Logo que abracei Henrique, os outros também vieram me abraçar. Um por um. Eu precisava daquilo e agradecia por estar recebendo.
— Obrigada...— agradeci com a voz embargada.
— Somos seus amigos. — disse, Gabriel como se fosse algo óbvio.
— É, eu sei. — forcei um sorriso.
— Vamos para o shopping? — convidou, Miguel e a galera animou na hora.
— Eu prefiro ir para a minha casa. — afirmei e todos me olharam.
— Estamos querendo ir por sua causa. — disse, Laura.
— É, eu sei... mas não consigo ter um pingo de animação. — entortei a boca e minha visão embaçou novamente devido as lágrimas.
— Beleza, eu vou com você. — disse, Gabriel enquanto limpava minhas lágrimas com seus dedos.
— Se não se importa, eu quero ficar um pouco sozinha. — o olhei e ele me abraçou forte.
— Ainda sim, vou com você. — afirmou e entrelaçou nossas mãos.
Me despedi de todos e o Gabriel insistiu tanto que acabei cedendo.
— Vem. — me puxou em direção há um crossfox prata.
— Que lindo! — exclamei adimirada. — É seu?
Sempre tive uma quedinha por carros altos, confesso.
— É sim. — ele parecia estar muito contente e eu fiquei feliz por ele.
— Parabéns! — dei um beijo em sua bochecha e ele sorriu.
— Entra aí. — piscou e abriu a porta para mim.
— Que cavalheiro. — zombei.
— Sempre sou. — ergueu a sobrancelha e ageitou a gola da camisa.
— Você também tem uma mania escrota. — imitei o jeito dele de falar.
— Ah é? Qual seria? — me olhou enquanto colocava o cinto de segurança e eu fiz o mesmo.
— De ageitar a gola da camisa igual esses galãs de novela. — ri alto ao me lembrar.
— Então pareço um galã? — riu.
— Não. — ironizei.
— Pelo menos você riu. — piscou e logo depois, deu a partida.
Seguimos em silêncio, escutando apenas o barulho do motor.
— Chegamos. — avisou.
— Obrigada pela carona. — dei um beijo em sua bochecha, me despedindo.
— Eu vou entrar com você. — afirmou sério.
— Não vai desistir mesmo, não é? — perguntei já sabendo a resposta.
— Desistir é para os fracos. — afirmou e eu revirei os olhos.
— Estaciona ai, então. — bufei e desci do carro.
Assim que entrei em casa, percebi que não tinha ninguém. Já falei o quanto odeio o silêncio? É enlouquecedor e qualquer barulhinho já faz meu coração disparar de uma forma nada amigável.
— Está tudo bem? — perguntou, Gabriel tocando em meu ombro.
— Hum... sim, está. — eu precisava não só convencê-lo, mas me convencer.
— Então tá, o que teremos para o almoço? — sorriu.
— Vem pra cozinha, vai me ajudar.
— É o que? — ergueu as duas sobrancelhas.
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A Escolha Certa
RomanceSinopse: Fazer a escolha certa. Simples, não?! Mas e se, essa escolha tivesse duas opções irresistíveis que demonstram te amar incondicionalmente? E então, você saberia escolher diferenciando o verdadeiro amor do amor carnal? Marina levava uma vida...