Marina - Capítulo 94

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Acordei com o meu celular tocando freneticamente.

— Alô...— falei sonolenta.

— Tem como você vir no aeroporto? — indagou a voz do outro lado.

Aeroporto? Oi?

— Quem está falando? — indaguei sem conseguir raciocinar direito.

— O único cara que sabe que você chupou chupeta até os oito anos. — disse e eu arregalei os olhos.

— Murilo, já falei para você esquecer isso! — exclamei brava e só escutei sua risada como resposta.

Levantei meio grogue de sono e me arrumei, não digo que me arrumei, digo apenas que tomei um banho porque eu estava com tanto sono que peguei as primeiras peças de roupa que vi na minha frente. Acordar o Gabriel foi a parte mais difícil, quando o assunto é sono, ele é pior do que eu.

— Seu irmão não podia pegar um táxi? — Gabriel indagou ligando o som bem alto, talvez para que o despertasse melhor.

— É perigoso, já viu que horas são? — indaguei mostrando o visor do meu celular.

— Pois é, hora de dormir. — afirmou ironico.

— Era só ter dito que não queria vir, ué. — retruquei, cruzando os braços.

— Não apela. — afirmou rindo.

— Não estou apelando, só estou tentando dizer que não precisa fazer tudo o que eu peço, eu aceito um não então não tenha receio. — expliquei.

— Mas eu gosto da sua companhia, gosto de te ajudar e receber um sorriso de gratidão, eu gosto de você. — disse e eu sorri.

— Você é estranhamente legal. — o elogiei e lhe dei um rápido beijo na bochecha já que o mesmo estava dirigindo.

Assim que chegamos ao aeroporto, ficamos vagando pelo mesmo até encontrarmos Murilo e Gabriela.

— Murilo! — gritei sem me importar com mais ninguém, apenas corri para abraçar o meu irmão.

— Saudades! — afirmou me apertando em seus braços.

— Muitas! — afirmei de volta e já estava chorando.

— Ei, eu também estou aqui. — Gabriela reclamou e eu fui abraçá-la também.

— Também senti saudades de você! — afirmei.

Depois de vários abraços, fomos para a minha casa e eu decidi continuar ficando com a Laura mesmo sabendo que Henrique está de licença paternidade, afinal, ela pode precisar de uma ajuda feminina. Gabriel e eu dormirmos na minha casa mas quando deu 10h da manhã, voltamos para o apê de Laura pois era o horário em que ela acordava para amamentar Lavínia.

— Eu vou passar lá em casa, depois te ligo. — Gabriel se despediu, me dando um beijo na testa.

— Obrigada... por tudo! — agradeci e o abracei forte.

Passei a manhã ajudando Laura, aproveitei para dar uma geral no apê e tive a ajuda do Henrique. Demos uma pausa na hora do almoço e almoçamos enquanto assistiamos TV, os comerciais anunciava que o natal estava próximo, o que me fez refletir, minha mãe não dava notícias desde que Lavínia nasceu e eu nunca passei um natal sem ela por perto, não bastava ser o segundo natal sem o meu pai? Eu sei que o do ano passado não contou porque eu estava "em coma" mas mesmo assim, perdi um natal e agora vou ter um sem a minha mãe, é... minha vida nunca voltará a ser como antes.

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