficiente para o homem inventar algo que nos levasse aos céus, literalmente. Meu pai sempre foi forte, e um homem de sabedoria, o admiro demais, mesmo ele não estando mais presente. Sinto que tive o melhor pai de todos, essa é a verdade. Quando chegamos ao Rio, me arrependi de ter vestido aquela roupa, pois fazia um calor intenso. Fomos direto para um apartamento, pois no dia seguinte iríamos ver uma casa para comprar. Entrei e fui direto pro meu quarto, deixei minhas malas pra arrumar depois, apenas tirei a roupa e me joguei na cama, estava exausta e com muito sono. Acordei e já era noite, levantei e tomei um banho, vesti um top com um short e liguei o ar-condicionado. Coloquei um pouco de música, e comecei a organizar tudo. Estava quase terminando, quando ouvi alguém bater na porta, deixei que alguém atendesse, mas ninguém foi. Desliguei a música e quando vi, não havia ninguém além de mim, Murilo deveria estar dormindo há tempos, e minha mãe, bom... vai saber onde ela está. Estavam batendo na porta sem parar, quando abri era um garoto que eu não conhecia, que só estava de sunga e com o celular na mão.
- Oi? - perguntei colocando só a cabeça pra fora e erguendo a sobrancelha.
- Você é nova aqui, não é? - perguntou com uma cara de sono.
- Sim, por que? Algum problema? - perguntei.
- É que não pode ouvir música tão alta depois das 22horas. - respondeu com arrogância.
- Ah, desculpa. - falei envergonhada.
- Okay, só não ligue mais a música, eu quero dormir. - disse passando as mãos nos olhos e eu me enfureci.
- Não precisa ser tão arrogante, já falei que vou abaixar. - falei com raiva abrindo a porta.
- Isso é roupa de pessoa decente? - perguntou, me analisando dos pés à cabeça.
- Olha só quem fala né, vem pertubar os outros e nem veste uma blusa e uma calça. - falei apontando para o seu traje.
- É que eu sou surfista. - disse piscando e eu ignorei.
- Okay, mas eu não perguntei. - falei.
- Mas você gostou, eu sei. - disse sorrindo.
- Nossa, como você é idiota! - falei fechando a porta.
- Eu não sou idiota. - disse com brutalidade, me impedindo de fechar a porta.
- Vai fazer o que, hein? Chamar a mamãe? - perguntei, zombando.
- Menina, você é tão insuportável! - respondeu arregalando os olhos e entrando no meu apartamento.
- Insuportável é você, e além de idiota, é intrometido, não te convidei pra entrar! - gritei.
- Porque é sem educação. - disse calmamente se sentando no sofá.
- Cara, quem você pensa que é? Sai daqui! - falei firme.
- Sabe quem eu sou? - perguntou.
- Não, nem quero saber. - respondi.
- Sou Eduardo, e você? - perguntou.
- Bom Eduardo, vasa. - respondi dando um sorriso sarcástico.
- Apesar do seu sorriso não ser verdadeiro, é bonito, quer dizer, você é bonita. - disse me olhando.
- Repito: não te perguntei nada, sai daqui, por favor? Ou vou ter que chamar a segurança? - perguntei.
- Chama, vai, chama! - respondeu rindo, que qui esse garoto tinha? Que insuportável..
- Eu vou, é sério, sai agora! - falei pegando o telefone.
- Pode ligar, não me importo. - disse mexendo em um porta-retrato. - É você e o seu pai? - perguntou.
- Não te interessa! - respondi, tirando o porta-retrato da mão dele e colocando no lugar.
- Ah, não vai ligar? - perguntou.
- Claro que vou. - respondi e realmente liguei. - Okay, resolva isso rápido, não quero esse rapaz aqui. - falei no telefone com arrogância e ele sorriu.
- Olha, ligou mesmo. - disse sorrindo.
- Eu falei, agora sofra as consequências. - falei zombando, quando o celular dele tocou.
- Só um momento. - disse pra mim, e se afastou um pouco com o celular. - Alô, sim é o Eduardo, pode deixar. - disse no telefone, e logo voltou sorrindo.
- Por que está rindo? Já está na hora de ir embora. - falei.
- Olá, meu nome é Eduardo e eu sou o segurança disponível, algum problema que eu possa resolver? - perguntou sorrindo e eu arregalei os olhos.
- Você? - perguntei apontando e fazendo careta.
- É feio apontar o dedo. - disse sorrindo. - E sim, qual é o problema? - perguntou.
- Meu Deus... Desculpa pela pedrada que eu taquei na cruz, por favor! - falei fechando os olhos e ouvi a risada dele.
- Vamos fazer um trato? - perguntou.
- Não vou fazer nada com você! Quer dizer, se você não sair agora, vou tacar...- respondi olhando pros lados e avistei um vaso. - Esse vaso na sua cabeça! - falei firme pegando o vaso.
- Nossa, que agressiva. - disse rindo.
- Eu não estou zoando! - falei preparando a mão com o vaso.
- Eu só quero saber o seu nome. - disse franzindo a testa e eu fui pra tacar o vaso nele, quando ele correu.
- Isso mesmo, e não volte mais! - falei gritando e guardando o vaso e indo pra fechar a porta, quando ele voltou.
- Ainda quero saber o seu nome. - disse sorrindo.
- Não vai saber! - gritei.
- Que gritaria é essa aqui, Mari? - perguntou o Murilo saindo do quarto.
- Droga! - falei passando a mão no rosto.
- Ah Mari, agora eu vou. - disse o Eduardo sorrindo.
- Retardado, imbecil! - falei.
- Quem é você? - perguntou o Murilo pro Eduardo.
- Um amigo da Mari. - respondeu sorrindo. - Até mais. - disse acenando.
- Não volte mais. - falei furiosa e dando o dedo.
- É seu amigo mesmo? - perguntou o Murilo.
- Não te interessa. - respondi com raiva e fui pro meu quarto. - Só era o que faltava. - sussurrei pra mim mesma.
Terminei de arrumar umas coisas que faltava, e tomei outro banho, vesti meu pijama e me deitei. Liguei a tv, e fiquei assistindo um filme até dormir.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...