Marina - Capítulo 97

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Acordei assustada e com o rosto enxarcado de lágrimas. Nunca havia tido tantos pesadelos como tive durante a madrugada. Levantei de uma vez, não queria correr o risco de dormir novamente. Assim que terminei de me arrumar, desci e vi que estava sozinha em casa. Que novidade!

Liguei para o Gabriel e ele não atendeu, fiz outras três tentativas e nada... talvez esteja ocupado demais, o que é estranho se tratando dele.

Liguei para o Miguel e ele estava na minha porta, isso sim é coincidência!

— Oi. — falei sorrindo ao abrir a porta.

— Que ligação nós temos, hein! — disse piscando e eu ri do seu jeito.

— Sabe o que aconteceu com o Gabriel? — indaguei curiosa.

— Não o vejo há dias. — disse dando de ombros.

— Hum... saudade dele. — confessei.

— Para que você quer o Gabriel, sendo que tem há mim? — indagou erguendo a sobrancelha e apontando para si mesmo com as duas mãos.

— É diferente. — tentei explicar.

— Eu sei mas vou te fazer companhia, digamos que um irmão desnaturado me acordou para fazer companhia para a irmãzinha dele. — contou e eu ri.

— Esse Murilo! — exclamei, revirando os olhos.

— E aí, o que temos para comer? — indagou, indo em direção a cozinha.

— Boa pergunta.

Miguel saiu revirando os armários e pegando ingredientes aleatórios.

— O que pensa que está fazendo? — indaguei o observando.

— Alguém aqui precisa cozinhar. — respondeu óbvio e eu ri, ri muito. — Do que está rindo? — indagou, fazendo expressão de ofendido.

— Em primeiro lugar, você sabe cozinhar? — indaguei rindo e ele assentiu que sim, parei de rir na hora.

Como ele sabe cozinhar e eu não?

— Acho que alguém aqui não sabe, não é mesmo? — indagou e começou há rir de mim.

— Silêncio! — pedi. — Faça o almoço, estarei na sala assistindo TV, amor. — brinquei.

— Amor? Esqueceu de me pedir em casamento, querida. — deu continuidade na brincadeira e eu só ri.

Ele estava demorando tanto que acabei pegando no sono.

— Está tudo bem, não fique preocupada. — Eduardo disse e logo depois, me deu um beijo na testa.

Ele estava com o rosto ensanguentado e um sorriso nos lábios.

— Ei, acorda! — Miguel exclamou enquanto me cutucava.

— Nossa, dormi por muito tempo? — indaguei assustada, me sentando no sofá.

— Cinco minutos no máximo. — disse estranhando. — Sonhou com o quê? — indagou, se sentando ao meu lado.

— Nem queira saber...— sussurrei e ele me abraçou. — Obrigada. — agradeci.

— Agora vou para a cozinhar terminar o almoço. — disse se levantando.

— Vou contigo. — afirmei, seguindo-o.

Fiquei observando Miguel cozinhar e ele parecia, realmente, saber o que estava fazendo, prova disso é o cheiro que se instalou por toda a casa.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora