Marina - Capítulo 06

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Acordei com minha mãe me chamando.

- Oi - falei totalmente sonolenta.

- Gabriela tá te esperando lá embaixo - disse.

- Quem é? - perguntei passando a mão nos olhos.

- A irmã do Eduardo - disse.

- Ah tá - falei me lembrando.

Me levantei, fiz minha higiene diária, coloquei um vestido simples com uma sapatilha e desci.

- Bom dia - falei.

- Bom dia - disse sorrindo. - Vim aqui te convidar pra sair - disse.

- Não me fala que é pra Shopping, pelo amor de Deus! - implorei.

- Como sabe? - perguntou sorrindo.

- Você me lembra a minha melhor amiga - falei.

- Ela deve ser muito gente boa então - disse rindo e eu ri.

- É sim, e muito - falei sentindo saudade. - Não vejo a hora de vê-la novamente - falei abaixando a cabeça.

- Ei, logo a verá! Agora vamos - disse me puxando.

Fomos ao Shopping, e visitamos todas as lojas, sim, TODAS, sem exceção. Era 17:40, eu estava morta de cansaço.

- Vamos dar uma pausa? - perguntei.

- Ah, claro, vamos na praça de alimentação - disse.

- Mas é no 4º piso, e estamos no 2º - falei desanimada.

- É pra isso que serve o elevador - disse rindo e me puxando com tudo pro elevador.

Entramos, e havia três garotos ali, eles ficaram nos cercando com o olhar, quando saímos eles vieram atrás.

- As gatinhas estão sozinhas? - perguntou um deles.

- Não tá vendo que temos uma a outra? - perguntei com indiferença.

- Ui, ela é agressiva gente - disse e os outros dois ficaram rindo.

- Se toca - falei puxando a Gabriela, e um deles me puxou pelo braço.

- Já vai? Ah não, não vai - disse me olhando bem nos olhos.

- Me solta - falei sem olhá-lo.

- Amor, algum problema? - perguntou alguém atrás de mim, quando me virei, era o Miguel, o olhei sem entender, e ele apenas piscou. - Dá pra soltar minha namorada? - perguntou pro idiota que ainda estava segurando meu braço.

- Sua namorada me deu bola - disse rindo.

- Só se eu tivesse problemas mentais, o que não é o caso - falei irritada.

- Vem amor, se acalma - disse me puxando, e eu puxei a Gabriela que estava imóvel apenas olhando toda aquela cena.

- Nos vemos por aí, gatinhas - disse e eu me virei, dando dedo pra ele, o que fez Gabriela e Miguel rirem.

- Ainda bem que você estava aqui, obrigada - falei pro Miguel.

- Tudo bem, o que duas moças tão lindas estão fazendo sozinhas aqui? - perguntou.

- Compras - disse a Gabriela toda sorridente.

- Então vou me retirar, não quero atrapalhar - disse, Gabriela insistiu que ele ficasse e eu concordei.

Passei a tarde com os dois. Comprei uma bolsa, e um sapato, e já estava satisfeita. Miguel nos deixou em casa, e eu mal me despedi de Gabriela, apenas agradeci pela companhia, e fui direto pra casa. Ao chegar, fui direto pro quarto e só desci na hora do jantar. Meu dia estava estranho, faltava algo, eu só não sabia o que era. Estava na cozinha ajudando minha mãe com as louças.

- Mãe, meu dia tá estranho - falei, fazendo careta enquanto lavava alguns pratos.

- Como assim? - perguntou, enquanto ageitava a mesa.

- Não sei, falta algo - falei.

- Ou alguém - disse ela rindo.

- Oi? Como assim? - perguntei.

- Desde que chegou aqui, hoje é o primeiro dia que o Eduardo não passou o dia contigo - disse, e realmente, eu não o vi o dia todo.

- Verdade, ele não veio me atormentar hoje - falei, e mesmo que eu estivesse feliz com isso, fiquei intrigada.

- Tá sentindo falta, que gracinha - disse rindo, ela apoiava nós dois, só que era uma coisa impossível.

- Não, não estou - afirmei fechando a cara.

- Ok, desculpa - disse.

- Tudo bem, vou me deitar - falei, enquanto enxugava minhas mãos.

- Boa noite, querida - disse me dando um beijo na testa, e eu a abracei.

- Boa noite, mamãe - falei e subi pro meu quarto.

Me deitei, e escutei meu celular tocar, quando olhei no visor, um sorriso surgiu, era o Alex.

- Oi amor - falei.

- Oi minha linda - disse com uma voz rouca e agradável. - Te acordei? - perguntou.

- Não, estava só pensando - falei.

- Em mim? - perguntou, queria eu que fosse, mas era o Eduardo que estava tomando meus pensamentos.

- Claro - menti.

- E pensando em que? - perguntou sorrindo.

- Em nós dois juntos - menti.

- Agarradinhos? - perguntou.

- E com tudo que temos direito - menti e ouvi sua gargalhada no fundo.

- Não vejo a hora disso acontecer - disse e eu sorri.

- Nem eu, sinto tanta a sua falta! - falei, só não sabia se isso era verdade ou se era outra mentira.

- Eu também, mas logo, logo estaremos juntos novamente, e eu prometo...- disse e eu o interrompi.

- Não prometa nada, não estrague isso, por favor - falei sem muita animação, lembrando de quando ele prometeu que seria pra sempre, e uma semana depois terminou comigo.

- Ok, desculpa, eu só queria...- disse e se calou.

- Tudo bem amor, tudo bem...- falei.

- Como pode amar um cara como eu? - perguntou.

- Tenho uma quedinha por idiotas - falei e ele riu.

- Percebi, princesas tem esse costume mesmo - disse e eu sorri.

Ficamos umas duas horas no telefone, até que o sono veio de uma vez, e eu me despedi. Nem me lembrei de pôr o pijama, apenas virei pro lado e dormi.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora