Acordei com uma enxaqueca horrível, olhei pro relógio e era 14horas, me levantei com bastante dificuldade e tomei um banho, vesti um short bem curto e confortável, e vesti uma regata branca com um moletom azul escuro do Murilo, deixei meus cabelos soltos e desci. Revirei a casa, e não achei ninguém, arrumei um sanduíche e peguei um copo de suco e me contive apenas com isso. Fiquei sentada no sofá decidindo o que iria fazer hoje, estava um tédio total. Como eu queria que o idiota do Eduardo aparecesse ali, e fizesse as gracinhas de sempre. Mas o que eu estava pensando? Agora que me livrei dele, estava precisando da sua presença, não estou acreditando nisso. Fiquei ali deitada, olhando pra porta, querendo receber um telefonema dele me chamando pra sair. Ouvi um barulho no portão, e fui com tudo atender.
- Edu...- falei abrindo o portão, mas era só o carteiro.
- Entrega para Clarice Neves Blosfeld - disse.
- Ahh, pode me dar - falei, e assinei, peguei o embrulho e levei pra dentro.
Poxa, custava alguém aparecer pra me animar? Decidi ligar pra Laura, sabia que ela iria me colocar pra cima! Peguei meu celular rapidamente, mas só dava na caixa de mensagem. Liguei pro Henrique e deu desligado. Poxa, ninguém tem tempo pra mim. Resolvi alugar uns filmes, ageitei um pouco meu cabelo e saí. Fiquei procurando uma locadora por horas, até que uma garotinha me explicou onde era. Aluguei quatro filmes de terror, e dois de comédia. Na volta pra casa, fiquei um tempo encarando o portão da casa do Eduardo, queria tanto que ele fosse atrás de mim. Ele era insuportável, mas era o único amigo que eu tinha ali, logo me dei conta da besteira que estava fazendo, se ele me visse ali, acharia que eu preciso dele, ok, eu preciso, mas ele não precisava saber disso. Cheguei em casa, e fui pro meu quarto, ageitei minha cama, fechei bem a cortina, deixando o quarto totalmente escuro. Fiz pipoca, e peguei uns refrigerantes na geladeira. E esse foi o resumo da minha tarde. Acabei dormindo no terceiro filme, e só acordei com o barulho de alguém lá embaixo, continuei embaixo das minhas cobertas, não tinha interesse nenhum em sair dali.
- Filha - disse minha mãe batendo na porta.
- Oi - falei com a voz falhada de sono.
- Posso entrar? - perguntou.
- Entra - falei e ela entrou.
- Tá tudo bem? - perguntou.
- Sim, estou ótima - falei.
- Tudo bem mesmo? - insistiu.
- Sim, só estou entediada - falei.
- Ah sim - disse.
- Cadê o Murilo? - perguntei.
- Tá lá embaixo - disse encostando a porta. - Por que? - perguntou sorrindo.
- Chama ele pra cá, fala que eu aluguei uns filmes - falei.
- Ok! - disse toda animada, ela amava saber que seus filhos estavam unidos novamente.
Minutos depois, Murilo entrou meio tímido e se sentou num pufe rosa que tinha ali.
- Deixa de ser bobo, vem pra cá - falei, e ele deu um pulo na cama e sorriu. - Só não precisa me sufocar - falei rindo.
- Ai ai, idiotona - disse pegando um travesseiro e colocando no meu rosto.
Passamos a noite assim, acabei dormindo novamente, só acordei quando o Murilo desligou a tv e foi para seu quarto, mas nem liguei muito, me virei pro outro lado e voltei a dormir.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...