30 de Dezembro de 2015.
Marina
Faltava apenas trinta e três horas para que um novo ano começasse. Estava bem ansiosa, sempre ficava assim nessa data. Respirei fundo e levantei, me arrumei devidamente e desci, encontrando apenas Felipe na sala, assistindo um jornal qualquer.
— Bom dia! — cumprimentei-o e logo depois, me joguei ao seu lado no sofá.
— Bom dia! Animada? — indagou sorrindo.
— Muito! — exclamei e ele riu. — E você?
— Não tenho muitas expectativas. — respondeu fazendo careta.
— Sei. — ironizei com os olhos semicerrados.
Felipe mudava de canal sem parar, estava tão nervoso quanto eu ou até mais.
— Se acalme, hoje é dia trinta ainda. — tentei tranquilizá-lo, segurando para não rir.
— E quem disse que eu estou nervoso? — ergueu a sobrancelha e jogando o controle na mesinha de centro.
— Ok, vamos fingir que ninguém está. — afirmei e ele apenas riu, balançando a cabeça negativamente.
Após passar algumas horas com o padrasto mais incrível que já existiu, decidi subir para o meu quarto. A ansiedade era tanta que nem fome eu estava sentindo. Fiquei mexendo no celular por horas, não havia recebido nenhum sinal dos meus amigos e o relógio já marcava meio-dia. Decidi ligar para o Miguel mas a ligação foi ignorada todas as vezes, fiquei um tanto quanto confusa, não havia feito nada de errado, pelo contrário, estávamos nos dando muito bem, será que foi isso? Depois de conseguir me conquistar, desistiu? Enjoou?
— Dane-se! — sussurrei para mim mesma.
Liguei para todos os meus amigos e nenhum me atendeu, confesso que fiquei preocupada, só esperava que não fosse nenhuma trolagem.
— Mari. — Felipe chamou.
— Entra. — permiti.
— Tem visita. — disse colocando apenas a cabeça para dentro do quarto.
— Visita? — ergui a sobrancelha e ele confirmou com a cabeça.
Se fosse algum dos meus amigos, teriam simplesmente subido e isso me deixou receosa, quem fora eles teria interesse em falar comigo? Obviamente, só iria descobrir quando fosse ver quem era e foi isso o que eu fiz.
Me surpreendi ao ver Júlia.
É sério isso?
— Oi. — falei sem interesse algum.
— Oi. — disse se levantando do sofá e se aproximando.
— E então? — dei um passo para trás ou talvez dois.
— Não vim discutir. — afirmou.
— E veio para que? — indaguei com os olhos semicerrados.
— Pedir desculpas. — praticamente sussurrou.
— Como é? — cruzei os braços.
— Estou praticamente mastigando o meu orgulho para vir aqui, não tire onda com a minha cara. — disse me olhando dentro dos olhos.
— É que eu já conheço esse discurso. — falei sem paciência.
— Eu sei que já pedi desculpas da outra vez mas dessa vez, não quero vacilar novamente. — disse e eu a olhei, tentando descobrir o que ela realmente queria.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...