Marina - Capítulo 41

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Mas por que logo pra mim? Sou péssima com mentiras!

- Ela está viajando. - menti.

- Vocês não contaram há ela sobre mim? - novamente, Eduardo olhou pra mim.

- É que... é que... ela está... está... fora do País! - gaguejei e ela me encarou.

- E? - ergueu as duas sobrancelhas.

Eita, pessoal complicado de convencer!

- E que... que... não... não está tendo vôo pra cá! - acho que agora convenci.

- Nós temos um jatinho, isso não é desculpa! - cruzou os braços, fazendo cara de emburrada.

- Calma amor, ela deve ter um bom motivo. - disse, Murilo se aproximando de Gabriela.

- Até meu pai veio aqui e percebi que ele estava muito preocupado, ela não! Prefere viajar, vê se pode...- reclamou e eu olhei para o Eduardo que parecia estar sem reação.

- Tenta ver o lado dela também, ela é sua mãe e se preocupa muito com você! Talvez não tenha dado mesmo, mas isso não quer dizer que ela não se importe. - eu estava nervosa e ela percebeu isso.

- Está me escondendo algo? - ergueu a sobrancelha, eu e esse meu jeito nervoso de falar!

- Claro que não. - menti.

Desculpa, Gabi!

- Tem certeza? - cruzou os braços e fez um olhar fatal idêntico ao do Eduardo.

Agora não tem escapatória!

Alguém bateu na porta e aposto que foi Deus quem enviou.

- Bom dia! O horário de visita acabou e todos terão que sair, deixando apenas um como acompanhante. - avisou, uma enfermeira.

- Hum, tudo bem... Vamos meninos. - os puxei pra fora de uma vez.

- Vou procurar a Laura na lanchonete. - avisou, Henrique e nós concordamos.

- Que história foi aquela de que não está tendo vôo? - perguntou, Eduardo rindo.

- Você nunca me disse que tem um jatinho! - revirei meus olhos.

- Você nunca perguntou. - disse gesticulando com as mãos.

- Enfim, agora, vamos pra onde?

- Primeiro quero te fazer umas perguntas.

- Ih, lá vem...- balancei a cabeça negativamente.

- Posso?

- Sim.

- Por que chegou no quarto tão colada com o Henrique? - eu comecei há rir.

- Nem vou me dar ao trabalho de responder isso.

- Ah, mas vai... pareciam um casal! Um casal! - disse dando ênfases e eu não conseguia parar de rir.

- Henrique é como Murilo pra mim, um irmão, entendeu?

- Só que o Henrique você pode beijar, o Murilo não. - disse bravo.

- Posso beijar o Henrique?

- Poderia se estivesse solteira, mas não está, lembre-se disso! - me fuzilou com aqueles olhos vibrantes.

- Está sendo ridículo. - franzi a testa.

- Por estar cuidando do meu relacionamento?

- Não, cuidar é uma coisa, ser possessivo é outra.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora