Marina - Capítulo 13

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Acordei com uma dor de cabeça horrível, quando lembrei do dia anterior, comecei a chorar novamente. Eu sabia que ele não prestava, por que me apaixonei? Por que? Sem contar, que agora ele sabe que estou apaixonada por ele. Eu não devia ter falado nada. Ou melhor, eu não devia estar sentindo nada. Mas eu iria dar a volta por cima. Se um dia eu perdi meu amor próprio, hoje não o perco mais. Nunca mais! Me levantei, fiz minha higiene, vesti um short jeans, uma regata e coloquei por cima uma camisa xadrez, penteei meus cabelos, os deixando soltos e desci.

- O que aconteceu? - perguntou Murilo vendo meu estado.

- O que? - perguntei me fazendo de lerda.

- Seus olhos estão profundos e vermelhos, o que o Eduardo fez? - perguntou me encarando.

- Não me fale o nome dele, por favor - falei me sentando no sofá, ao seu lado.

- O que ele fez? - perguntou erguendo uma sobrancelha.

- Ficou com uma garota na minha frente - falei.

- Só? - perguntou.

- Como só? - perguntei me revoltando. - Ele ficou com uma garota na minha frente! Isso não é o bastante? - perguntei fechando a cara.

- Ele sabia que você estava apaixonada por ele? - perguntou.

- Bom... - disse tentando achar argumentos. - Ficou sabendo depois que beijou a garota, e eu gritei com ele - falei desviando o olhar.

- Tu tá ligada que você não tem razão nenhuma né? - perguntou me olhando, e eu fechei a cara pra ele. - Sem contar, que ele está solteiro - disse.

- Mesmo assim! Não quero vê-lo - falei.

- Então tá, mas depois que o perder, não diga que eu não avisei - disse se levantando e saindo.

Como assim "perder"? Eu não poderia perdê-lo. Eu não conseguia nem pensar em tal hipótese.

Saí e fui até a casa dele. Será que eu fui tão rude assim? Mas sei lá, ao vê-lo com aquela garota foi como se eu estivesse sendo traída. Era assim que eu me sentia. Toquei a campainha, e quem me atendeu era a Gabi.

- O que cê fez com o Eduardo? - perguntou me olhando.

- Ele que fez comigo - falei desviando o olhar.

- Ele está trancado no quarto desde ontem - disse.

- Como assim? - perguntei preocupada.

- Ele chegou muito estranho, acho que ele andou chorando, depois se trancou - disse e eu me assustei.

- Preciso vê-lo - falei.

- Precisa mesmo - disse me puxando pra dentro, e me levando até o quarto dele.

- Como vou entrar? - perguntei, e ela me entregou a chave. - Uai, se tinha a chave, por que não abriu? - perguntei sem entender.

- Fiquei com medo da reação dele - disse dando um sorrisinho sem graça.

- Ah sim, bom, vou entrar - falei.

- Boa sorte - disse saindo.

Entrei e ele estava sem camisa, apenas com uma bermuda, esparramado na cama, dormindo profundamente. Me deitei ao seu lado, tentando não acordá-lo e comecei a alisar sua barriga, o pescoço estava com uma mancha de batom, eu me enfureci mas tentei manter a calma, apenas passei a mão até tirar totalmente o batom, e acabei deixando aquele local avermelhado de tanto esfregar. Beijei sua testa, e fui descendo até a boca. Ele era tão idiota, mas ao mesmo tempo, era tão meu.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora