Marina - Capítulo 05

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Acordei de manhã, e ouvi algumas vozes. Tomei um banho e fiz minha higiene diária, coloquei uma calça jeans, uma regata e um vans, deixei os cabelos soltos e saí.

- Nossa, que dia maravilhoso - falei com ironia ao ver o Eduardo sentado no sofá.

- Bom dia - disse ele sorrindo e eu fechei a cara.

- O que está fazendo aqui? - perguntei.

- Só estamos nós dois aqui, posso muito bem fazer alguma coisa com você - disse.

- Se tentar algo, eu juro, que te mato! - falei apreensiva e dando um passo pra trás.

- Eu estou zoando, nunca faria algo ruim com você - disse.

- Sei...- falei desconfiada. - E cadê todo mundo? - perguntei.

- Foram todos para a sua nova casa - disse.

- E por que não me esperaram? - perguntei.

- Porque tu dorme demais, vamos - disse me puxando pelo braço e eu puxei meu braço de volta.

- Como nós vamos? - perguntei desconfiada.

- No meu carro, ué - disse.

- Deixa, eu vou de táxi, não tem problema - falei.

- Estamos indo para o mesmo lugar, não seja imbecil - disse.

- Eu sou imbecil? - perguntei. - Nossa, olha só quem fala - falei.

- Cansei de você - disse.

- Não te perguntei nada - falei.

- Para de ser assim, garota! Você só quer ser superior, coisa que você não é - disse com ignorância.

- Não fala assim comigo - falei fechando a cara.

- Só cansei de tentar ter sua amizade, e você me tratar feito lixo, entendo que você ama o seu pai e o perdeu, entendo mesmo, porque se eu ficasse sem o meu, com certeza, não sobreviveria muito tempo, mas isso não é desculpa pra ser chata e imbecil com as pessoas que tentam se aproximar - disse me segurando pelos dois braços e balançando.

- Quem você pensa que é? - perguntei e meus olhos começaram a lacrimejar.

- Você é uma criança insuportável, apesar de ser linda, é imbecil! Fica aí se achando só por ter um corpo bonitinho e um rostinho de princesa, mas é só abrir a boca que desencanta totalmente, tá explicado o porquê seu namorado te largou, se continuar assim, não vai ter ninguém, e não ache que alguém vai te amar porque todo mundo tem que ter alguém pra amar, porque isso não vai acontecer, tenta entender que essa parada de amor não existe, é só uma desculpa para os idiotas não serem idiotas sozinhos - disse com raiva passando a mão no cabelo. - E vamos logo, que estou sem paciência - disse com arrogância e eu fiquei com medo do seu jeito.

- Não, tudo bem, pode ir, eu realmente não quero te incomodar, eu pego um táxi - falei calmamente, eu estava me segurando pra não socá-lo, mas ao mesmo tempo, estava com medo.

- Não seja imbecil, já te disse que estamos indo pro mesmo lugar - disse.

- Ok, mas eu não quero ir com você! - falei aumentando o tom.

- Mas eu disse pra sua mãe que você iria comigo, então você vai! - disse pegando no meu braço.

- Olha Eduardo, me solta! Você é mais idiota do que eu imaginava, some daqui! - falei com raiva e lágrimas foram rolando.

- Você me dá pena - disse ele e eu sequei minhas lágrimas.

- Por que você não vai atrás da guria de ontem e me esquece? - perguntei.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora