Marina - Capítulo 60

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Logo que abracei Henrique, os outros também vieram me abraçar. Um por um. Eu precisava daquilo e agradecia por estar recebendo.

— Obrigada...— agradeci com a voz embargada.

— Somos seus amigos. — disse, Gabriel como se fosse algo óbvio.

— É, eu sei. — forcei um sorriso.

— Vamos para o shopping? — convidou, Miguel e a galera animou na hora.

— Eu prefiro ir para a minha casa. — afirmei e todos me olharam.

— Estamos querendo ir por sua causa. — disse, Laura.

— É, eu sei... mas não consigo ter um pingo de animação. — entortei a boca e minha visão embaçou novamente devido as lágrimas.

— Beleza, eu vou com você. — disse, Gabriel enquanto limpava minhas lágrimas com seus dedos.

— Se não se importa, eu quero ficar um pouco sozinha. — o olhei e ele me abraçou forte.

— Ainda sim, vou com você. — afirmou e entrelaçou nossas mãos.

Me despedi de todos e o Gabriel insistiu tanto que acabei cedendo.

— Vem. — me puxou em direção há um crossfox prata.

— Que lindo! — exclamei adimirada. — É seu?

Sempre tive uma quedinha por carros altos, confesso.

— É sim. — ele parecia estar muito contente e eu fiquei feliz por ele.

— Parabéns! — dei um beijo em sua bochecha e ele sorriu.

— Entra aí. — piscou e abriu a porta para mim.

— Que cavalheiro. — zombei.

— Sempre sou. — ergueu a sobrancelha e ageitou a gola da camisa.

— Você também tem uma mania escrota. — imitei o jeito dele de falar.

— Ah é? Qual seria? — me olhou enquanto colocava o cinto de segurança e eu fiz o mesmo.

— De ageitar a gola da camisa igual esses galãs de novela. — ri alto ao me lembrar.

— Então pareço um galã? — riu.

— Não. — ironizei.

— Pelo menos você riu. — piscou e logo depois, deu a partida.

Seguimos em silêncio, escutando apenas o barulho do motor.

— Chegamos. — avisou.

— Obrigada pela carona. — dei um beijo em sua bochecha, me despedindo.

— Eu vou entrar com você. — afirmou sério.

— Não vai desistir mesmo, não é? — perguntei já sabendo a resposta.

— Desistir é para os fracos. — afirmou e eu revirei os olhos.

— Estaciona ai, então. — bufei e desci do carro.

Assim que entrei em casa, percebi que não tinha ninguém. Já falei o quanto odeio o silêncio? É enlouquecedor e qualquer barulhinho já faz meu coração disparar de uma forma nada amigável.

— Está tudo bem? — perguntou, Gabriel tocando em meu ombro.

— Hum... sim, está. — eu precisava não só convencê-lo, mas me convencer.

— Então tá, o que teremos para o almoço? — sorriu.

— Vem pra cozinha, vai me ajudar.

— É o que? — ergueu as duas sobrancelhas.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora