Eduardo - Capítulo 85

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Antes...

Minha felicidade veio à tona, Marina acordou da maneira como eu planejei e me ama da mesma forma! Confesso que me senti ameaçado pelo modo como ela olhou para o Miguel assim que ele chegou, mas ela não mentiria para mim, não ousaria transmitir sentimentos inexistentes e se há algo entre eles, eu vou lutar para que não haja mais.

— Vamos com calma. — ela disse, assim que Miguel se retirou.

Eu estava furioso, por que ela tinha que sorrir daquela maneira para ele? Aquele sorriso é meu, só meu! E para completar, ele ficou parado, olhando nós dois discutindo, no mínimo, estava sorrindo por dentro.

O que me surpreendeu foi que antes dele se retirar, ele fez um gesto "sagrado" para nós que queria dizer que ele estava desistindo e eu me conformei mesmo não sabendo se realmente, poderia confiar.

— O que ele quis dizer com aquele gesto? — Marina perguntou, me despertando de tais pensamentos.

— Uma coisa de infância, coisa nossa. — expliquei.

— Coisa de vocês? Então, são amigos novamente? — indagou, erguendo a sobrancelha e sorrindo, como se estivesse feliz por eu ter amizade com o cara que ama a minha namorada ou quase namorada.

— Nunca mais me dê um susto desse. — afirmei, mudando de assunto e me aproximando da mesma.

— Se for para te trazer para perto, farei quantas vezes for possível. — disse e eu não contive o meu sorriso.

Como esconder a felicidade? É difícil, cara.

— Então, você me quer por perto? — indaguei me aproximando mais ainda e colando nossas testas.

— Edu, eu senti tanto a sua falta! — exclamou, envolvendo seus braços em meu pescoço e eu retribui imediatamente, sentir o coração dela pulsar daquela forma só me dava mais certeza de que éramos um do outro.

Passamos um tempo nos encarando, até ela soltar uma bomba daquelas que estragou totalmente o clima de anteriormente.

— Edu, eu estou sentindo algo forte pelo Miguel. — confessou enquanto olhava dentro dos meus olhos.

— Me diga que é uma amizade forte. — afirmei, torcendo para que fosse.

— Infelizmente, não é. — retrucou e tocou a minha mão, como se quisesse que eu me acalmasse.

— Não me peça calma. — pedi atordoado.

— Me desculpa...— pediu e eu me afastei de uma vez, o que fez com que ela se assustasse.

— Então, é isso? Vai escolhê-lo? — indaguei a encarando, não acreditando que tudo estava indo por água abaixo novamente.

— Não é tão fácil assim, Edu! Eu te amo. — disse e algo em mim aliviou.

Mesmo sabendo que tínhamos uma história e tudo mais, eu me senti ameaçado por ela nutrir um sentimento por outro cara e mesmo não sabendo sua escolha ainda, torcia do fundo do meu coração que ela não seguisse aquela frase que diz que quando você ama duas pessoas, deve escolher a segunda porque se realmente, fosse a primeira então a segunda não exisitiria.

— Então, ainda somos nós? — indaguei me aproximando novamente.

— Está tudo tão confuso! Se você não tivesse ido embora...— disse e eu sorri fraco.

Será que eu deveria contar o porquê de ter ido?

— Por que está me olhando assim? — indaguei ao perceber que ela me observava atentamente.

A Escolha CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora