Marina - Capítulo 88

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A pouca luz me impedia de ver se realmente era o Eduardo que estava ali.

— Somos tão parecidos assim? — o homem indagou e aquela voz era tão familiar.

— Desculpa, poderia jurar que era ele. — eu estava totalmente sem graça.

— Não tem problema, você não foi a primeira e creio que não será a última. — afirmou.

— Você conhece o Eduardo? — indaguei curiosa.

— Sou o irmão mais velho dele. — respondeu sorrindo.

— É sério? Eu não sabia que ele tinha um irmão mais velho. — falei confusa.

— Aposto que não perguntou. — afirmou erguendo a sobrancelha.

— Tem razão. — afirmei de volta.

— Ele é seu amigo? — indagou me olhando dentro dos olhos, me deixando mais perdida que cego em tiroteio.

— Ele é meu ex-namorado. — respondi sorrindo fraco.

— Fernanda? — sugeriu, erguendo a sobrancelha.

— Marina. — o corrigi e foi impossível não fechar a cara.

— Ah! Você é a garota que me ligou hoje de manhã. — disse me analisando.

— Tá explicado de onde eu conheço a sua voz. — sorri.

— Pois bem, é um prazer, Érick. — disse estendendo a mão e eu a peguei, recebendo um leve aperto de mão.

Ficamos conversando até que o levei até a mesa onde Miguel e os meus amigos estavam, assim que Miguel o viu, fechou a cara.

— O que esse cara está fazendo aqui? — indagou e assim como eu, ele estava confundindo Érick com Eduardo.

— Esse é o Érick. — afirmei.

— Fala aí, cara. — Érick disse para Miguel que o olhou mais intensamente e o reconheceu.

Érick se juntou conosco, contamos o motivo da nossa comemoração e ele veio com um papo do tipo "Vocês sentiram falta do Ensino Médio" mas sinceramente? Eu tinha certeza que não sentiria nadinha.

Estava bem tarde quando decidimos ir embora, a noite havia sido ótima e apesar do Érick me lembrar muito o Eduardo, me senti confortável ao seu lado e apesar dos papos "maduros" demais, era interessante enxergar a vida como ele enxerga. Érick me deixou em casa e Miguel não contestou já que estava praticamente desmaiado mas eu já estava prevendo a crise de ciúme no dia seguinte. Fomos conversando durante todo o percurso, ele havia dado uma pausa em sua vida para vir cuidar da Sra. Diana e do seu mais novo irmãozinho, achei fofo da parte dele e ele sempre tocava no nome do Eduardo, aquilo me dava uma sensação estranha, arrepios intensos e pensamentos impossíveis.

— O Miguel é seu namorado? — indagou parando o carro na frente da minha casa.

— Sim, por que? — indaguei o olhando.

— Porque quando eu toco no nome do Eduardo, você muda de expressão e me olha de uma forma muito carinhosa, acho que é o modo como você o olha, sendo assim, se você ainda gosta dele por que terminou tudo? — indagou sério.

— Ele foi embora. — afirmei abaixando a cabeça.

— Porque você quis ficar com o Miguel. — afirmou de volta.

— Como é? — indaguei, erguendo a sobrancelha e o encarando.

— Bom, eu liguei para ele e ele me contou tudo. — explicou.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora